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Sentem-se impostores? Nós também! Parte 1

S1 E5 · Ela por Ela
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62 Plays1 year ago

Hoje vamos falar de como a síndrome ou fenómeno de impostor afeta muitas pessoas, em especial as mulheres, e entender como reconhecê-lo e deixarmos de nos sabotar.


👇Índice

00:00:00 - Introdução

00:00:30 - Agradecimentos

00:01:07 - Porque escolhemos este tema 

00:02:51 - O que é a síndrome de impostor

00:08:04 - Síndrome ou fenómemo de impostor

00:11:23 - Como identifcar a síndrome de impostor

00:22:39 - Razões porque acontece

00:32:30 - Tipos de impostores

00:38:03 - Como lidar com os tipos de impostores

00:41:52 - Referências 


💡Inspirações e recomendações referidas por ordem de menção:

Adam Grant - Síndrome de impostor -  https://www.instagram.com/reel/C2FbzvRONz2/?igsh=MXV4aXoxYXZmY3JuNg==

Estudo Pauline Clance e Suzanne Imes - https://www.paulineroseclance.com/pdf/ip_high_achieving_women.pdf

Escala Clance - https://www.paulineroseclance.com/impostor_phenomenon.html e https://www.paulineroseclance.com/pdf/IPTestandscoring.pdf

Estudo KPMG Mulheres e Síndrome Impostor - https://movimentomulher360.com.br/wp-content/uploads/2021/03/Sindrome-da-Impostora.pdf

Série Mad Men - https://www.netflix.com/title/70136135

Síndrome ou Fenómeno de Impostora - https://minabemestar.uol.com.br/o-que-e-sindrome-da-impostora/

Stefanie Sword Williams - Ted Talk Fuck Being Humble - https://www.youtube.com/watch?v=oduEj9n9nEA

Podcast The Impostor Syndrome Files - Kim Meninger - https://www.kimmeninger.com/podcast

Ted Talk Feel Like an Impostor? - Valerie Young – https://www.youtube.com/watch?v=h7v-GG3SEWQ


🧐Onde nos podes encontrar:

https://www.instagram.com/elaporelapod/


👋Tens ideias para temas? Gostavas de vir falar connosco?

Envia-nos uma DM no Instagram @elaporelapod

Transcript

Introdução dos Apresentadores e Agradecimentos

00:00:00
Speaker
Olá, eu sou a André Balacó e pontuei 88% na escala de clãs. E eu sou a André Cadiz Zaraiva e o meu passatempo favorito é a minha auto-sabotar. Se quer saber de que raio é que nós estamos a falar, fica conosco para mais um episódio do Ela por Ela, onde a conversa é sempre entre amigas.
00:00:30
Speaker
Novamente, queremos agradecer o vosso feedback, não aos nossos temas, mas também ao áudio e outras melhorias para que este podcast seja cada vez melhor para vocês e agradecer especialmente àqueles que podem nem ser muito adeptos deste formato, mas que gostam tanto de nós, que fazem questão de ouvir estas duas pessoas a conversar.
00:00:47
Speaker
Eu queria também dar um agradecimento especial aos meus amigos Hugo Silva e André Pinheiro, que foi o que nos ajudou a resolver a situação do áudio. Obrigada Malta, conseguem ouvir-nos melhor por causa do Hugo e do André. Obrigada pelo vosso carinho e pelo vosso interesse neste podcast, que é mais vosso que nosso.

O Que é a Síndrome do Impostor?

00:01:07
Speaker
Para o episódio de hoje é um tema em que nós as duas somos muito versadas, síndrome ou fenómeno de impostor.
00:01:13
Speaker
É um tema que nós as duas pesquisamos e reconhecemos imensa informação e que acredito ter sido um dos primeiros temas que desbravámos juntas. Ainda nem em terapia estávamos as duas e que tem sido uma constante nas nossas conversas vir e mexe este tema aparece. Para mim, o ponto de partida foi um vídeo que ouvi agora uns dias. O Adam Grant tem um pequeno vídeo de uma entrevista que fala sobre síndrome de impostor e que vamos deixar o link na descrição.
00:01:41
Speaker
Passo a citar o que ele diz no vídeo. O principal sentimento da síndrome de impostor é que existe uma lacuna entre o meu próprio julgamento, das minhas capacidades e o que os outros pensam que eu sou capaz de fazer. E a maioria de nós, quando sentimos isto, pensamos, ah, eles estão a sobreestimar-me. No entanto, a pesquisa feita por uma antiga estudante do Adam Grant, Basima Tufik,
00:02:04
Speaker
Sugero que, na verdade, é mais provável que tu estejas a subestimar-te porque as outras pessoas são melhores juízes das tuas capacidades do que tu. Elas não têm os teus ângulos mortos, não têm os teus vieses e, portanto, se várias pessoas acreditam em ti, provavelmente deverias acreditar nelas.
00:02:23
Speaker
Adam Grant sempre diz a coisa certa. É verdade. E então daqui partimos um bocadinho então para o que é o síndrome ou fenómeno de impostor. E esta síndrome ou fenómeno de impostor é acreditarmos que o nosso sucesso não é merecido e que eventualmente seremos desmascarados como uma fraude. Costuma afetar muitas pessoas, especialmente mulheres e minorias, mesmo quando existem evidências claras de que são competentes e que têm várias realizações conquistadas.
00:02:51
Speaker
Esta síndrome foi criada em 1978 por duas psicólogas norte-americanas, a Pauline Clance e a Suzanne Imes, da Universidade Estadual de Georgia, cujas pesquisas foram precisamente com 150 mulheres,
00:03:07
Speaker
que demonstraram que quanto mais bem sucedidas eram essas mulheres, mais inseguras elas pareciam sentir.

