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Everton Gubert - Cultura Organizacional em Foco
171 Plays1 year ago
Chamamos Everton Gubert para batermos um papo super gostoso sobre empreendedorismo, perseverança e a importância da cultura na sua jornada!
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Transcript
Introdução ao Papo de Reds
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Speaker
Bem-vindo ao nosso podcast Papo de Reds. Se você está buscando temas como liderança, inovação, desenvolvimento profissional e uma visão privilegiada do universo dos Reds, esse é o podcast ideal para você. Eu sou Coliana Gunning e essa é minha esposa, Monique Gunning. Juntas, queremos trazer para vocês insights valiosos, histórias inspiradoras e dicas práticas para impulsionar sua carreira e gestão.
Importância da Cultura Organizacional
00:00:32
Speaker
No episódio de hoje, vamos falar sobre aquilo que é o coração e alma de qualquer empresa. Aquilo que molda a maneira como trabalhamos, inovamos e prosperamos. A cultura organizacional. À medida que as empresas e pessoas buscam se adaptar às novas configurações do mercado, a cultura organizacional surge como uma importante aliada dos resultados.
00:00:55
Speaker
Nos últimos três anos, o mundo viveu um período marcado por dúvidas, mudanças e profundas transformações, que demonstraram para líderes e gestores do mundo todo o quanto a cultura organizacional pode representar uma importante fonte de força para sobreviver a momentos de crise e manter a competitividade dos negócios.
Jornada de Everton Gubbert na Agrenis
00:01:18
Speaker
Para explorarmos esse tema e a sua influência no mundo dos negócios, chamamos Everton Gubbert. Olá, Everton. Seja muito bem-vindo ao nosso podcast Papo de Reds. Olá, Apoliana, Monique. Primeiro, agradecer profundamente pelo convite. É uma honra. Achei superlegal o projeto de vocês. Certamente muitos dos novos líderes que precisam
00:01:44
Speaker
de mais apoio, de buscar referências. Acho que esse projeto de vocês certamente vai ajudar muita gente. Então, muito obrigado, me sinto muito feliz por estar aqui com vocês, compartilhando, trocando, contando um pouco da minha trajetória, do que eu penso nesse tema que vocês citaram, que pra mim é a alma da empresa, chamado cultura organizacional.
00:02:08
Speaker
E eu quero começar falando um pouquinho sobre você. O Everton Gubbert é sócio e fundador e CEO da Agrenis, essa empresa que é referência em inovação e inteligência para a produção de proteína animal e que tem a Cargill
00:02:25
Speaker
líder global em agronegócios como sócia. Também é autor do livro e da metodologia de aceleração para produtividade chamado Pensamento Mais Um, e é uma das lideranças do ecossistema de inovação no Brasil, em especial uma das grandes referências em inovação para o agronegócio.
00:02:46
Speaker
Tem como filosofia o desenvolvimento de negócios de propósito e de relações que proporcionam expansão de consciência. Poxa, Everton, eu fico super feliz em ter você aqui conosco, porque desde o primeiro contato que eu tive com você, eu fiquei verdadeiramente impactada.
00:03:08
Speaker
pela sua história, pela sua trajetória, e me conectei, obviamente, verdadeiramente a você. E eu quero que você compartilhe um pouquinho conosco e com as pessoas que estão nos ouvindo dessa sua trajetória inspiradora.
00:03:24
Speaker
Bom, contar aí uma longa história curta, vamos tentar assim na trajetória, né? Eu sou do interior do estado de Santa Catarina, de uma cidade chamada de Xencherê, que alguns talvez não conhecem, mas conhecem a vizinha de Xencherê chamada Chapecó, que é uma cidade um pouco mais conhecida.
00:03:42
Speaker
E na época que eu tava lá em Xencherê, ainda na minha pré-adolescência, a minha mãe e meus irmãos resolveram mudar pra Florianópolis, pra fazer faculdade e tal, porque na nossa época lá, as cidades do interior não tinham faculdade, então você tinha que ir pra fazer uma universidade, você tinha que ir ou pra Curitiba, ou pro Porto Alegre, ou pra Florianópolis, ou Santa Maria. Eram os destinos que a gente ia, e a gente acabou optando por Florianópolis, então,
00:04:12
Speaker
Na minha adolescência, eu mudei pra cá. Eu não queria saber de faculdade, na verdade. O meu sonho era ser jogador de futebol. Acabei sendo jogador de futebol profissional, mas aí me contundi, tive uma lesão muito grave e a minha carreira acabou. Que bom, hein? E a vozinha da minha mãe sempre falando, se não estudar não tem futuro.
00:04:41
Speaker
e eu não tinha vontade de fazer nada, não tinha um sonho de ser dentista, advogado, eu queria ser jogador de futebol, então eu tive que resolver de última hora o que eu ia fazer da minha vida com a parte universitária. E inspirado no meu irmão mais velho, ou seja, sem querer, o meu irmão mais velho já era formado em ciências da computação,
00:05:02
Speaker
E aí o pessoal falava que era a profissão do futuro, que no futuro todo mundo, o cara da tecnologia ia se dar bem, ia ganhar bem. Naquela época a gente estava passando um perrengue financeiro. Eu falei, meu, é a oportunidade de resolver minha vida. Vou fazer essa faculdade de computação e vou ganhar muito dinheiro.
