Boas-vindas ao 'Papo de Reds'
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Bem-vindo ao nosso podcast Papo de Reds. Se você está buscando temas como liderança, inovação, desenvolvimento profissional e uma visão privilegiada do universo dos Reds, esse é o podcast ideal para você. Eu sou Poliana Gunning e esta é minha esposa Monique Gunning.
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Speaker
Juntas, queremos trazer para vocês insights valiosos, histórias inspiradoras e dicas práticas para impulsionar sua carreira e gestão.
Histórias de carreira inspiradoras em SC
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Speaker
Neste episódio, vamos explorar as histórias inspiradoras por trás de dois grandes profissionais que moldaram suas carreiras ao longo de anos.
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Histórias que se cruzaram no meio do caminho e, juntos, com muita persistência, disciplina, organização e vontade, estão impactando o cenário do entretenimento, da arte e da cultura do estado de Santa Catarina. Tenho certeza que vamos aprender muito com essa jornada de determinação, inovação e sucesso.
José e Tiago: Trajetórias no entretenimento e hospitalidade
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Estamos aqui com José Abreu Pereira Júnior. Ele é arquiteto e urbanista pela UFSC, pós-graduado em design de móveis pelo Desk. E o Tiago Rodrigues, advogado e pós-graduado em direito tributário pela FGV. E hoje...
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Ambos são empresários na área de entretenimento e hospitalidade, atuante no setor cultural e gerenciam seus dois negócios, o Delfino 146 e o Franz Cabaré na cidade de Florianópolis, Santa Catarina.
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Sejam muito bem-vindos, é uma satisfação, uma honra em tê-los aqui conosco. Nós somos admiradoras do trabalho de vocês, da jornada que vocês construíram. E, para começar, eu vou ser muito objetiva direta, porque vocês, Tiago e Junior, são profissionais super bem conceituados, de sucesso, com carreiras sólidas e a pergunta que não quer calar.
Transição de carreira e novas oportunidades
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Como vocês chegaram no porquê de começar a pensar em algo novo e mais? O que motivou vocês a fazer essa transição de carreira, embarcar nessa nova jornada em novos negócios?
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Bom, boa noite. Oi, pô, tudo bem? Vamos lá, eu comecei a raciocinar um pouco sobre o assunto hoje e sobre essa mudança de carreira. Em princípio, a gente acho que não tinha a intenção de mudar o rumo das carreiras. Eu acho que tanto eu quanto o Tiago, a gente tem um apreço pela nossa formação, pela graduação, que o Tiago é advogado, eu sou arquiteto.
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Speaker
E no momento que a gente começou a ter essa transição, a gente realmente tinha esse apreço, a gente gosta muito das profissões, eu da arquitetura, do urbanismo, o Thiago dos clientes, do direito, etc. Eu acho que tudo começou muito discreto e como um trabalho secundário.
Galeria residencial se transforma em espaço público vibrante
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A gente mora num prédio de Lofts, que é o Jorês Machado, e nesse prédio tinha um espaço físico, que era no térreo,
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que ele era uma galeria de arte onde era frequentada apenas por moradores do prédio e a gente achava uma pena um espaço tão rico que de frente para a rua não ser contemplado e usado por outras pessoas.
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E visualizando esse espaço físico, a gente pensou assim, como é que a gente pode ativar esse espaço, como é que a gente pode tornar esse espaço mais interessante para outros usuários, já que ele é um espaço nobre, está de frente para a rua.
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Speaker
E dentro da arquitetura e do urbanismo tem um conceito que até quando a gente viaja para a Europa é muito fluido e espontâneo, que a maioria dos edifícios lá em Paris, Lisboa ou outra cidade tem um comércio no térreo e as pessoas moram em cima do comércio. Isso no conceito de urbanismo e de cidade deixa a cidade mais feliz e menos monótona.
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porque as pessoas passeiam, tem aquela palavra até que os franceses usam muito que é flanar e vão vendo a floricultura, vão vendo o café, vão vendo um restaurante isso deixa as ruas mais simpáticas, mais seguras espontaneamente porque as pessoas umas cuidam das outras, espontaneamente, naturalmente
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e a gente pensou por que não aproveitar esse espaço como uma galeria café ou um espaço de gastronomia, até porque o edifício de Juarez Machado tinha no seu DNA, quando foi lançado a planta, que teria um bistrô na casa ao lado, na casa centenária.
Café artístico e engajamento comunitário
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Então, eu e o Thiago, a gente tinha já uma pequena ação embrionária de gostar de receber. O Thiago, lá em Joinville, ele fazia os esquentas em casa e eram concorridos.