História e Pesquisa sobre a Síndrome do Impostor

00:03:15
Speaker
Na altura é fácil perceber porquê, porque o mercado de trabalho era maioritariamente masculino, a partir da década de 70, com as transformações sociais, econômicas e culturais, com o advento da pílula,
00:03:27
Speaker
é que a entrada das mulheres no mercado de trabalho se começou a intensificar e portanto como o lugar das mulheres não era no mercado de trabalho, até então as mulheres que eram bem sucedidas sentiam-se particularmente inseguras. E também temos aqui alguma informação de que existem vários estudos que apontam que cerca de 70% das pessoas sentiram síndrome de impostor,
00:03:50
Speaker
em algum momento das suas vidas, mas algumas pesquisas indicam que as mulheres são as mais propensas a relatar este tipo de sentimento. E foi por isso que a Pauline Clance desenvolveu a escala de síndrome de impostor Clance, uma ferramenta para medir a gravidade da síndrome de impostor de cada um.
00:04:09
Speaker
Sim, não é uma ferramenta de diagnóstico, mas tem habilidade científica e portanto o resultado é de confiança para identificarem se padecem ou não desde a síndrome ou fenómeno, como vamos falar mais adiante. Eu acho que quem tem síndrome de impostor
00:04:27
Speaker
pode não saber que tem um nome, mas quando lhe é explicado sabe imediatamente que é isso que sente. De qualquer forma, nós vamos deixar o link para esta escala de Clance para vocês fazerem um teste e foi nesse teste que o ponto é 88%. E o 78%.
00:04:43
Speaker
Portanto, acho que temos alguma propriedade para falar sobre este assunto. Sim. Eu ia dizer pouco que um estudo feito pela KPMG em 2020 confirmou que o centro de impostor é 75% maior em mulheres.
00:05:05
Speaker
E nesse estudo eles entrevistaram cerca de 700 mulheres no setor executivo e quase 60% relataram ter receio de que as pessoas ao seu redor duvidassem da sua capacidade. E está também, na Universidade de Georgia, fizeram um outro estudo em que 70% das empresárias participaram na entrevista e afirmaram sentir-se uma fraude no ambiente de trabalho.
00:05:29
Speaker
Porque é que afeta mais as mulheres? Está direcionado com a contribuição desta sociedade, para ter onde nós vivemos, para a baixa autoestima da mulher e a constante necessidade da mulher de pôr à prova, de provar as suas competências e habilidades. Portanto, é um bocado aquela coisa que nós temos vindo a ver em muitos
00:05:53
Speaker
muitos estudos que é, as mulheres são mais qualificadas, no entanto concorrem a menos a determinados cartos.-se que nós preparamos-nos muito mais, talvez precisamente porque crescemos sentimos-nos impostoras e sentimos que não temos capacidade, mas mesmo melhor preparadas acabamos por não nos candidatar.
00:06:17
Speaker
continuamos constantemente com esse complexo de inferioridade de que temos de nos provar, temos de provar que o nosso lugar é aqui e que somos capazes de fazer a mesma coisa ou melhor do que os homens.

Síndrome do Impostor vs. Fenômeno do Impostor

00:06:30
Speaker
Nós entrámos no mercado mais tarde e acima de tudo entrámos no mercado quando foi mais tarde também para cargos diferentes, ou seja, as mulheres trabalhavam muito na parte mais industrial ou
00:06:43
Speaker
nos escritórios a mulher era secretária. Exato. Por exemplo, uma série que eu super recomendo é o Mad Man, em que além das muitas coisas erradas com muita publicidade, que vai ser sempre interessante, uma das coisas que é muito interessante a observar é como uma das personagens principais começa como secretária e aos poucos
00:07:03
Speaker
vai tentando progredir neste mundo o libertariamente masculino, mas as mulheres eram essencialmente isso, eram secretárias, ou trabalhavam na parte industrial, ou por isso depois também surgindo soluções como as avlões da vida, que era uma forma das mulheres, dentro do meio feminino, ganharem algum dinheiro, mas não estarem se calhar tão sujeitas à hierarquia.
00:07:28
Speaker
Eram aqueles que no fundo lhes deixavam assim. Eu acho que tem tudo a ver com uma questão de independência e depois tem a ver com o tipo de cargos, por isso é que quando os estudos são feitos em executivas, são mulheres que têm cargos de liderança ou que têm gestão de equipa e que normalmente não estão habituadas
00:07:45
Speaker
a estar nesse lugar e quando estão não acreditam que são efetivamente capazes de fazer esse lugar exatamente por causa da exigência mas isso é uma das coisas que nós vamos identificar um bocadinho mais à frente depois também nas causas e razões e como é que podemos chegar lá. Acima de tudo gostava agora de fazer aqui esta diferença entre síndrome de impostor e fenómeno de impostor porque os termos são os dois usados e são os dois corretos
00:08:16
Speaker
apenas o síndrome de impostor neste caso é uma condição psicológica, embora não seja oficialmente reconhecido no manual de diagnóstica e estatística das perturbações mentais, que é o DSM. O uso de síndrome foca-se muito mais nos sintomas de insegurança, auto-sabotagem e o medo de ser descoberto, ou seja,
00:08:37
Speaker
descobrir que não é assim tão bom ou que não tem a capacidade para. O fenómeno de impostor é o termo que foi cunhado pela Pauline Clance e é considerado mais apropriado por grande parte dos especialistas, isto porque não sugere uma patologia. Fenómeno significa que se trata de uma experiência comum e transitória, ou seja, não é necessariamente uma condição permanente, nem um distúrbio mental, especificamente.
00:09:03
Speaker
A esse respeito vamos aproveitar para agradecer a nossa amiga Marina que nos mandou um artigo super interessante que nós vamos também deixar nas referências, na descrição, e onde eu vou ler aqui um pedacinho.
00:09:19
Speaker
Síndrome é um problema individual. A cura cabe à pessoa que sofre com isso. Talvez essa pessoa tenha algum apoio das pessoas à sua volta. Além de ser um problema individual, a retaliação torna-se mais fácil e possível.
00:09:34
Speaker
Por outro lado, o fenómeno é uma construção social, é criado sobre uma base de percunsa de género, de estereótipos e de desigualdade sistêmica. Quando mudamos esta perspectiva de síndrome para fenómeno, estamos a reconhecer que não estamos sozinhos e que temos todos juntos de trabalhar para pôr fim a práticas discriminatórias que fazem com que nós continuamos a sentir esses
00:09:58
Speaker
sintomas, entre aspas. Isto é um artigo super interessante que fala precisamente, é da Cilcuriatti, e o título do artigo é, a síndrome de impostora não existe, nós vamos deixar na descrição.