Crescimento e Sucesso da Agrenis
00:05:20
Speaker
Então eu fui fazer computação, então realmente sem querer.
00:05:24
Speaker
E dentro do curso, nossa, eu ganhei um presente porque aflorou em mim o lado empreendedor dos meus pais, da minha mãe, que meu pai e minha mãe foram empreendedores. E eu já, com a história de poder programar, resolver problemas, eu já comecei a montar na minha cabeça, não, eu vou montar o negócio, eu vou...
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Speaker
E acabou que surgiu um negócio. Eu e mais dois sócios montamos uma boutique de fabricação de software. Na época, o software era sob medida. Não é que nem hoje que você vai na Apple Store e você tem milhares de software disponível, apps. Na época, todo o software era sob medida. E eu vi uma baita oportunidade e a gente montou essa empresa pra começar a informatizar. Na época, a palavra, vamos informatizar a sua empresa.
00:06:15
Speaker
Então, a gente começou a formatizar várias empresas de vários amigos até que acabou o repertório, acabaram os amigos, não tinha mais para o que resolver. Eu falei, cara, a gente começou a ficar apertado de projetos em projetos em faturamento. Eu falei, não, eu vou lá para a minha cidade, lá em Xencherê,
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Speaker
Porque lá tem um monte de amigo meu, que os pais são empresários, e com certeza eles precisam de um apoio nesse processo de informatização. E então eu fui pra Chencherê, isso já era 1999. E chegando lá, eu cheguei à frente do tempo, porque o pessoal não estava nem pensando em informatização, ainda estava bem atrás, não tinha nem computador. E aí o pessoal falou, eu levei um monte de não, levei não de segunda a quinta-feira, era não, não,
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Speaker
Na sexta você levava assim então. Na quinta-feira eu ganhei um baita que mudou a minha vida. Porque na quinta-feira eu desolado lá no final do dia com a orelha murcha.
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Speaker
Falando como um primo meu que tinha uma metalúrgica que produzia equipamentos para a suíno cultura. E eu falando, ah primo, vou ter que voltar pra casa de mãos abanando. Aí o meu primo olhou pra mim assim, por que você não desenvolve um programa aí pra ajudar o pessoal da suíno cultura a gerenciar os animais?
00:07:38
Speaker
Eu falei, me conta mais sobre isso. Não, porque eu tenho um sócio aqui, que tem uma granja e tal. Quem sabe tu vai conversar com ele, daqui a pouco tu acha uma oportunidade aí. Ele pegou o telefone e ligou na hora e falou, ó, tem o primo meu aqui, etc e tal. Ele tá procurando uma oportunidade aqui. Eu sei que você tem essa unicultura, que gerencia tudo no braço, na mão. Que tal você receber o meu primo e ver o que ele tem pra falar? E aí acabei indo. Fiquei. Era pra eu ir embora na noite de quinta-feira.
00:08:07
Speaker
e acabei ficando, e sexta-feira de manhã eu estava lá bem cedinho, aí eu vi, eu estava lá no escritório, ele e a esposa, e a esposa com aquele arquivo de ferro lá, com os fichários, e com um lápis e uma borracha e uma calculadora. Então, quando saía a ração, ela anotava lá no lote tal, no produtor tal, foi aquela ração.
00:08:32
Speaker
Aí pagava o leitão, aí morria o leitão. Tudo no papel. Aí eu olhei para eles, eu vi... Puts, eu era... Naquela época, assim, uma coisa que eu tenho facilidade até hoje é visão sistêmica, né? Eu já vi o sistema na minha cabeça todinho montado, né? Aí eu falei assim, olha, se vocês me darem uma oportunidade,
00:08:53
Speaker
me explicarem um pouco mais, eu consigo fazer um programa aqui que vai resolver, vocês não vão mais perder tanto tempo aqui. Eu até brinquei com a Dona Salete, que era esposa do produtor lá, falei assim ó, a senhora vai ter que arrumar uns crochê, uns tricô pra fazer que vai sobrar tempo. E se o Salão fazer um? É, porque você vai fazer em meia hora, você vai matar toda a questão, porque o programa é que vai controlar tudo e fazer os cálculos pra senhora.
00:09:18
Speaker
E eles toparam, eu voltei pra Florianópolis e falei com meus sócios, gente, achei uma oportunidade. Levei um monte de não, mas tem uma oportunidade aqui, cara, tem um mercado gigante de cinecultura, os caras não têm programa, fazem todo o controle num papel, eu acho que é um nicho gigante, porque Santa Catarina é o maior produtor de filmes do Brasil,
00:09:40
Speaker
E cara, eu tô afim de fazer esse projeto. Aí eles olharam pra mim e falaram, cara, mas vamos fazer esse projeto com que dinheiro? Se a gente tá tendo que fazer os projetos pra sobreviver, né? Então a gente não tem dinheiro pra investir no desenvolvimento. Quantos meses você vai levar pra desenvolver? Quem que vai bancar isso aí? E aí um já tá desanimado, um queria morar no exterior e foi, o outro também. Aí fechamos aquela empresa que a gente quebrou no caso. Mas eu...