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Foi também anfitrião lá da mansão, né? Então eu também gostava de receber. Nossas festas sempre tinham bastante aderência. E a gente falou assim, não, um lugar então para abrir o público que já tinha esse DNA da hospitalidade. E junto com o vizinho a gente fez um trio e vamos abrir um café, um café ligado com a cultura e arte. Então começou como um espaço secundário nas nossas vidas. Acho que o Thiago pode cumprimentar um pouco.
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Oi, oi, boa noite. Agradeço o convite, primeiramente. E corroborando com o que o Abreu coloca, tem uma questão que
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voltada para talvez a criatividade que as nossas profissões...
Criatividade e resolução de problemas nos negócios
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O Abreu mais na arquitetura, obviamente, tinha essa liberdade, mas na Divocacia eu me sentia um pouco engessado. E uma das coisas que eu mais gostava dentro da Divocacia, quando eu ainda era bastante atuante, era de atender o cliente e na solução dos problemas.
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Speaker
Então hoje ter um bar, um restaurante são problemas para resolver todos os dias. É diferente da advocacia que a gente tem algumas situações, muitas delas na verdade, a longo prazo. Mas eu diria que essa questão criativa é algo então, como o Abreu estava finalizando a fala dele,
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e passou pra mim, é algo que a gente conseguiu explorar mais, e tendo o Delfino, que foi a casa que nós abrimos em 2015, na galeria, então, do artista plástico Juárez Machado, conterrâneo de Joinvi.
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E a gente já tinha tido um teaser do potencial desse espaço, além do projeto da própria edificação, mas quando fizemos uma homenagem para o Juarez Machado nos 70 anos dele, que foi o lançamento das 70 obras deles nesse mesmo espaço onde é o Delfino.
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E realmente a intenção era que esse negócio fosse paralelo e secundário às nossas atividades que já trabalhávamos. Não havia no início uma ideia de migrar completamente, até porque
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Speaker
Eu acho que determinadas profissões, uma vez que você inicia elas, você nunca deixa de ser. Então hoje eu exerço a advocacia dentro dos próprios negócios. O Abreu, quando tem que desenhar o espaço, conceber ele, mesmo antes da questão física de estrutura, além de estudar o projeto arquitetônico de interiores propriamente ditos, trabalha com questões de história da arte que têm relação com a arquitetura,
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e a gente utiliza também da questão mais burocrática e jurídica, desde esclarecimento com funcionários ou evitando demandas trabalhistas, trazendo colegas advogados, juízes, enfim, Ministério Público para conviver nesses espaços onde a gente propõe reuniões,
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Speaker
discussões sobre temas que envolvem arquitetura, urbanismo, e aí as coisas começaram a tomar uma
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Speaker
proporção um pouco maior, porque a gente se identificou muito com essa atividade, que ela vai muito além da gastronomia propriamente dita. Então, a gente tangencia a questão do restaurante, do bar, e traz outros serviços que nos diferenciam de outros lugares que, com toda a qualidade e esmeiro,
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trabalham exclusivamente com gastronomia, mas tendo em vista as nossas atividades, que antes eram principais e agora se tornaram o suporte para fazer com que esse negócio exista da melhor maneira, a gente conseguiu fazer com que ele tivesse ramificações e aí tornou o primeiro negócio, que é o Delfino 46, um negócio consistente.
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Speaker
Eu quero colocar aqui uma coisa bem importante que é o e, né? Eu não preciso mais ser o ou. Ou eu sou arquiteto ou eu sou empreendedora. Eu sou e. Eu sou arquiteto e empreendedora. Eu sou advogado, empreendedor, empresário, investidor. E é uma tendência muito natural e moderna que hoje nós escolhemos uma profissão por formação, mas nós temos a tendência em
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Viajar pelo E. E algo mais. Exatamente. E olha que interessante. Por uma oportunidade de uma galeria, uma visão de mundo. E essa vontade de vocês, vocês realmente olharam para aquilo e descobriram o potencial que aquilo teria. E claro, com muita dedicação, estudo. Porque vocês estavam entrando também num ambiente novo para vocês.
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Por mais que vocês tenham todo esse conhecimento em volta, o cor do negócio era um cor diferenciado. E é, como a Pauli falou, o E na construção da jornada de uma nova, de uma segunda, de uma paralela carreira.
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ela precisa ser muito planejada, organizada, pode ser feito por partes, como vocês bem falaram e bem fizeram e estão fazendo. Porque muda muito a rotina de vocês, né Ti e Junior, assim, os horários, a disposição
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para realmente conhecer, como o Tiago falou, novas pessoas estar ali, estar à frente do negócio, dar a cara, mostrar, né? Ir atrás de novos contatos, fornecedores, planejar, pesquisar. Mas em algum momento, assim, vocês sentiram, vocês entenderam que haveria a necessidade de vocês realmente, assim, se dedicarem mais para os outros negócios que estavam vindo?