O Papel da Sociedade na Síndrome do Impostor

00:10:12
Speaker
Acho que explica super bem esta importância de começarmos a chamar a coisa por outro nome.
00:10:18
Speaker
Eu esta semana, em um dos meus scrolls infinitos, que também é um dos meus passatempos favoritos, em um dos meus scrolls infinitos encontrei qualquer coisa que foi um vídeo que me passou assim, rapidamente pela frente, mas que dizia exatamente que cada vez mais a questão das mulheres e o papel das mulheres na sociedade é uma coisa que é de todos, é da sociedade resolver essas coisas, mas acima de tudo é um papel do homem,
00:10:46
Speaker
de conseguir também resolver essas diferenças e conseguir ajudar a colmatar essas questões. E aqui no caso do síndrome de impostor ou no fenómeno de impostor, também é uma questão de todos, mas acima de tudo do papel do homem, porque a comparação é sempre muito direta. E atenção, nós aqui sabemos que os homens também sofrem,
00:11:07
Speaker
de síndrome de impostor. Porque toda a gente sofre, todos podem ter. Simplesmente a mulher, por todas as questões que vamos depois mostrar mais à frente, tem muito mais propensão a ter sintomas associados do que tanto o homem, neste caso.
00:11:23
Speaker
passamos agora para como identificar o síndrome de impostor. evidências que dizem que é fácil, outras que dizem que é difícil de identificar, seja como for, seja em nós próprios ou nos outros, é sempre muito fácil também nós conseguimos às vezes disfarçar as nossas inseguranças.
00:11:43
Speaker
Portanto os sinais podem ser subtis ou podem ser evidentes e tendem a surgir, neste caso em momentos de stress, se estamos a ser avaliados ou se temos algum desafio profissional novo que vai exigir mais de nós e então acaba por acontecer.
00:11:58
Speaker
vir mais à tona. No entanto, como é que podemos tentar identificar? Primeiro que tudo, dúvida constante sobre as próprias capacidades. A pessoa sente que não é tão competente quanto os outros acreditam, mesmo tendo provas objetivas de sucesso, como elogios ou resultados positivos no trabalho. Medo de ser descoberto. Existe um medo persistente de que, a qualquer momento, outros descobrirão que a pessoa não é tão qualificada ou talentosa quanto parece. Este sentimento de fraude é central na síndrome de investidor.
00:12:26
Speaker
E com isso uma culpa por estarmos a enganar as pessoas, que eu acho que vem associado a esse medo de, ai, vão descobrir a qualquer mento, e ao mesmo tempo, que é uma coisa que eu penso muitas vezes, é pá, enganei-o mesmo bem. E eu não queria enganar, mas eu enganei-o mesmo bem.
00:12:42
Speaker
Exato. Por acaso não tenho muito esse sentimento. Sinto que as pessoas vão descobrir eventualmente que eu não tenho tanto conhecimento quanto acham que eu tenho. E principalmente quando elogiam ou quando dizem qualquer coisa do género eu fico sempre calada, tipo, do género. Um dia desses vão perceber.
00:13:02
Speaker
Mas não fico com aquele sentimento ainda do... Ah, mas estou a mentir à pessoa ou uma coisa qualquer, fico mais preocupada que vão descobrir. Mas não fico preocupada com aquela coisa do enganei-lo. Foi bem enganado, por enquanto. Mas não é esse enganar que tu sentes, porque tu não sentes, que é uma coisa voluntária. Sentes é que de alguma forma enganaste aquela chuva. Pensaste para os pinhos da chuva. Exato. Nem sabes bem como, tipo...