00:10:06
Speaker
Eu fiquei com aquilo na cabeça e falei, não, eu vou encarar esse projeto. Aí eu liguei pro produtor, né, pro meu primo, pros produtores lá e falei, olha gente, se vocês me ajudarem com uma ajuda de custo mínimo aí, por seis meses eu faço esse programa. E depois o programa fica de graça pra vocês, não precisa pagar mais, nunca mais nada.
00:10:27
Speaker
E eles gostaram de mim e toparam. Então, na verdade, foi uma lição também que foi o meu primeiro investidor anjo da empresa, que hoje é muito fácil de você ver as etapas de investimento da empresa. Foi o meu primeiro investidor anjo. E dali, eu mergulhei na sunocultura, acabei indo para a Seara, dormi lá numa granja por 82 dias,
00:10:50
Speaker
dormi no quarto do escritório da granja, tinha o quarto do gerente, tinha um colchão lá, eu dormia no chão lá, pra eu poder aprender e programar, porque eu não entendia disso na cultura, na prática ali, eu lia livros, tudo, mas uma coisa é você ler livro, outra coisa é você ver na prática. Eu quis lá realmente pegar na mão, ver como é que acontece. E dali eu fui programando, fui fazendo o sistema,
00:11:16
Speaker
E aí acabou que uma grande empresa, líder, tem nutrição, me enxergou ali e viu o que eu tava fazendo e falou, cara, a gente precisa de um programa como esse, você não quer fazer uma parceria? E, poxa, eu fiquei, imagina, super feliz porque... E aí mudou toda a história, porque entrou o investimento, eu pude rodar o Brasil todo pra conhecer.
00:11:40
Speaker
a produção de suínos no Brasil inteiro, falei com os melhores especialistas, e acabei realmente, naquela época, desenvolvendo uma ferramenta muito legal. E foi aí que tudo começou e surgiu a minha empresa, então em 2001 eu abri a Agrenis,
00:11:57
Speaker
junto com uma sócia minha, que na época era minha noiva. Depois acabei tendo que chamar meu irmão, minha cunhada, para ajudar, porque o negócio começou a crescer. Enfim, então, lá daqueles nãos que eu recebi, hoje a Agrinis já está em mais de 30 países, em praticamente todos os continentes, e a gente faz a gestão aqui no Brasil, por exemplo, de 95% da produção animal
00:12:24
Speaker
de suínos no Brasil é feita por nós. Eu costumo dizer que quem faz um churrasquinho no domingo e que come linguiçinha de cada dez linguiçinhas que são servidas no churrasco de vocês, nove e meia é gerenciado pela nossa empresa.
Propósito e Valores na Cultura Empresarial
00:12:41
Speaker
Isso me dá orgulho tremendo. E é um pouco, talvez, de tentar encurtar essa história que é muito longa, né? Mas para vocês terem uma ideia do que aconteceu nessa jornada.
00:12:50
Speaker
Mas é inspirador mesmo, né? Você vê o que eu falei. Um dia mudou a tua vida porque você encontrou uma dor. De repente, depois de tantos nãos. E que bom, porque se de repente você tivesse levado um sim aí não teria acontecido. E cara, é sensacional. Você encontrou uma dor, você resolveu um problema e você está em muitos países. Então não tinha como não compartilhar essa história.
00:13:15
Speaker
Super inspiradora mesmo. Obrigada por compartilhar. E é isso. Olha quantos pontos você falou aqui. Começando já com o lado empreendedor. Essa é uma veia que muita gente tem, mas poucos têm coragem de assumir. Ouvir as necessidades que a gente chama no design thinking, que é o problema do cliente.
00:13:39
Speaker
Vai atrás do problema, hoje nós precisamos fazer empresas que estão aqui para resolver problemas. E você fez. O não desistir, Everton, foi a dedicação de ir lá aprender, dormir lá perto, ficar junto.
00:13:56
Speaker
ter humildade de dizer, eu não conheço do processo, vou aprender. E veio essa construção de não só uma, mas duas ou outras também, de empresas desde o começo. Então, para você, o que você vivenciou, passou, que você sentiu, quais foram e são os principais elementos que compõem
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Speaker
uma cultura organizacional para que realmente a empresa cresça forte, saudável e quem sabe um dia, como a sua, pode ser vendida ou criar essa conexão com outras empresas. Você tocou num ponto
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Speaker
que é primordial, que é cultura das empresas, eu confesso pra vocês que quando eu comecei esse negócio eu não pensava em cultura, apesar de já ter cultura, eu já estava formando a cultura da minha empresa, mas eu como era um empreendedor jovem, inexperiente,
00:14:56
Speaker
eu não tinha dimensão da importância da cultura da empresa. Assim que a empresa começou a crescer, que eu precisei trazer mais pessoas, aí fui realmente implantando gestão na empresa, porque você precisa de vários braços de gestão, seja gestão de pessoa, gestão financeira, gestão estratégica. Então, ali, desde cedo eu falei, cara, a gente precisa
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Speaker
implantar realmente uma cultura, e tudo começa, e hoje eu tenho a convicção disso, tudo começa pelo propósito. Eu, por exemplo, não consigo me imaginar trabalhando numa empresa que não tem um propósito.