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Então, eu acho que esse marco do tempo aí veio com o segundo negócio.
Segundo empreendimento em prédio histórico
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E o segundo negócio também foi um pouco parecido com a inspiração do primeiro, já que o espaço físico que foi determinante para sedução para mim e para o Thiago de se envolver nessa segunda empreitada. A gente foi convidado para conhecer um imóvel tombado de 100 anos.
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Próximo ali à região do Rita Maria, que foi construída por um grande empresário industrial do século XIX, que é o Karl Franz Albert Wiepke. E essa casa, quando a gente entrou na casa, a gente viu todos os atributos importantes
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que a gente conseguiu vislumbrar o segundo negócio, que era um espaço físico, que ele já quase se apresentava como um palco, tinha um espaço elevado, embora eles queriam alugar para um co-working, em vez de visualizar o co-working, a gente visualizou um palco no nosso olhar, a gente viu uma arquitetura cheia de histórias, impregnada de
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de coisas interessantes de frente para o mar e a montanha catarinense, para Pontes de Cirulú. E quando a gente esteve naquele lugar que a gente foi convidado para visitar, que a gente foi para lá para não aceitar, o lugar nos pegou novamente, nos seduziu e falou se a gente não fizer esse lugar, outros vão fazer. Então foi aí que a gente veio para casa, a gente começou a construir já uma
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uma história para esse lugar, um cenário, idealizar o conceito, porque também a gente sempre procura embasar bem o nosso negócio, quando o negócio tem sinceridade, tem verdade, acho que a palavra
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o Tiago falou a verdade, eu acho que ele tem menos chance de dar errado, ele fica menos frágil, né? Fica um negócio com possibilidades de ter permanência, né? Se você faz uma coisa muito alegórica, muito frágil em termos de conceito, provavelmente ele vai ter uma vida útil mais curta. Acho que o Tiago compreende. Exato. Respondendo a pergunta da Mo assim,
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Eu acho que também o meu sentimento de um momento que fez com que a gente tendesse muito mais e trabalhasse quase como uma descontinuação da outra profissão para terceiros, não para a gente.
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Hoje eu não consigo mais advogar para clientes que eu advogava e não por, digamos até, ou incompetência, mas por uma questão de tempo e de preferência daquilo que a gente se propõe a fazer com mais atenção. Como a Pauliana falou, hoje a gente pode ser várias coisas. E eu continuo sim advogando dentro
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de um universo que para mim é muito mais palpável e tangível, que é o meu universo para a organização da minha própria empresa e dos meus próprios negócios.
Adaptação e estratégias durante a pandemia
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Mas a pandemia também fez com que o nosso senso de
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coletividade e obviamente a gente também pensou no negócio porque quando a gente abre uma coisa é para ter lucros, a gente não está falando aqui de altruísmo exclusivamente, mas a pandemia nos exigiu uma atenção
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triplicada, quadriplicada, de algo que estava quase começando a caminhar sozinho. Então, nós tínhamos um café que abria às 16 horas, aí ele se estendia até uma da manhã, porque depois de 2015, nós recebemos então o convite, quando a gente abriu o bistrô, café, enfim, que era na galeria do Loft Jores Machado, ainda é,
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Um ano e meio depois, nós recebemos o convite de dois empresários que tinham uma casa centenária conectada a essa galeria. Então, eles eram nossos clientes, para encurtar a história, e nos convidaram para administrar essa casa, logo conectada ao Delfino. E aí nós abrimos, então, o Porão, que foi um clube de jazz e de música ao vivo, com piano acústico e tudo, que surgiu logo em 2017. Fica exatamente no Porão dessa casa.
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E que há 90 anos, há 100 anos essa casa já fazia sarau, já existia música ali, já existia arte. As primeiras moradoras estudaram com vilalobos, com janetas.
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e a gente foi pesquisando toda essa história, no térreo dessa casa. Tanto que dizem que é uma das melhores acústicas de Santa Catarina. Exato. E aí, na parte de cima, então, existem algumas salas de trabalho, da qual o Abreu e eu continuávamos a exercer as nossas profissões de arquitete, advogado, utilizando esses espaços. Então, durante um período, estava até cômodo para a gente, porque é quase que pegar o elevador e ter ali tudo muito tranquilo.
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Speaker
E aí vem a pandemia, ao invés de trabalhar com possíveis demissões e tudo, começamos a trabalhar com encomenda, eram shows cancelados, tudo isso que o Brasil viveu, o mundo viveu na verdade, e aí exigiu da gente uma atenção redobrada.