Sintomas e Experiências Pessoais

00:13:30
Speaker
Exato. Mas assim, medo de ser descoberto e culpa por estar a enganar a pessoa. Estavas no perfeccionismo de baixar a sua estima? O perfeccionismo is acervado, que neste caso tem a ver com a pessoa acredita que tudo o que faz precisa de ser perfeito para evitar críticas ou falhas. Qualquer pequeno erro é visto como uma confirmação de que és inadequado, ou seja, não fazes fit com aquilo que tens que fazer. Nunca está bem, nunca está bom o seu tempo. Sim.
00:14:01
Speaker
Exato, percebo. tive mais, eu tive umas auturas em que era pixel perfect com algumas coisas que fazia e cheguei à conclusão de que também se pode desenhar e fazer coisas de outra maneira. Não é preciso ser ao pixel certinho, mas levou tempo, malta levou tempo.
00:14:19
Speaker
Difficuldade em aceitar elogios ao reconhecimento. Ao receber elogios ao feedback positivo, a pessoa desvaloriza a própria contribuição, atribuindo o sucesso a sorte, circunstâncias externas ou o trabalho dos outros. Quinto, a atribuição de sucesso a sorte ou timing. Em vez de ter sucesso como resultado de competência e esforço, a pessoa acredita que é apenas sorte porque teve uma boa oportunidade e não porque foi um mérito próprio. Foi ao calhas. Foi um bocadinho como eu agora ter entrado no...
00:14:47
Speaker
no curso e ter ganho uma bolsa e achei que foi porque a carta foi feita em parte com o chat GPT. Portanto, é um bocadinho a mesma coisa. Eu ainda não tentei estar a pensar, o chat GPT para quem sofre o síndrome de impostor é tipo a pior cena, a pior. Sim.
00:15:05
Speaker
Comparação constante com os outros, a pessoa compara-se frequentemente com os colegas ou outras pessoas da mesma área, sentindo-se inferior ou inadequada, mesmo que objetivamente esteja à par ou em melhores condições. Sétimo, a excesso de preparação ao trabalho árduo para compensar a falta percebida de talento, ou seja, e tu tinhas mencionado isto um bocadinho atrás, que é
00:15:25
Speaker
o correr atrás, o trabalhar, o tentar tapar e passar mais horas a preparar-se para conseguir evitar erros e críticas, ou seja, evitar falhar. Depois temos o evitar novos desafios ou promoções, ou seja, a pessoa com medo de falhar ou de ser exposto como uma fraude evita aceitar promoções ou outras responsabilidades maiores, mesmo quando está plenamente qualificada para o novo papel, mas...
00:15:49
Speaker
É preciso batalhar em cima dessa pessoa para ela poder fazer alguma coisa. Been there. Been there, done that. Desculpem o inglês, mas não tenho outra forma de dizer. estive aí, não quis e pronto, é assim a vida. Nona, ansiedade e estresse constantes.
00:16:10
Speaker
A preocupação contínua de não estar à altura das expectativas e o esforço para manter uma fachada de competência criam níveis elevados de ansiedade e estresse. No fundo, nós achamos sempre que como um bocadinho, não é uma mentira direta, mas como estamos aqui a fingir que somos competentes, basicamente, causa-nos ansiedade e estresse sem necessidade nenhuma, porque na realidade
00:16:32
Speaker
Não estamos a fazê-lo, mas nós sentimos que sim, que andamos aqui todos os dias a enganar as pessoas e a passar pelos pingos da chuva. Passar pelos pingos da chuva exige uma gestão elevada das nossas emoções que não é fácil.
00:16:47
Speaker
Décimo, autossabotagem. O meu favorito, como vos disse no início, a síndrome pode levar a comportamentos de autossabotagem e isto pode levar a que procrastinemos, que evitemos ter responsabilidades e que reforça o nosso sentimento de inadequação, ou seja, sentir-nos adequados quando as coisas não correm bem.
00:17:08
Speaker
Eu acho que este aqui foi um dos mais presentes para mim no ano passado. Tive um ano extremamente positivo e cheguei basicamente perto do final do ano a levar na cabeça da minha terapeuta, exatamente porque a minha auto-sabotagem era eu não posso estar muito feliz porque eu não mereço ser feliz e isto é...
00:17:27
Speaker
super fantástico, por isso é que eu digo que esta é a minha favorita. Penúltima, décima primeira, foco em falhas passadas. Em vez de se concentrar nas suas conquistas atuais, a pessoa tende a ruminar sobre erros ou falhas passadas, reforçando a ideia de que não é tão boa quanto os outros pensam. E a última, sentir que não merece o sucesso.
00:17:46
Speaker
Mesmo alcançando grandes realizações, a pessoa sente que não merece o sucesso que tem, que não é legítimo e que pode perder tudo a qualquer momento. E este sentimento de perda é veridicamente difícil de controlar e de digerir. Ai, eu sinto que este episódio é uma sessão de terapia.
00:18:04
Speaker
é realmente um síndrome de impostor. É uma coisa que diz muito. Eu estou a ouvir-te a falar e tantas situações da minha vida que se encaixam nestas categorias e eu penso sempre
00:18:18
Speaker
Um bocadinho como eu penso também com a ansiedade, porque eu acho que a ansiedade, eu não sei se tenho síndrome de impostor porque sou ansiosa, ou se a ansiedade exacerba o meu síndrome de impostor, mas eu penso sempre como é que seria a minha vida se eu não tivesse as duas coisas. Ansiedade, que agora felizmente está muito mais controlada, eu consigo perceber e não tenho uma diferença imensa,
00:18:43
Speaker
E o síndrome do impostor, porque realmente impede-nos de fazer tanta coisa e é tão difícil de mudar porque é uma coisa que está muito, muito, muito enraizada e que eu acho que está muito associada a uma série de outras coisas que nós temos que vêm da infância, que vêm da nossa construção de personalidade. E é difícil, não é? Tipo, o não merecer, o não merecer o sucesso
00:19:10
Speaker
é síndrome de impostor, mas vem de outra coisa, não vem daí e é mesmo difícil porque eu às vezes, por exemplo, as coisas correm bem, o Rui Farta se terreira comigo.
00:19:24
Speaker