00:15:40
Speaker
que não tenha realmente... Você sabe que no Brasil, inclusive, tem uma coisa que facilita, que chama-se... Quando você cria uma empresa, você tem que definir uma razão social. Olha só que interessante, ninguém parou... Raramente a pessoa para pra pensar. Razão social já é uma dica. Cara, por que você vai criar uma empresa? Pra que fim social? Pra que dor que você vai resolver? Qual é o propósito da sua empresa? Exatamente. Qual o legado que essa empresa deixa, né?
00:16:10
Speaker
Qual o legado que ela deixa? Então a primeira coisa é isso. Então quando eu me toquei dessa importância, do propósito, eu falei qual que é o nosso propósito? E aí a gente olhando o trabalho, a gente se identificou com realmente o que a gente fazia, o que a gente resolvia, né?
00:16:24
Speaker
é impulsionar a prosperidade no campo. A prosperidade para nós não é uma questão só de dinheiro, de faturamento, mas como todos os movimentos da pessoa, do produtor no nosso caso, a expansão de conhecência dele, de melhoria de gestão, com melhoria de gestão melhora os resultados, com melhor resultado melhora o investimento, melhora o meio ambiente, melhora tudo.
00:16:46
Speaker
Então, impulsionar prosperidade no campo é todo esse aspecto global que envolve um negócio. Então, o propósito da Agris é impulsionar prosperidade no campo?
00:16:56
Speaker
E também a gente foi, eu digo a gente, eu e meus sócios, a gente foi percebendo quais eram os valores que realmente a gente usava, que nos tocam, que na verdade os valores vêm realmente dos valores pessoais dos sócios. O que eles não abrem mão. Então a gente definiu, a gente tem sete valores na Agnes, a gente definiu esses valores que são valores que a gente analisou do início da empresa, o que a gente usava. Então, por exemplo, um dos valores da empresa é a simplicidade.
00:17:26
Speaker
Até hoje, para mim, o feito é melhor que o perfeito. Tem que ser simples, tem que ser óbvio. Por quê? Porque o mercado que eu entrei era um mercado que... A gente fez a inclusão digital dos produtores. Eles não sabiam mexer em computador, muito menos em programa. Se a gente fosse complicado, eles não iam entender. Então tinha que ser muito simples. Foi um valor primordial da nossa empresa.
00:17:53
Speaker
E a gente também trouxe algumas premissas para a empresa, para formar a cultura. Uma delas, justamente pela minha história, é fazer acontecer. É uma premissa, Dagris. Cara, tem que fazer acontecer. O que é fazer acontecer? É você resolver com o que você tem na mão.
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Speaker
porque é muito difícil, muito raro você ter uma condição ideal para resolver as coisas. Se você ficar esperando a condição ideal, não existe, não vai existir isso. Então, por exemplo,
Práticas Diárias e Consistência Cultural
00:18:22
Speaker
eu quando fui lá para a granja, eu fui com um computador daqueles computadores antigos, o Pentium, com aqueles tubão, que o monitório era um tubo gigante,
00:18:33
Speaker
Eu não tinha um laptop, eu não fiquei esperando, não, eu só vou pra granja se eu tiver um laptop. Não, eu fui com o que eu tinha. Outra coisa, eu ir pra granja, dormir na granja? É, cara, faz acontecer, bicho. Eu não tinha dinheiro pra bancar hotel, eu não tinha. Então, zé meu, me dá pouso aí que eu vou resolver. Então, esse fazer acontecer, até hoje tá na empresa assim, com uma premissa. Tipo assim, ó, cara, dá teus pulos, meu. DTP, né? Se tu não sabe resolver, cara, te vira, dá teus pulos e vamos resolver.
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Speaker
Porque assim, ah não, mas eu só vou fazer isso e a empresa me pagar um curso de não sei o que. Não cara, tá na internet, vai. Não adianta ficar esperando a empresa que ela não vai resolver todos os seus problemas. Então isso também para mim. Então eu acho que os elementos de uma cultura, Munique, para fazer um resumo,
00:19:19
Speaker
Eu acho que seriam esses, assim, o propósito pra você entender o que é que você veio servir e aquilo que você não faz, porque os diabinhos te atormentam pra você fazer coisas que não é o teu foco, então a proposta te dá direção. Os valores é a base de tudo pra tua tomada decisão, a gente usa... você não tem noção da quantidade de vezes que a gente teve que olhar pros nossos valores e dizer assim, não, cara, a gente é assim, então a gente não pode fazer isso.