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Speaker
E esse convite... Um se reinventar. Isso, então trabalhar em horários alternativos, tivemos que não trabalhar à noite por conta das restrições, ninguém entraria num porão até seis, sete meses depois das restrições e também não faríamos isso.
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Speaker
porque queríamos preservar a integridade dos nossos clientes, mas aí vem trabalhar com encomenda, vamos fazer entrega, qual é a estratégia para manter a equipe, vender drink engarrafado, não demitimos ninguém, aumentamos o horário e aumentamos a equipe.
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Speaker
Mas tudo isso demanda tempo, energia, persistência. Então agora o foco vai ser esse para conseguir manter toda essa equipe que acredita no nosso trabalho. E aí foi onde a gente começou também a migrar.
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Speaker
Porque junto com essa proposta de conhecer essa outra casa centenária, que o nosso negócio é reestruturação, ressignificação, melhor dizendo, de imóveis centenários que trazem a história da cidade.
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foi no período da pandemia, em 2020, um dos nossos principais clientes, que então está na quinta geração, do Caio Franz Albert Weipke, que o Gino mencionou, é um dos nossos clientes, o Adderbal Grilo, e nos convidou para conhecer então esse imóvel que está dentro de um complexo, onde hoje tem o armazém Rita Maria, as torres de...
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comerciais ali do Carl Epic, e ali a gente realmente ficou apaixonado por esse imóvel. Surgiu dúvida, obviamente, diante de toda a instabilidade, estávamos muito machucados com tudo aquilo que estava acontecendo.
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Speaker
Mas aí a frase do Abreu, diante de toda a história que a gente foi buscar da região, de que navios aportavam ali para fazer um entreposto, que servia como entreposto a região entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, companhias de teatro, desciam ali, e aí quando a gente vai estudar a história da região, a gente vê que tem muito da maneira como aquilo se apresentou há um século atrás,
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Speaker
e o que a gente poderia trazer é muito da nossa visão de mundo.
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Speaker
muito legal que vocês colocaram e, aproveitando aqui, vocês sabiam que 30% dos profissionais que desejam fazer algum tipo de transição de carreira querem empreender, e aqui vocês trouxeram inúmeros desafios, porque empreender realmente nem tudo, são flores. Vocês falaram sobre se reinventar na pandemia, sobre ressignificar lugares, porque, afinal, tem uma história, tem todo um conceito,
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Speaker
Mas a gente sabe que da história e do conceito fazer tudo aquilo acontecer e dar certo é completamente outra viagem, outra jornada. E aqui vamos colocar então para aqueles que estão nos ouvindo quais foram os desafios mais significativos que vocês enfrentaram agora além da pandemia.
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Speaker
E nessa transição, como que vocês superaram? Se superaram todos, contem-nos. Eu acho que o principal desafio quando a gente começou o primeiro negócio, eu acho que foi a falta de conhecimento da área de gestão,
Desafios de gestão e soluções práticas
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Speaker
né? Gestão, finanças, toda essa área que eu acho que nem na arquitetura, nem no direito a gente tinha tido uma formação.
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Então, até para fazer o primeiro plano de negócio, a gente não sabia que profissional buscar. A gente foi tentando achar um profissional adequado. Só que eu, fazendo uma análise bem crítica, eu acho que o nosso plano de negócio para o primeiro empreendimento, o café, foi até bem abaixo da expectativa. A gente acho que não achou todos os pontos ali que deveriam
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ser encontrados para um negócio bem assertivo, então a gente foi aprendendo muito com o nosso olhar atento, o meu olhar atento de arquiteto, o olhar atento do Thiago, da experiência que ele tinha, de conversar com cliente a cliente desde
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um cliente passante de convidar para entrar, o Thiago, uma das primeiras clientes, ele ofereceu um pão que a gente tinha acabado de fazer no café, e foi uma das primeiras clientes que ela é cliente até hoje, e dá para a cliente entender que ela não queria tomar só um café, ela queria tomar um vinho à tarde, um espumante, né?
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Speaker
Tá, esse pão era bom. Esse pão era bem gostoso. E a gente foi entendendo que o nosso plano de negócio não apontou que as mulheres gostariam principalmente de tomar realmente um vinho à tarde no lugar que elas se sentissem protegidas, que não era um bar, não era um restaurante, era um café.
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Speaker
mas elas tinham essa licença poética de poder tomar um drink no meio da tarde e não serem taxadas ou apontadas de estarem bebendo num bar à tarde, entendeu? E isso a gente foi então customizando o nosso negócio com os clientes que foram frequentando o espaço. Então eu acho, no meu ponto de vista, respondendo mais diretamente, foi a questão de administrativa, de gestão, que eu tinha pouco conhecimento.