Porque às vezes as coisas correm bem e eu digo, opa, olha aquilo que ele disse, que ele até me correu bem. Olha, viste, eu até não tive mal. E ele ri-se na minha cara e ele diz, opa, mas tu é que achavas que ia correr mal. Toda a gente sabia que ia correr bem. E eu acho que às vezes o síndrome do investidor também passa um bocadinho por falsa modéstia.
00:19:42
Speaker
que é uma coisa que eu detesto. Para já, eu acho que as pessoas não têm de ser modestas em relação às suas conquistas, pelo contrário, é que as pessoas podem apropriar-se das suas conquistas. E eu quando explico isto, até eu a primeira vez, eu quando soube que havia um síndrome de impostor, que isto era uma coisa, que alguém tinha tipo cunhado isto e que isto era uma cena, e que eu não era a única pessoa que sentia isso, eu sentia um alívio imenso.
00:20:05
Speaker
Porque, de repente, eu consigo dizer, opa, isto não sou eu a dizer que sou uma coitadinha para vocês me elogiarem. Tipo, estas coisas todas. Sente-se mesmo isto, sente-se mesmo que não se é boa o suficiente, que se é uma fraude, que não se pertence onde se está. Se tiveres, por exemplo, num grupo com pessoas que tu achas muito fixe, muito competentes, tu sentes mesmo tipo, opa, mas o que é que eu estou aqui a fazer? De repente...
00:20:30
Speaker
questionas, ou seja, ao invés de fazer sentido o contrário, ao invés de fazer sentido, eu também se calhar sou uma pessoa fixe, estou aqui no meio dessas pessoas fixe, corda em mim, não! É tipo, ai, esta pessoa ainda não descobriu que eu afinal não sou minha mãe, não é fixe? Pois pá, vamos falar sobre isso que eu tenho algumas experiências, todas elas em áreas muito diferentes, mas que têm todas a ver com isto, com esta coisa de eu ando-me aqui a esconder,
00:20:54
Speaker
Ai, sai que agora é que me descobrem. Ai, agora é que é. Ai, agora é que eu vou... E depois, o que é mais grave, que é esse sentimento de não mereço, que eu acho que é muito triste porque nos impede muito de desfrutar das coisas quando elas precisam de ser desfrutadas, e essa autossapotagem faz com que nós, às vezes, não demos o salto, não porque não temos competências para dar o salto, mas porque nos autossapotamos,
00:21:22
Speaker
E não vamos. Perdemos cada grande experiência da nossa vida porque não estamos altos ao sabotar. Pá, é mesmo um tema tipo aqui uma facada no meu coração. É muito emotivo para mim falar sobre isso porque, ah pá, eu super... E tu sabes, e disseste-te bem no início, foi mesmo um tema que nós as duas fomos sempre falando e que somos um bocado polícia assim na lei da uma da outra. Que é alto. Quando vemos a outra a ser a sofrer do síndrome, assim, ah, mas isto és tu.
00:21:51
Speaker
a sabotar-te. É verdade, mas eu acho que basicamente é uma coisa que tu precisas quando tens o síndrome e é uma coisa que não aparece aqui nas coisas a fazer ou no que é que é possível fazer, mas eu acho que ter uma pessoa que te responsabiliza pelo tipo de pensamento que tu estás a ter é muito importante e aqui
00:22:13
Speaker
Eu também tive esse sentimento que foi, ok, não sou a única a sentir, mais pessoas e principalmente se forem mulheres sentem-me bastante, mas no fundo muitas das vezes quando faço a minha própria análise aquilo que eu sinto é ainda bem que em certos momentos eu consegui contrariar isto para conseguir viver certas coisas, por isso hoje em dia tenho que se calhar grande parte das amizades que tenho e grande parte das formas de ver as coisas que vejo, mas acima de tudo
00:22:39
Speaker
Existem razões muito específicas e intrínsecas para que isso aconteça e não da sociedade, como da parte de género, como experiências de infância, etc. e vou disse caro um bocadinho isso um bocadinho agora mais à frente, mas acima de tudo também é um tema que a mim é muito, muito caro, entre aspas, porque tive momentos em que a minha vida ficou mesmo muito negra e em que me afaste das pessoas exatamente um bocadinho por causa disso.
00:23:06
Speaker
porque tenho aquele sentimento de, se eu estiver muito próxima delas, elas vão perceber. Se eu estiver nesta situação, se me colocar nesta situação, vai ser assim ao assado. E chegar a um momento da tua vida como aconteceu o ano passado, em que foi uma das sessões mais duras que eu tive o ano passado, que foi a trapeuta me dizer, eu não consigo entender porque é que você acha que não merece ser feliz. É uma cena tipo que tu ficas a pensar, mas porquê?
00:23:34
Speaker
Por que é que eu faço isto comigo? Eu não faria isto com outra pessoa. Se estivesse a falar com outra pessoa, eu não faria isto. Então por que é que eu faço comigo? E então é duro. É duro, mas também é a única maneira de o ultrapassar, de certa maneira, que é entender que estás a fazer isso e como é que consegues dar a volta.
00:23:49
Speaker
Eu acho que é duro, desculpa André, eu acho que é duro porque tu não consegues racionalizar, ou seja, tu sabes racionalmente que estás a fazer esse processo, ou seja, que a tua cabeça está aceitada ou aceitada. Mas tu no teu âmago, tu sentes mesmo aquilo, tu sentes mesmo que não mereces, tu sentes mesmo que... E é isso que eu acho que é difícil, é contrariar e é o que tu diz. Às vezes é, quando nós arriscamos na mesma, quando nós nos forçamos a ir na mesma,
00:24:17
Speaker
É que eu acho que é mesmo uma coisa que é pela prática. Ajuda, sem dúvida, com 100% de concordo contigo, que ajuda a saberes e ajuda a teres a ferramenta, mas é um bocadinho, quase uma terapia de choque, fazendo determinadas coisas, é que tu vais ganhando confiança para combateres esses sintomas.
00:24:39
Speaker
Era aquilo que dizias no outro episódio, vai só. E aquela coisa do, sabes que vai doer, mas vai, vai, vai, vai doer, mas depois passa. Como dizia o The Bear, let it rip. Pá, let it rip é o meu novo lema de vida, tipo, tem que ser. Bora, vai só.
00:24:55
Speaker
No spoiler, please, porque o dever vai aparecer novamente. Mas pronto.