00:19:48
Speaker
E, por último, algumas premissas que vêm muito da história dos sócios, da história do início da empresa. E isso tudo forma esse caldo que chama-se cultura da empresaria. Olha que legal, né? Muito interessante, Everton. Principalmente porque aqui, quando você coloca algo que bem ali no início você falou, olha, eu não entendia muito quando eu comecei a empreender, mas
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Speaker
Você já tinha uma cultura? Porque a gente costuma dizer que, cara, a empresa começa, aí ela vai fazer um alinhamento com o sócio para definir qual é a cultura, não?
00:20:28
Speaker
Você já tem a cultura, você pode mudá-la, se você quiser ir no caminho, você muda por meio de atitudes que você começa a implementar, e aí é aquele negócio, a cultura que você faz no dia a dia, e você vai fazendo, vai fazendo, é aquela rotina maçante, mas libertadora, que faz com que você implemente a cultura.
00:20:50
Speaker
Então toda empresa tem cultura. Não é sentar numa sala e dizer, então essa, hoje essa vai ser a nossa cultura. Ela já existe. Se você quiser mudá-la, você vai ter que ter um hábito e disciplina pra fazer diferente todo dia, né? É, e pra mudar uma cultura demora...
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Speaker
São anos. E eu vou trazer aqui para vocês compartilhar, olha que interessante, uma pesquisa realizada pela consultoria PwC com 3.200 participantes identificou que 66% dos executivos ou gestores acreditam que atualmente a cultura organizacional
00:21:32
Speaker
é tão importante quanto as estratégias e o modelo operacional da empresa. Olha esse número, gente, é muita coisa. Além disso, entrevistados cuja organização possui uma cultura distinta e presente na agenda da liderança, que é o que você falou, está ali presente no dia a dia, dizem ter visto a ampliação da receita em
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Speaker
48%, eu tô falando de ampliação de receita. Cara, isso impacta em tudo na empresa, EBITDA, enfim, em tudo. E nos índices de satisfação dos funcionários em 80%, que poxa, eu conheço aquela cultura, eu já sei onde eu tô entrando. Eu sei como é aquela empresa, aquela empresa arrojada, aquela empresa
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Speaker
Tem foco nas pessoas, no dinheiro, no resultado? Não sei, mas eu, quando conheço a cultura, sei onde estou indo. E aqui, 89% impactam nos clientes. Então, Everton, quais seriam os benefícios a longo prazo de se investir na construção da cultura organizacional sólida e alinhada com os valores da empresa?
00:22:47
Speaker
Nossa, Poli, que legal se trazer esses números, né? Se eu fosse entrevistado, eu falaria que eu seria um dos 66%, com certeza que diria que cultura representa a coisa mais importante. Eu não tenho dúvida que é a coisa mais importante de uma empresa, porque
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Speaker
Eu esqueci de falar de uma premissa antes, que na nossa empresa também, uma premissa é confiança. A gente desenvolve relações de confiança com as pessoas que trabalham conosco e com os nossos clientes. Então, confiança é porque, pra mim, é o resultado da cultura. Quando você tem uma cultura sólida, bem feita, bem definida, não só de forma tácita, como você falou, às vezes o cara acha que não tem cultura, mas tem.
00:23:35
Speaker
mas também é explícita, ela bem definida, ela traz esse ar de confiança, ou seja, os meus clientes sabem do jeito que eu me comporto, não tem surpresa, não é kinderovo, né? E as pessoas que vêm trabalhar dentro da nossa empresa
00:23:51
Speaker
Elas também, de cara, inclusive, quando a gente vai contratar, a gente fala, olha, eu costumo usar uma forma de explicar, eu costumo dizer assim, cara, aqui dentro toca vaneirão, cara, entendeu? Não tem problema se tu quiser dançar funk, eu não tenho nada contra funk, o pagode, música classe, tudo certo, mas aqui é vaneirão. Se tu entrar pra cá,
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Speaker
E pedir pra tocar funk não vai dar certo, porque nós não vamos tocar e tu vai se frustrar. Então é melhor tu entrar numa empresa que toca funk, que aqui toca vaneirão e acabou.
O Papel da Liderança na Cultura Organizacional
00:24:28
Speaker
Então a gente deixa extremamente claro pros nossos colaboradores, né?
00:24:33
Speaker
Qual é a nossa cultura? O que a gente espera do comportamento dele? Porque a gente tem inclusive duas coisas escritas. O que eu espero do comportamento do colaborador e o que eu espero do comportamento do líder, da liderança.
00:24:48
Speaker
Então, quando a pessoa entra na empresa, eu já, meu, isso é muito, mas a gente frisa demais. Porque eu falei assim, cara, isso eu poupo a tempo. Porque depois não adianta você vir aqui e dizer assim, ah, mas, puta, eu achava... Não, não, tu tem que achar num momento ali que nós vamos falar
00:25:05
Speaker
Eu não vou te cobrar o que eu não te falei na entrada da empresa, que tá lá que a gente espera. Eu não vou te cobrar. Agora, aquilo que eu espero você vai ser cobrado caso não atenda. Inclusive a gente pergunta, cara, depois de tudo isso, tu te vê aqui dentro ou não?