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Speaker
Então, sabe que eu e o Abril, a gente tem posicionamentos um pouquinho diferentes sobre essa questão do plano de negócios. Eu entendo que um plano de negócios, por melhor que ele seja feito, ele não salva um negócio. Diante de todas as intempéries que podem acontecer e a questão dessa previsão
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Speaker
dependendo do tipo de negócio, a gente não consegue fazer as nuances disso, essa demanda reprimida, por exemplo, que tinha de as mulheres terem esse espaço à tarde, ninguém sabia. Isso foi uma coisa muito orgânica.
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Speaker
eu acho que o Abreu na qualidade de arquiteto e eu como tributário ali, a gente trabalhou muito a questão do conceito do espaço e eu junto a contabilidade para as questões de economia tributária da empresa. Então, eu acho que para o nível de exigência que nós temos no negócio, a gente entende que sim, poderia ter sido muito diferente, como tudo na vida, depois que você tem uma certa experiência.
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Speaker
Mas partindo de duas pessoas, eu tinha sido garçom em Londres, que era a experiência mais próxima que eu tinha de atender em restaurante ou gerenciar um restaurante. Quando eu me formei, eu fiz curso técnico em administração, mas nada disso é suficiente para você abrir um negócio e ter uma gestão
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Speaker
que você considere razoável para algo que seja o delfino hoje. Então, claro, começar tirando comando em papelzinho, não sei se eu faria hoje, se é o preço da ignorância. Às vezes eu penso, quantas coisas a gente fez porque a gente...
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Speaker
não tinha exatamente a noção de que melhor não fazer assim. Mas diante dessa verdade que é muito latente nas nossas intenções e nos nossos negócios, e o cuidado com os pormenores que a gente tem, que é do atendimento, é o pão que a cliente recebeu, é a música boa que ela está escutando, eu acho que o desafio sempre está na gestão da equipe.
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Speaker
A engenharia para você manter as pessoas certas para que a coisa funcione, sem você estar presente, é um desafio constante. Porque você não precisa exatamente crescer no negócio enquanto estrutura física, mas como conceito, ou como se ver diferente ao longo dos anos e não cair numa commodity dentro do mercado de entretenimento, precisa de criatividade.
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Speaker
E para você ser criativo, você não pode estar cansado às vezes. E para você não estar cansado, aquilo que você fazia antes, que era o Tiago e o Abreu, que recebia as pessoas na porta, desde a hora que abria até a hora que fechava, ou que ia no sacaolão comprar as verduras, legumes e tudo mais, depois de um tempo você deixa de ser novidade e você precisa incrementar o negócio.
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Speaker
e aí para ter essa retaguarda você precisa ter alguém que se substitua em algumas atividades que antes você achava que era insubstituível. E esse é o caminho natural, né Tia? Então eu acho que o desafio hoje, o desafio foi sim a pandemia que falamos, onde a gente se reinventou e a gente viu essa capacidade, que muito se falou de resiliência, mas eu acho que o desafio permanente hoje é a gente manter um time
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Speaker
que seja conquistado pelo negócio, ou que se conquiste melhor pelo negócio, da maneira como a gente se conquistou pelas propostas que nos foram feitas no passado. Então, é isso, porque esse líder, se eu precisar falar que eu sou um líder para alguém, é porque eu não sou. Então, o meu desafio maior hoje, ou do Junior, é se colocar como tal,
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Speaker
Fazendo com que eles entendam espontaneamente os meus princípios, a minha visão de mundo tem a ver com esse lugar que eu estou trabalhando. Olha que legal. Me faz lembrar muito do que vocês estão falando sobre uma frase do Henry Ford, onde ele diz que há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam. É muito sobre isso que nós estamos falando.
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Speaker
Não é? E, Júniority, como vocês veem, assim, de que maneira suas experiências anteriores contribuíram para o sucesso dessa nova jornada? Eu acho que sim, acho que as experiências da nossa história e do conhecimento é fundamental
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Speaker
o negócio de hoje. Inclusive, assim, às vezes perguntam até na arquitetura como é que um arquiteto tem a criatividade. Ele, claro, tem que ter o conhecimento técnico, mas a criatividade de qualquer pessoa, em qualquer área, na minha opinião, é todo o repertório que ela vai adquirindo ao longo do tempo.