Expectativas Culturais e Infância

00:25:00
Speaker
Bom, então vamos passar então às razões do síndrome de impostor. Isto tudo não acontece do nada. Acontece porque existem expectativas culturais e sociais, ou seja, uma pressão para cumprir as normas de perfeição e sucesso. Existem expectativas de género. No caso das mulheres, somos frequentemente programadas para sermos modestas e não nos autopromovermos, fazer-nos questionar o nosso valor ou sentirmos que não merecemos ser bem sucedidas.
00:25:23
Speaker
alguns dias eu estive no Happiness Camp e gostei imenso de uma das palestras, a da Stephanie Sward Williams, e o tema da palestra dela era Fuck Being Humble. Que se lixa modéstia, estás a ver? Eu não sabia, eu não sabia que ela era o tema, isto é te dizer, é verdade, que se lixa modéstia, a cena da modéstia é uma cena tramada.
00:25:46
Speaker
Ela mencionava que o objetivo dela, o propósito de vida dela, era que as mulheres abraçassem a autopromoção. Ou seja, que elas começassem a autopromover-se e explicou que todas nós temos medo por ser estúpidas ou de ser genéricas. A que ela chamou FOSS, Fear of Sounding Stupid, e FOBG, que é o Fear of Being Generic.
00:26:09
Speaker
o que devemos pensar que queremos ter na nossa lápide, quando morremos o que é que queremos que a nossa lápide diga, e isto também é uma conversa que nós temos tido as duas ultimamente, o que queremos que as pessoas falem de nós quando nós não estamos na sala, ou seja, temos que pensar o que é que fica para as outras pessoas quando nós não estamos, que as palavras que dizemos são a casa onde nós vivemos, ou seja, aquela coisa de... e tenho diversas amigas minhas
00:26:36
Speaker
me dão na cabeça a causa disto que é não fales negativamente de ti porque isso vai acabar por interiorizar e portanto é uma coisa que nós temos que ter uma noção e não podemos deixar que a sociedade nos limite e isto acho que é de todas elas o que ela fala a mais difícil
00:26:53
Speaker
Mas ela acredita piamente, e é aquilo que ela faz também na talk dela, que é ao largarmos a modéstia que conseguimos resolver estes problemas todos. E portanto deixo depois o link na descrição porque acho que é uma talk interessante, é uma TED Talk interessante para ouvirem e quem sabe um dia destes voltamos aqui a este tema especificamente.
00:27:15
Speaker
Então, para além das expectativas de género, temos também os ambientes competitivos, neste caso são as profissões como executivos e etc. onde existe alta competição pelos cargos ou por determinadas posições ou por liderança. Existe um tratamento diferente no caso das mulheres e aqui neste caso no trabalho sofremos discriminação e sexismo.
00:27:34
Speaker
e que por muito que sejamos bem sucedidas, somos frequentemente questionadas ou subestimadas. Sempre que as mulheres trabalham em áreas que são dominadas por homens, têm de trabalhar mais para provar o seu valor, fazendo com que sintam que não pertencem por falta de representação feminina, porque normalmente não existe em determinados cargos em determinadas áreas, especialmente em certas indústrias, e depois
00:27:55
Speaker
Temos ainda a sociedade, que reforça várias mensagens que exigem que a mulher prove o seu valor constantemente, as barreiras estruturais, como a diferença salarial entre homens e mulheres, as desigualdades de representação em posições de liderança e as microagressões diárias que acontecem na vida das mulheres. E por fim, as experiências de infância, que são padrões exigentes por parte dos pais, onde o amor e a aprovação são associados ao desempenho. Ou sabermos que as raparigas na sua educação muitas vezes recebem elogios por serem boas ou obedientes.
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Speaker
mas não são incentivadas a verem o seu valor de uma forma independente. E isto são tudo as questões que levam a que o síndrome de impostor se desenvolva e que têm um impacto debilitante nas pessoas, afetando a sua confiança, a sua autoestima, tanto no trabalho como na vida pessoal, o bem-estar mental e as oportunidades de crescimento.
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Speaker
pode causar ansiedade, esgotamento, depressão e até paralisar a pessoa na hora de aceitar novas responsabilidades e desafios. Por isso, um bocadinho na ótica daquilo que tu dizias, eu acredito que a síndrome de impostor desenvolve a ansiedade. Claro que ela existe por outras razões que tais, porque ela está associada a muitas coisas, mas não acredito tanto que seja a perturbação de ansiedade ou a ansiedade que leva à síndrome de impostor. Acho que é mais o inverso.
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Speaker
Isso acerva a ansiedade. Exato. Então, não sei se queres acrescentar alguma coisa, André, aqui neste tema? Não, lembrar naquilo que estávas a dizer, eu acho que é, acerca da TED Talk, eu acho que é mesmo, é super importante...
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Speaker
pensarmos nisso, pensarmos na forma como, eu acho que a Maya Angelou estava aqui tentando encontrar, tem uma frase que diz precisamente isso, tipo, tu não te vais lembrar se calhar do que a pessoa te deu, ou do que carga que a pessoa tinha, e aquela frase muito conhecida da Ariana Huff, conhecida para mim e para os meus amigos, porque eu estou sempre a dizer isso, mas tipo, o elogio fúnebre não é
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Speaker
sobre o CV, no elegeo fundo não vão dizer, ah foi uma excelente gestora de projeto, conquistou não sei o quanto, teve um MBA, não, ninguém vai dizer isso, as pessoas vão falar, e aqui juntar as duas coisas, as pessoas vão falar de como
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Speaker
tu as fizeste sentir de como tu lhes prestaste atenção quando elas falaram, quando elas precisaram de ti e acho que isso é mesmo importante nós pensarmos um bocadinho nisso e talvez nós nos focarmos nessas coisas acabamos por nos focar menos
00:30:26
Speaker
no que é que estão a pensar de nós e se pensam que nós somos fraudes ou se pensam que nós somos muito inteligentes ou pouco inteligentes. Acho que acabas por te concentrar, tiras o foco de ti e pões um foco no outro pela positiva e acabas por não estar tão preocupado com isso. Estás mais sempre preocupado com como é que pode servir melhor a pessoa, como é que pode servir melhor o momento, a equipa. Isso acaba por fazer a diferença.
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Speaker
Essa é a razão porque grande parte dos exercícios que são feitos, por exemplo, do Find Your Way, para eu encontrar o teu porquê, e neste caso o teu propósito, do Simon Sinek, grande parte das vezes tu chegas a um propósito que não é para ti, como é óbvio. Normalmente é sempre servir o outro. E aliás, é por isso que o Sinek tem na área da liderança o livro que é o Leaders Eat Last,
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Speaker
que é, basicamente, o líder tem que servir os outros e isto é uma coisa que na nossa sociedade nem sequer está intrínseco na área da gestão. Portanto, quando isso acontece é uma das razões porque o trabalho nos causa tanto stress e tanta dificuldade.
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Speaker
porque tem a ver um bocadinho com isso, que é que as prioridades não estão viradas para a pessoa e nós, mesmo enquanto sociedade, enquanto pessoas, também não estamos tão virados para os outros quanto isso. Eu, para mim, que sou marketeer e que não quero que seja isso que venha na minha lápide, agora,
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Speaker
mas no Martin existe muito aquela coisa de vamos segmentar o negócio para o consumidor ou um negócio para outro negócio ou o que seja e chamam-lhe o B2B e o B2C e a melhor coisa que me apareceu pela frente também foi uma imagem que dizia não é B2B nem B2C é H2H e é basicamente humano para humano, ou seja, human to human.
00:32:14
Speaker
E é isso que temos que ser na vida e acho que é isso que um dia destes eu gostaria que estivesse na minha lápida é que houve um bom serviço ao outro durante a minha existência.
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Speaker
Gostei. Bem, agora vamos passar então ao síndrome de impostor, aos tipos de impostores que