00:25:21
Speaker
Porque senão, meu amigo, a gente vai perder tempo, né? Um esforço, né? Tempo. Aquele negócio, pô, o cara tá cheio de hard skills, mas se não tá preparado pra cultura, ele vai sair por comportamento, por soft skills, enfim. É, e vocês sabem, né? Acho que todos que estão ouvindo também sabem, né? Realmente a gente demite por comportamento.
00:25:46
Speaker
Essa parte de competência hoje é fácil de você avaliar. Agora o comportamento vai se mostrando. Então você tem que fazer uma entrada na empresa, um processo seletivo tem que ser muito bem feito, muito claro sobre a cultura da empresa.
00:26:03
Speaker
Excelente. Algumas vezes as pessoas falavam para mim, essa pessoa não ficou ou saiu, é muito ruim. Não é que a pessoa é ruim, a pessoa talvez não esteja no lugar certo. Então ela não consegue se desenvolver, ela não consegue ser criativa, ela não consegue inovar, não consegue ser produtiva. Porque realmente o que você diz faz todo o sentido, Everton.
00:26:28
Speaker
As culturas existem e você tem que estar em lugares que realmente estejam alinhados com seus valores também pessoais. O que a gente também viu bastante durante a pandemia, Everton, não sei se você chegou a sentir isso,
00:26:47
Speaker
mas eu senti, eu sou da área da saúde, senti que o período da pandemia pode ter prejudicado algumas culturas, porque ela desconectou de uma forma rápida e abrupta pessoas, times, lideranças, e por vezes, não 100%, mas por vezes pode ter comprometido performance também, porque não foi pensado, planejado, foi abrupto. Isso.
00:27:15
Speaker
Eu entendo que a cultura consegue impactar tanto positiva quanto negativamente os restados de uma empresa. Como que você vê isso? Você entende que a cultura organizacional pode afetar o desempenho e o sucesso de uma empresa?
Desafios Culturais durante a Pandemia
00:27:30
Speaker
Totalmente. Totalmente. Você falou da pandemia, eu acho que foi um período em que não é que prejudicou a cultura. Na minha opinião foi o seguinte, um período em que a cultura foi colocada à prova.
00:27:44
Speaker
porque ela já existia. Aí ela foi colocada a prova, realmente, assim, essa empresa tem cultura ou não tem cultura. Nós, por exemplo, bom, todo mundo, mas a gente fez uma... bom, foi ligar um botão, desligar um botão e ligar outro.
00:27:59
Speaker
e a gente colocou todo mundo em casa. Então, por que a gente tem já uma cultura, por exemplo, a gente tem processos definidos, a gente tem uma cultura alinhada para a excelência, a gente tem uma comunicação muito boa entre as lideranças e tal, muito rapidamente a gente se estabeleceu e continua a vida, entendeu? Agora, eu vi realmente empresas que aí, cara, balançaram, né, balançaram, porque
00:28:26
Speaker
foi colocada a prova e tipo, por exemplo, se você tem uma cultura de você não confiar nas pessoas e você tem que controlar, neste momento, pandemia, como é que você vai controlar? Exatamente. Então, teve empresas que se perdeu porque baixou pro atividade por quê? Porque os próprios colaboradores também só estavam acostumados que tem que ter alguém ali meio que bater no tambor, né?
00:28:49
Speaker
Então, eu acho que a pandemia trouxe isso, colocou a prova à cultura, e não tem dúvida nenhuma que ela influencia os resultados. Porque, bom, eu até conheço uma empresa no meu setor que foi a junção de duas empresas, cada uma tinha uma cultura. E aí, quando fizeram a junção, essas culturas ficaram brigando lá dentro,
00:29:16
Speaker
e não encontraram paz. Então eles perderam a cultura. É uma empresa sem alma. Porque as duas empresas vinham com histórias magníficas, lindas, maravilhosas, e não conseguiram fazer uma harmonia e construir. Qual é a cultura nossa agora?
00:29:36
Speaker
e não conseguiu fazer. E os resultados já estão aí, o mercado conhece, estão sofrendo. E realmente é um problema cultural. Então, na minha opinião, impacta totalmente no resultado, porque impacta principalmente nos colaboradores,
00:29:54
Speaker
E os colaboradores, se não trabalham, se não rendem bem, se não estão felizes, isso consequentemente vai chegar nos produtos e nos serviços. E aí o cliente consegue entender que alguma coisa está errada. Então, sem dúvida alguma, impacta totalmente no resultado e no clima da empresa. Os clientes finais, os investidores, porque de repente a gente que trabalha no mercado financeiro começa a ver
00:30:20
Speaker
que aquela empresa já não performa mais tão bem, os resultados já não são mais tão favoráveis.