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Speaker
é a viagem que ela fez, é o filme que ela assistiu, a peça de teatro que ela foi, o espetáculo de música, o concerto, isso a pessoa vai criar um repertório e na hora de você criar, seja na arquitetura ou seja criar um negócio de
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Speaker
restaurante, bar, hospitalidade, você vai colocar todo esse teu repertório nesse desenho desse novo empreendimento, né? Então eu acho que eu somei meu repertório que eu tenho ali das minhas viagens, que eu fiz duas voltas ao mundo, do teatro que eu fiz na linha francesa, da dança que eu fiz quando eu era mais jovem,
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Speaker
da faculdade da arquitetura, o Thiago, todo repertório que ele também adquiriu, experiência até, como ele comentou, que foi garçom em Londres, eu acho que todo esse repertório a gente vai imprimir e desenhar esse novo negócio. Mas isso dá bagagem justamente para poder conversar com os teus pares, e aí os pares a gente está falando desde sócios investidores que vêm no teu outro negócio, onde querem estar contigo, como você falou.
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Speaker
e a pessoa que está limpando o banheiro, porque eu sei como limpa um banheiro e até quando dá para limpar esse banheiro, em que hora tem que entrar no banheiro. Então se precisar ir para a cozinha em alguns negócios, se faltar um funcionário, eu não digo que o seu negócio vai dar errado se você não fizer isso, obviamente que não. Mas se tratando do nosso negócio, ter alguém que consiga trazer essa história junto,
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Speaker
te coloca com mais abertura para talvez dar essa estrutura que o Junior está falando e que eu coloquei como um dos principais desafios que é manter um time que tenha engajamento, porque quando você fala de igual para igual, isso desde a pessoa que está exercendo algo na noite ou de alguém que está lá atrás vendo só os investimentos, e essa narrativa, esse repertório que o Junior colocou,
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Speaker
dar essas referências para você entender até o que você quer fazer dentro desse negócio e o que você não quer. Qual é o tipo de show que eu quero trabalhar, como são as noites que eu quero ter, que tipo de público, a diversidade que eu quero colocar. Isso tudo é fruto ou resultado dessas experiências.
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Speaker
Vocês trouxeram algo muito interessante, que são pessoas, time, e você coloca em prática tudo aquilo que você traz de bagagem da sua vida. E são universos bem interessantes aqui, desde ser garçom, a trabalhar em obra, a alguém que fez a Aliança Francesa e, de repente, universos que se cruzam aí, caminhos, enfim.
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Speaker
E você junta tudo isso e olha no que dá, né? Um sucesso tremendo que a gente já sabe que vocês têm. Dito isso, vocês, obviamente, transitaram de universos de carreiras que teoricamente são muito distantes do que vocês fazem hoje, mas por tudo que vocês nos trouxeram, se conectaram de uma forma muito orgânica.
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Speaker
E quando vocês falam em ser convidados, em olhar uma casa centenária, em ter pessoas que frequentavam, eram clientes e, de repente, parceiros de negócio, a gente começa a pensar aqui em network. Então, relacionamento, como é que métodos de network evidentemente funcionaram para vocês nessa trajetória
Networking e engajamento pessoal nos negócios
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Speaker
Eu, antes de ter os dois negócios, tive a possibilidade de trabalhar com uma empresa de comunicação que foi a RBS. Então, por 15 anos, eu prestei serviço, era terceirizado. Eu era coordenador, curador de uma amostra que chamava Casa Nova. Então, nesse sentido, eu tive uma boa integração com um time
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Speaker
de comercial da RBS que eu ia junto com eles para vender o produto que era a amostra e ao mesmo tempo depois eu tive a oportunidade de escrever uma coluna para o jornal que me deu também uma grande visibilidade.
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Speaker
Então ao longo de 15 anos eu consegui construir uma rede de networking, que ajudou bastante até de serem os primeiros clientes, que eram os arquitetos e toda a rede de comércio e construtoras que eu conheci durante esses 15 anos. Então foi para começar a alavancar e ter clientes no primeiro negócio.
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Speaker
Pararalaís, eu acho que o Thiago pode falar melhor que eu, acho que ele tem um grande dom, o Thiago é uma pessoa super carismática, ele atrai as pessoas, então cada pessoa que chega no negócio, foi ele que ofereceu o pão para até nossa amiga Carol Greco, que era moça, a personagem do pão, então ele traz a pessoa para dentro do negócio e depois ele continua, ele tem esse dom de continuidade e cria quase laços de amizades com o cliente.
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Speaker
Eu acho que eu tive um primeiro momento que eu ajudei bastante, depois eu acho que o Thiago ele dá essa consequência de criar laços e criar esse networking com os clientes e através das redes sociais também, que o Thiago alimenta a nossa principal rede social de comunicação. A parte criativa e de relação do Junior foi fundamental para que a gente startasse o negócio
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Speaker
de uma forma como ele parecesse já existente na cidade, pertencendo às pessoas. Porque em ambos os negócios, a gente também começou a virtualizar isso, como diz, costuma dizer, escrevendo os livros, Facundo Guerra, que é um empresário de São Paulo, que a gente tem contato e seguimos os trabalhos dele, também migrou de uma certa forma, que era engenheiro de alimentos, enfim, hoje um dos mentores aí no Brasil nessa questão,
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Speaker
de entretenimento, mas então o Abreu começa com um círculo de pessoas já com bastante solidez e a gente consegue fazer com que venha o cliente que se movimente durante um tempo e não seja tão efêmero. A partir disso tem uma aptidão realmente minha nesse sentido de gostar de me relacionar com as pessoas, gostar desse trabalho de atendimento, de se colocar à disposição e de servir.