Tipos de Impostores de Valerie Young

00:32:35
Speaker
existem. E aqui entra a autora Valerie Young. Ela é especialista em síndrome de impostor e identificou diversos tipos de impostores baseados nos padrões comportamentais e de pensamento que as pessoas manifestam ao enfrentar este fenómeno. Então, temos cinco tipos.
00:32:51
Speaker
Perfeccionista, genionato, expert, soloista ou individualista, talvez, e supermenéreo ou superhomem. Neste caso, no caso do perfeccionista, define padrões extremamente elevados para si mesmo e sente uma fraude sempre que não atinge 100% a perfeição, tem dificuldade em aceitar erros, mesmo que pequenos, e acredita que qualquer falha compromete a sua competência. O genionato acredita que para ser competente
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Speaker
As coisas devem ser fáceis e naturais. Se enfrentar dificuldades ou precisar de esforço para aprender algo, sente-se incompetente. Este tipo de impostor espera que o sucesso venha de forma imediata e qualquer contratempo é visto como evidência de incapacidade. Nós podemos ser mais do que um tipo, certo? Espera, espera. É seguir. Eu vou falar nisso a seguir. Expert. Acredita que precisa saber tudo sobre um tópico antes de ser considerado uma autoridade.
00:33:50
Speaker
Sente-se constantemente inadequado porque acha que nunca aprendeu o suficiente e tem medo de ser descoberto como menos qualificado do que os outros pensam. O individualista ou soloista acredita que pedir ajuda é um sinal de fraqueza e que deve realizar tudo por conta própria para se provar, recusa apoio e quando precisa de ajuda sente-se como um impostor, pois acha que deveria conseguir resolver tudo sozinho.
00:34:15
Speaker
Super mulher ou super homem tenta compensar o sentir-se inadequado ou sem sentimento pretensa para trabalhar mais do que o necessário, ou seja, sente que precisa fazer tudo e estar em todos os lugares para ser válido e aceito. Este tipo é altamente suscetível ao escutamento por tentar provar constantemente que é capaz.
00:34:35
Speaker
E pronto, é aqui que eu entro com os meus comentários diretos que são. E fica pior, minha gente. É que é possível ter mais do que um tipo simultaneamente. Os diferentes tipos descritos por Valerie Young não são mutuamente exclusivos, o que significa que uma pessoa pode manifestar várias características ao mesmo tempo. Por exemplo, alguém pode ser um perfeccionista que busca resultados impecáveis e ao mesmo tempo ter traços de um individualista preferindo fazer tudo sozinho e sentindo que pedir ajuda é um sinal de fraqueza.
00:35:03
Speaker
Além disso, os tipos podem variar em diferentes contextos da nossa vida. Por exemplo, no trabalho, alguém pode se comportar como uma supermaneira, tentando realizar todas as tarefas e atender às expectativas mais altas enquanto tem situações de aprendizagem ou novas atividades, mas pode ver mais como um gênio nato, esperando que tudo seja dominado rapidamente. Ou seja,
00:35:26
Speaker
Estes padrões podem ser combinados, fantástico. Não sei quem é que se lembrou desta história, porque um não chegava, como é óbvio pelos vídeos. Ou seja, estes padrões combinados podem amplificar o síndrome de impostor, levando a um ciclo contínuo de autossabotagem, sobrecarga e desvalorização das nossas conquistas. E depois fazemos o quê? Dizemos que é o nosso signo. Vamos culpar o horóscopo. Não, minha gente, é síndrome de impostor. É aquilo que nós vamos chamar a partir de hoje como o bingo do impostor.
00:35:59
Speaker
Eu tenho de certeza que preencho uma linha. Não sei se preencho o cartão, mas uma linha preencho de certeza absoluta. Isto é impressionante porque tu ouves. E é engraçado também porque eu consigo ver as minhas coisas, mas também consigo ver as dos meus amigos. Por exemplo, eu estou a ouvir um profeccionista e penso, olha a Luís. O Luís que faz as coisas impecávelmente. Olá Luís Lima, esta é para ti.
00:36:24
Speaker
Esta, esta, faz tudo impecávelmente, é a pessoa que se calhar faz coisas mais impecávelmente a partir, Andréia. Mais impecávelmente. Nunca está bem. Paulo Luís nunca está bem. Eu sei que vou pegar e vai estar impecável, mas para ele, eu nunca ouvi dizer ao país que estava mesmo espetacular.
00:36:42
Speaker
Eu consigo perceber. É engraçado que eu consigo ver nas características várias pessoas e não a mim própria, mas várias pessoas a fazer, pronto, que também fazem big, neste big de uma pessoa. É verdade, eu faria também e quando li o expert, sabes que o primeiro sentimento foi, olha, aquele que surgiu quando eu pensei, não vou fazer um podcast.
00:37:06
Speaker
A Andreia tem que ler todo o conhecimento que no mundo feito sobre aquele assunto. A Andreia quer aprender a fazer uma fogueira com dois pauzinhos. Ela vai ler tudo que sobre os melhores materiais para fazer a fogueira, o melhor ambiente, a melhor terra, a melhor poeira, tudo que vocês possam imaginar. A Andreia vai pesquisar e vai saber.
00:37:34
Speaker
Exato. E às vezes fica no... não anda para a frente porque, como ainda não sabe tudo, a eleição vai quando sabe tudo. E por isso... Estamos melhores nesse tempo. Estamos melhores. Melhores de podcast é a prova disso. Exato. Porque nós claramente não estávamos perfeitas para começar. Mas olha pá, vai só. Vai só. Sim. Agora deixou de doer. Agora está ótimo.
00:38:03
Speaker
Então, tenho ainda aqui para finalizar, uma estratégia para lidar com os múltiplos tipos,