00:30:27
Speaker
E o porquê, né? E aí, olha, pegando esse gancho de tudo que você falou e esse teu exemplo é sensacional, porque quem é do agro ou, enfim, conhece um pouquinho a história da junção dessas duas empresas deve estar até sabendo quais são, né? Mas aí vamos falar, né? Então, assim, a gente falou em fusão, né? Porque nesse caso acho que até foi uma fusão de duas empresas. E aí, então, como é que a gente identifica esses sinais
00:30:56
Speaker
de que uma cultura organizacional precisa ser reformulada ou reajustada. Porque, obviamente, uma entrou com uma cultura, a outra totalmente diferente. E aí, como é que a gente identifica que é o momento de a gente repensar e ver? Talvez essa cultura não seja a melhor para nós. Ou até mesmo aquela empresa que foi fundada há muitos anos,
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Speaker
E de repente, com o passar dos anos, viu que aquele propósito não era mais tão legal e que precisava mudar de alguma forma ali dentro com seus colaboradores, gestores, líderes, enfim. Conta pra gente um pouquinho como é que pode aparecer esses sinais e como que a gente pode lidar com eles. Olha, eu tenho uma teoria aqui, não é que isso seja verdade absoluta, mas eu tenho uma teoria que assim,
00:31:44
Speaker
Tem um fator que, na minha opinião, deixa escancarado quando uma empresa tem um problema de cultura. E esse fator chama-se rotatividade das pessoas.
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Speaker
Então assim, quando as pessoas que estavam lá, que ajudaram a construir aquela cultura, e houve uma mexida, uma mudança, alguma coisa assim, que começou a balançar essa cultura, elas não conseguem mais se identificar com aquela empresa. Começa a dizer, cara, não era assim. É mais ou menos assim, ó, eu entrei aqui pra tocar vaneirão e os caras agora estão tocando funk.
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Speaker
Mudou, né? Então acho que os gestores têm que observar, quando começa a ter rotatividade de pessoas, perder talentos, pode ter certeza que alguma coisa está errada. E aí tu vai investigar, pode ver que a empresa começou a se comportar de uma maneira contraditória.
00:32:41
Speaker
Porque as pessoas sentem isso, esse clima. Poxa, a decisão era tomada assim, agora mudou totalmente. Poxa, então o que eu vou acreditar? Porque as pessoas começam a ficar perdidas. Poxa, eu acreditava nisso e era para fazer isso. Mas agora pode fazer isso aqui também? Poxa, eu não me identifico com isso. Então, Poliana, eu acho que, sem dúvida, tem que observar a rotatividade das pessoas. E, consequentemente, as pessoas indo embora, os talentos indo embora,
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Speaker
o mercado começa a sentir a entrega da qualidade dos produtos, a forma de interagir com o cliente. Você tem uma ideia? Eu recebi uma infeliz carta de uma grande empresa dizendo o seguinte, olha, a gente teve resultados terríveis e eu tô chamando todo mundo pra colaborar e como você é meu fornecedor, no mínimo você vai ter que baixar 10% do preço
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Speaker
se quiser continuar entre os fornecedores. Isso é um recado gigante da cultura da empresa.
00:33:46
Speaker
Poxa, ou seja, ele tá me dizendo o seguinte, que fornecedor não faz parte da estratégia. Ele quer preço, quer, sabe? E que o problema que eu tive, o fornecedor... Eu não quero trabalhar com uma empresa assim, entendeu? Porque eu não trato os meus fornecedores dessa forma. Eu não transfiro os meus problemas para os outros. Eu tenho que buscar solução interna, não as custas das pessoas, das empresas, né? Então, esse tipo de...
Concluindo com Gratidão e Reflexão
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Speaker
Quando tem essa mudança brusca, você já vê que tem algum problema de cultura
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Speaker
rodando na empresa. Everton, infelizmente, a gente está quase chegando ao fim do nosso bate-papo, acho que a gente ficaria aqui horas conversando, mas para finalizar, eu quero ouvir muito a sua opinião sobre a importância da liderança nesse contexto de cultura, porque uma coisa, Everton,
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Speaker
é quando a gente trabalha fisicamente próximos, ou até em locais parecidos, que tenham a mesma cultura. Outra coisa é quando a gente trabalha em culturas muito diferentes. O Brasil é muito grande, então a gente pode falar de cidades, de estados, até outros países.
00:34:53
Speaker
Eu passei por alguns grandes players do Brasil e eu literalmente já trabalhei do Iapó que é o Shui. Imagina você as diferenças culturais que eu encontrava e eu como líder não conseguia estar próximo no dia a dia desses profissionais. A gente vira as costas e a gente vai embora.
00:35:12
Speaker
E como eu fazia, como eu trabalhava? Eu gostava muito do processo de ter embaixadores da cultura ou guardiões. Perfeito. Que ficavam sustentando a cultura ali no dia a dia. Porque existe essa... Existe uma pesquisa que demonstrou, uma pesquisa da revista Futura S.A. Que demonstrou que 35% dos pesquisados dizem que existe muita inconsistência entre o que está lá no mural da empresa, o que é falado, o que é dito,
00:35:42
Speaker
e que é realmente praticado pelos líderes do dia a dia. Então, Everton, como é que você entende que líderes e gestores podem desempenhar um papel fundamental na promoção, na manutenção de uma cultura organizacional positiva?