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Speaker
que tem tudo a ver com o nosso tipo de negócio hoje. Então, o relacionamento, o nosso network, ele foi muito no tete a tete para começar o negócio. E aí, claro, na proporção que tomou hoje para ter 250 ou às vezes 300 pessoas numa noite, Instagram,
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Speaker
é email, lista de transmissão, atendendo os clientes que estão no restaurante e mostrando a parte dos shows, mas eu acredito muito ainda no contato
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Speaker
Olho a olho. As pessoas acreditam naquilo, elas gostam de ser bem recebidas. Tem um amigo nosso, que eu acho que, de repente, ele é psicólogo numa dessa, fica a dica para vocês entrevistarem uma hora, é o Bebeto, o Anso Livro, já, e tudo. Ele fala que o melhor feedback de alguém que tem um restaurante, um hotel, às vezes não é nem o elogio, é a pessoa fechar a conta e fala assim, reserva a mesma mesa para semana que vem. Excelente.
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Speaker
Então essa confiança é o melhor network. Quando você trabalha com confiança, entre erros e acertos, como vocês falaram da questão dos fracassos e a persistência em continuar, isso vai ter sempre.
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Speaker
Mas quando o teu cliente está vendo que você trabalha com honestidade, com verdade, esse network é fundamental para que o negócio funcione. E o cliente volta e indica, que é o que mais a gente quer.
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Speaker
E nesse momento de encontrar um novo caminho, de construir uma nova carreira, por maior que seja o nosso networking, que é o que a gente está fazendo, tem sempre uma coisa que ninguém nos conta.
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Speaker
que a gente vai descobrir lá quando a gente realmente está no meio do tiroteio. Então eu queria ouvir de vocês uma dica super rápida para quem está nos ouvindo e começando esse movimento. O que vocês falariam para essas pessoas? O que vocês gostariam de saber e ninguém contou para vocês antes de vocês começarem?
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Speaker
Acho que pode ser uma dica assim. Na verdade, quando a gente fala do Facundo Guerra, a gente lê o livro dele, fez o curso, dois cursos, duas mentorias, mais um livro, empreendedorismo para subversivos. Bem no começo do livro tem um pensamento dele que fala assim, se você pensar no negócio e colocar todos os pontos negativos sobre ele, não romantizar o negócio,
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Speaker
E ainda assim você entender que você quer fazer o negócio, tente, sabe? Considerando todas as adversidades. Porque é impossível você prever tudo. A gente só consegue estabelecer um negócio, um tempo útil,
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Speaker
perpetuar, como o Junior falou, que isso exista no imaginário das pessoas e tudo, puxando um elo por vez, muitas vezes. Essas são etapas.
Impacto social e comunitário dos negócios
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Speaker
Uma das coisas que ele fala também, que empreender é um ato político.
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Speaker
Então, quando você constrói um negócio, você está expressando o que você pensa, como o Thiago falou também, a sua visão de mundo, mas ao mesmo tempo você pode começar a deixar coisas para a tua comunidade. Então, como a gente falou antes, a gente preserva dois imóveis centenários, então esse imóvel centenário poderia estar sendo ocupado
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Speaker
Talvez por um negócio que as pessoas não pudessem conhecer esses imóveis ou poderiam estar em estado mais degradado. Então é um ato político. A gente tendo um comércio embaixo de um edifício residencial, a gente deixa a rua mais segura espontaneamente, porque essas pessoas estão passando. A gente contratando pessoas
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Speaker
que não seria um mercado de trabalho por questão de raça, discriminação de gênero. É um ato político, estamos dando oportunidade para um tipo de classe que não teria opções de trabalho bacana.
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Speaker
Então, quando você constrói um negócio, você começa a ter esses pequenos atos políticos, que eu acho que pode deixar a tua vida um pouco mais... E resolver um problema, seja social ou político, não partidário, mas de questões.