Estratégias de Enfrentamento e Recursos

00:38:10
Speaker
ou seja, para lidarmos com o bingo, na generalidade. Como é que nós podemos não nos viciar neste bingo da síndrome de investor? Então, identificação consciente, ou seja, tentar observar em que situações ou contextos cada tipo aparece, reconhecer os padrões e ajuda a dar o primeiro passo para enfrentá-los.
00:38:28
Speaker
Trabalho em equilíbrio, ou seja, tentar equilibrar expectativas pessoais e aceitarem prevenção é fundamental para superar os diferentes tipos de impostores. Ter apoio de colegas, amigos ou do terapeuta é muito útil. E, por fim, combate, ou seja, ou combater, neste caso, os pensamentos limitantes, ou seja,
00:38:47
Speaker
Desafiar os pensamentos negativos associados a cada tipo é uma estratégia eficaz. Por exemplo, um perfeccionista pode aprender a valorizar o progresso, ou seja, não a perfeição, mas o ir fazendo e executando. Aquilo que tu tavas a falar de ser perfeccionista e vou investigar e vou fazer as coisas todas, tenho que ser tudo perfeito, mas não avanço, fico com as coisas por fazer, então não vale a pena. Tenho que começar a valorizar o facto de ir fazendo as coisas independentemente se está perfeito ou não.
00:39:15
Speaker
Enquanto individualista, por exemplo, pode entender que não é difícil entender que numa equipa ou num grupo de pessoas é que está à força, não é uma fraqueza pedir ajuda. Portanto, aqui várias formas depois de dar a volta a estes pensamentos que limitam a cada um dos tipos.
00:39:35
Speaker
Eu tenho um profeccionista em casa e eu costumo dizer-lhe que perfeito é melhor que perfeito. Perfeito agora é melhor do que perfeito, aquele perfeito que é tão perfeito que nunca acontece, porque ele fica na nossa cabeça. Então, perfeito é melhor que perfeito. É mesmo preciso, bora, às vezes espalham, vocês não vão ter todas as condições, vão perfeitar pelo caminho, faz parte de todas as invenções.
00:40:01
Speaker
foram assim, tipo, o telefone não começou com o smartphone, o telefone começou com a tecnologia que havia na altura, com as condições, com as coisas que as pessoas sabiam, e nós vamos construindo sobre isso, faz parte. É assim que o conhecimento humano se desenvolve e cresce. E por isso, eu também fui muito profecionista agora, eu acho, tipo, e hoje estou com a Maya Angelou, mas a Maya Angelou também tem uma frase em que ela diz isso. Tu faz o melhor que podes com o que sabes, quando souberes melhor, fazes melhor.
00:40:31
Speaker
E pronto, perfeitamente feito. Siga. Mas sabes que quando falámos do bingo eu também identifiquei aqui algumas pessoas e tenho claramente uma amiga minha que é individualista, super mulher e perfeccionista, o que é um combo assim bastante fantástico. Sim, olá Ana e Catarina, mas a verdade é que... Hoje estamos para fazer xeminha a toda a gente.
00:40:57
Speaker
Mas pronto, também tenho amigos que são gênios natos e experts. É, mas é porque gostamos de vocês e porque não vos vemos na lente desse síndrome de impostor. Nós vemos como vocês são. está, nós não vos vemos com os vossos viés e com os vossos ângulos mortos. Nós vemos como vocês são. Nós sabemos que o que vocês fazem está bem feito, vocês sabem o suficiente e queremos que vocês também nos vejam pelos nossos olhos.
00:41:25
Speaker
Sejam os nossos polícias e nós seríamos as vossas. Sendo que vamos deixar o disclaimer e eu deixo o disclaimer porque meus amigos eu gosto de vocês tal como vocês são mas acredito que vocês podem ser ainda melhores. Portanto estou aqui para aquilo que precisarem nesse sentido.
00:41:46
Speaker
Bom, vamos se calhar ficamos por aqui, ou ainda tens algo para... Nesta parte sim, eu vou deixar depois as referências na descrição, sinto que tenho não o estudo das duas psicólogas que fizeram o termo, que ganharam o termo neste caso,
00:42:05
Speaker
E tenho ainda um podcast, que é o de Impostor Syndrome Files, da Kim Manager, onde se discute com diferentes profissionais sobre as suas experiências com o síndrome de impostor. E pode ser um ponto interessante para identificar e para entender melhor. E para além do podcast, temos ainda o livro da Valerie Young, que definiu os tipos de impostor, que é o Feel Like an Impostor, e é um guia que oferece estratégias práticas para superar a síndrome de impostor.
00:42:36
Speaker
Portanto, nós dissemos que isto era um tema que acompanho para mangas, fomos fiadignas naquilo que dissemos. Por hoje ficamos por aqui e logo, logo teremos a continuação deste tema. Não percam o próximo episódio, porque nós também não. Sabem, eu sou do Dragon Ball e eu fico imensamente feliz.
00:42:52
Speaker
Fiquei imensamente feliz de ter conseguido colocar esta aqui agora. Portanto, sou uma criança feliz neste momento. Termino esta parte a partilhar convosco que quanto mais eu entendo sobre síndrome de impostor, mais existe para explorar, mas sinto que vou no bom caminho. Este foi o Ela por Ela, onde a conversa é sempre entre amigas. Sisters united, we stand side by side In this sorority where bonds apply
00:43:26
Speaker
Through the night