00:36:00
Speaker
Nossa, eu acho que essa é a segunda parte principal. Primeiro é ter uma cultura definida. A segunda parte principal, o que mantém essa cultura viva, saudável, é a liderança. O líder, como você usou uma expressão que eu uso também na nossa empresa, são os anjos da cultura, as lideranças. E nada melhor, cara, não tem nada melhor que o exemplo.
00:36:28
Speaker
O líder tem que ser o primeiro seguidor da cultura. Tem que ser exemplar. Porque o liderado, a gente pode achar que não. O liderado está nos observando a todo instante, a todo momento, se você realmente está sendo contraditório. E no momento que você é contraditório, simplesmente se rompe o laço da confiança.
00:36:53
Speaker
que eu falei pra vocês que na nossa empresa é uma das premissas, né? Estabelecer relações de confiança. Então o líder, se ele quer ter respeito, se ele quer ter a confiança do seu liderado, realmente ele tem que se comportar de acordo com aquilo que ele prega, né? E ele segue, que é a cultura da empresa. Então assim, como a gente não tem muito tempo, eu só queria dizer que, olha, o líder
00:37:20
Speaker
A capacidade de uma empresa, de crescimento de uma empresa, está completamente relacionada a capacidade de desenvolvimento à liderança. E a base desse desenvolvimento à liderança precisa ser a cultura, precisa ser os valores que ele vive. Senão eu não acredito, para mim não é nem liderança.
00:37:37
Speaker
Eu não consigo chamar de liderança alguém que é contraditório. Então a liderança realmente, a cultura depende muito dessa manutenção da liderança através de exemplo. É o hábito, né? O que o líder faz, como ele se comporta. Ele exige o que ele não faz? Ele é contraditório? Bom...
00:37:58
Speaker
Ele pede pontualidade, mas ele chega atrasado. Exato. Ele pede para tratar bem os clientes, mas...
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Speaker
não trata, então ele diz pra você, ele dá um comando pra você que ele não faz. E aí, poxa, se perde no caminho, né? Perde totalmente. Everton, gratidão imensa por você compartilhar seus insights conosco, com aqueles que estão nos ouvindo. Foi sensacional. A tua história, como eu disse, é inspiradora, brilhante,
00:38:37
Speaker
Graças aos teus não, você construiu essa empresa que hoje é referência. Você é um cara referência no setor do agronegócio. Você melhorou a vida de muitas pessoas, tenha certeza disso. Aquela senhora lá que fazia o controle.
00:38:55
Speaker
o manual dos suínos, e de repente começou a ter vida, talvez em meia hora de trabalho, e se transformou para quantas pessoas.
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Speaker
e algo melhor. Esses dias até a gente conversou um pouquinho sobre o teu software, cara, é sensacional ali o controle, como vocês desempenham, como aumenta a produtividade, e isso é melhorar o mundo, né? Você dá a qualidade de vida para as pessoas e é uma criação muito, muito interessante. Eu saio daqui com a certeza que muitos líderes e gestores vão se inspirar na tua história,
00:39:38
Speaker
que vão pensar ou repensar na sua empresa, na sua cultura e no trabalho que a gente também aqui falou sobre pós-pandemia, como era antes, como ficou depois, e muita, muita, muita gratidão.
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Speaker
Convidamos vocês a seguirem o trabalho do Everton Goebert e a conhecer um pouco mais desta incrível jornada de muito sucesso. E se você gostou deste episódio e quer continuar explorando o mundo dos heads de destaque, não deixe de nos seguir no Instagram, Papo de Heads, e compartilhar este episódio com seus colegas e amigos.
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Speaker
Suas opiniões são importantes para nós. Por isso, não hesite em deixar comentários ou sugestões tópicos para episódios futuros. Quero agradecer a oportunidade. Foi um bate-papo sensacional. Vocês dominam o assunto. Dá para ver que vocês vivem isso também. Já tiveram várias experiências nesse temática importante, que é cultura. Então, foi muito leve. Muito obrigado pela oportunidade.
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Speaker
e por poder compartilhar um pouco mais da minha história. Obrigada a você, Everton. Gratidão por esse momento, inspirador que nós tivemos. E nós temos um agradecimento especial também ao nosso parceiro aqui do podcast, a DVW, que tem mais de 10 anos de atuação. São diversos serviços premium, incluindo consultoria personalizada para empresas ou profissionais que desejam impulsionar seu marketing pessoal,
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Speaker
ou empresarial. Para mais informações acesse dvw.com.br. E lembre-se, uma cultura organizacional sólida é a base de empresas bem sucedidas e você tem o poder de fazer a diferença. Até o próximo episódio, continue aprimorando sua cultura e liderança. Gratidão por nos acompanhar e até a próxima.