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Speaker
E aí se você resolver um problema, que é algo que você tem que pensar quando abrir um negócio, que tipo de problema eu vou estar resolvendo? Então a Luiz Delfino, que é a rua do nosso primeiro negócio, a gente mora no prédio, vocês sabem, apesar de ser uma rua em uma localização super boa da cidade,
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Speaker
aquela história, como o Júnior falou, de flanarta, perto da praça do supermercado, mas ela era uma rua árida, os vizinhos não se conheciam. E quando você traz um espaço de um prédio desse aberto para a rua, você está resolvendo vários problemas, desde uma vaga de estacionamento que é ocupada por uma praça que a gente colocou, que as pessoas ocupam mais, fora do horário expediente ainda, onde mães levam as crianças do colégio e ali param para colher uma já de puticaba,
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Speaker
ou entregar uma comida para uma senhora que não consegue sair de casa e pede para você levar, questões relativamente dessa oportunidade de trabalho. Então, quando você está resolvendo um problema, e às vezes é um problema que tem a ver muito com o negócio, a demanda das mulheres que querem sair seguras e tomar uma espumante num café e não num bar,
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Speaker
Pensa qual é o problema que o teu negócio vai resolver. Isso diminui um pouco as dificuldades. Legal, porque cada empresa, quando a gente vai lá registrar, tem um negócio chamado razão social. Não é à toa que é esse nome, né? Existe efetivamente uma razão social. Bom, cada mudança profissional é uma jornada única. E é incrível ver como as experiências compartilhadas podem nos ensinar, nos motivar
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Speaker
E infelizmente estamos chegando ao final desse episódio que foi especial demais, repleto de muita inspiração, coragem e história real de verdade, de transição de carreiras. Bom, para encerrar vocês já falaram sobre livros, mas se vocês tiverem mais dicas de livro, um filme, uma peça, algo que tenha inspirado vocês
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Speaker
Durante essa jornada de transição de carreira seria muito útil para quem está nos ouvindo agora.
Livros e figuras inspiradoras na jornada
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Speaker
Eu falei do livro do Facundo Guerra, que é um livro bem atual.
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Speaker
E aí voltando a algo mais conservador, digamos, não sei se essa é a palavra, mas eu gosto muito do estadista Winston Churchill, e tem um livro que fala sobre ele, não são livros escritos por ele, que eu também já li, gosto bastante, mas é o fator Churchill.
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Speaker
que é escrito pelo Boris Johnson, e eu gosto bastante da maneira como é colocada, diante de todas as dificuldades que foi passar, da maneira como foi, dos problemas tão graves que houve naquela época,
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Speaker
Porque às vezes eu penso diante de alguma dificuldade, assim, por se o cara conseguiu resolver. Eu não sou o Winston Churchill, não serei um estadista, mas às vezes eu fico pensando quando eu tento dramatizar alguma situação da minha vida, eu fico assim, porra, se o cara, imagina como o cara conseguia dormir resolvendo um problema desse, que a gente não vai entrar no mérito, o podcast está acabando. Por que eu não consigo resolver algo que é muito, talvez, mais fácil, né? Na mesma cabeça de cabeceira, eu diria. Que legal.
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Speaker
E eu como referência para terminar, então, vou citar dois arquitetos, um que é o Paulo Mendes da Rocha, que eu acho que o trabalho dele foi incrível dentro da arquitetura moderna brasileira, que me influencia também nos meus trabalhos quando eu penso em um novo negócio. E atualmente ainda, contemporâneo, Isai Weinfeld também tem trabalhos que me inspiram muito.
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Speaker
E na música, eu sou superfano de Chico Buarque. Então, a fala dele sempre e as músicas sempre me inspiram. É isso. Excelente. Gente, foi maravilhoso. Passou super rápido. Gratidão, Junior. Gratidão, Tiago. Muito bom estar com vocês. Obrigado. E nós aqui do podcast convidamos vocês a conhecerem o Delfino146 e o Frans Cabaré aqui na cidade de Florianópolis.
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Speaker
E meninos, a determinação de vocês em seguir o coração e buscar essa nova direção nos lembra a importância de seguir as nossas paixões, mesmo quando o caminho parece incerto. E quantas vezes para vocês pareceu incerto, não foi mesmo?
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Speaker
E a vocês, ouvintes, que as experiências compartilhadas pelo Junior e pelo Ti nos inspirem a abraçar mudanças e acreditar em nossas capacidades para alcançar novos horizontes. Cada desafio é uma oportunidade de crescimento e cada mudança é uma chance de reinvenção.
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Speaker
Continue explorando e aprendendo. Se você não nos segue ainda, te convida a nos seguir no nosso Instagram, papo de heads. Temos um agradecimento especial ao nosso parceiro aqui do podcast, a DVW, que tem mais de 10 anos de atuação. São diversos serviços premium, incluindo consultorias personalizadas para empresas ou profissionais que desejam impulsionar ou seu marketing pessoal,
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Speaker
e empresarial. Para mais informações, acesse dvw.com.br. Gratidão por nos acompanhar e até o próximo episódio.