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Sentem-se impostores? Nós também! Parte 2

S1 E6 · Ela por Ela
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50 Plays11 months ago

Na parte 2 deste episódio sobre a Síndrome ou Fenómeno de Impostor, vamos contar-vos as nossas experiências pessoais e dar algumas dicas de como podemos combater esta “maldição”, ajudando também os outros a não serem consumidos por ela.

👇Índice

00:00:00 - Introdução

00:00:36 - Agradecimentos

00:00:50 – Qual é o Bingo do Impostor da Andreia C. Saraiva?

00:01:13 – Experiência pessoal da Andreia C. Saraiva: causas por detrás da Síndrome

00:05:14 – Experiência pessoal da Andreia Balacó

00:14:50 – Momentos mais recentes em que a Andreia C. Saraiva se sentiu impostora

00:21:17 – A Psicanálise e o Síndrome de Impostor: estratégias

00:22:19 – Exercício em como vencer a Síndrome do Impostor: o podcast

00:27:18 – A importância de assumir as vitórias e de elogiar

💡Inspirações e recomendações referidas por ordem de menção:

Ted Talk “What is Imposter Syndrome and How Can You Combat it?” por Elizabeth Cox: https://www.youtube.com/watch?v=ZQUxL4Jm1Lo

Música “People Pleaser”, Cat Burns: https://www.youtube.com/watch?v=vPWwfDHwACA

Ted Talk “Listening to Shame”, Brené Brown: https://www.youtube.com/watch?v=psN1DORYYV0

Netflix Special “The Call to Courage”, Brené Brown: https://www.youtube.com/watch?v=gr-WvA7uFDQ

Livro “Originals: How Non-Conformists Move the World”, Adam Grant https://www.goodreads.com/book/show/25614523-originals

TED Talk “Are you a Giver or a Taker?”, Adam Grant: https://www.youtube.com/watch?v=YyXRYgjQXX0

Série, “The Bear”: https://www.youtube.com/watch?v=gBmkI4jlaIo

Série “Ted Lasso”: https://www.youtube.com/watch?v=YVj5kTLcGsc

🧐Onde nos podes encontrar:

https://www.instagram.com/elaporelapod/

👋Tens ideias para temas? Gostavas de vir falar connosco?

Envia-nos uma DM no Instagram @elaporelapod

Transcript

Introdução e objetivos do podcast

00:00:00
Speaker
Olá, eu sou a André Candide Saraiva e tem dias que aceito que os outros acreditam em mim. E eu sou a André Balacó e sou gênia, super heroína e profeccionista. E se acham que me estou a gabar é porque não ouviram a primeira parte. Bem-vindos ao Ela por Ela, onde a conversa é sempre entre amigas.

Sugestões dos ouvintes e síndrome do impostor

00:00:22
Speaker
Bom, então voltámos para a parte 2 deste tema, um temelhão como diz a André normalmente, e começo por um agradecimento que é, primeiro que tudo, obrigada por continuarem desse lado a acompanhar estas nossas conversas e a darem sugestões ótimas, como por exemplo dividir os episódios maiores em dois. Obrigada Jacinto.
00:00:47
Speaker
Obrigada.

Experiências pessoais com síndrome do impostor

00:00:50
Speaker
Então, para o tema de hoje continuamos com síndrome de impostor. Lembram-se que falámos sobre os tipos de impostores na parte final do episódio anterior, aquilo que a André acabou por se descrever como seu próprio bingo. Eu também identifiquei o meu, mas vou deixar para vocês comentarem sobre este episódio e dizerem qual é o meu bingo pessoal.
00:01:14
Speaker
Em termos de síndrome de impostor, vou falar agora da minha experiência pessoal e aqui começamos com as quatro causas do meu síndrome de impostor e que estão identificadas e que estou a tentar trabalhar.
00:01:29
Speaker
e que vou explicar um bocadinho melhor depois com a parte da psicanálise, que é aquilo que eu faço mais ou menos em terapia com a minha terapeuta, como é que estão a ser resolvidas. Mas, primeiro que tudo, críticas na infância. Basicamente, na minha infância haviam críticas severas ou que... ou era constantemente comparada a pessoas de família, o que fazia-me internalizar a ideia de que as minhas conquistas nunca eram suficientemente boas.
00:01:56
Speaker
Portanto, vou-vos dar um exemplo de como é que isto acontece. Uma criança que é sempre elogiada apenas quando recebe notas altas e criticada quando não o faz, pode acreditar que o seu valor depende do seu desempenho. E isto faz com que o síndrome de impostor nos faça tentar agradar as outras pessoas e andar constantemente à procura de um melhor desempenho para ser reconhecido. Em termos de perfeccionismo.
00:02:18
Speaker
Sim, tenho, confesso, é uma característica que me acompanha algum tempo, agora menos, mas é caracterizado por um padrão irrealista de expectativas, ou seja, os perfeccionistas frequentemente sentem que as suas conquistas nunca são suficientes. Eu posso entregar um projeto incrível no trabalho, mas vou me concentrar apenas nos pequenos detalhes que podiam ser melhores e sinto sempre que nunca estavam suficientes e acredito que o meu talento é

Perfeccionismo e autoestima

00:02:47
Speaker
apenas sorte.
00:02:47
Speaker
momentos e momentos da minha vida, tive fases em que a minha autoestima teve um pouco melhor e eu não acredito tanto nisto. outras alturas em que eu sinto que isto se agrava claramente na minha vida, principalmente quando eu estou cansada, que na realidade acontece muitas vezes, mais do que eu esperava.
00:03:06
Speaker
mas no que tenho que trabalhar ultimamente, sinto que consigo, por exemplo, evitar algumas destas coisas, mas ainda não é totalmente. Ainda um perfeccionismozinho de fundo que me leva a voltar de vez em quando. Mas como na terapia, três passos para a frente, cinco passos para trás e vamos

Normas culturais e grupos marginalizados

00:03:27
Speaker
evoluindo. Terceiro, cultura e expectativas sociais. Normas culturais e sociais podem afetar a nossa auto percepção, especialmente quando para grupos
00:03:37
Speaker
históricamente marginalizados, como é o caso das mulheres, que podem sentir pressão para se conformar a certos papéis e expectativas. Ou seja, uma mulher pode sentir que o seu sucesso é atribuído a fatores externos, como ter sorte, enquanto um homem será reconhecido pelas suas habilidades e competências. E isto acontece muito, principalmente no tipo de indústria que costumo trabalhar.
00:03:55
Speaker
e que maioritariamente normalmente em termos de liderança são sempre homens a estarem presentes nesses cargos e isso faz com que nós tenhamos aqui certas coisas irrealizadas que são a expectativa social e que eu tenho x idade e neste momento devia estar na minha carreira no nível x e ainda estou aqui tipo neste nivelzinho e devia estar mais à frente, basicamente. É o resumo da coisa.
00:04:20
Speaker
E por fim, a falta de validação, que é o reconhecimento é crucial para a construção da autoestima, a falta de feedback positivo pode fazer com que as pessoas sintam que as suas realizações não são dignas de reconhecimento e um claro exemplo é quando não temos validação começamos a duvidar das nossas capacidades e a acreditar que o nosso trabalho não tem valor, bem como acreditamos que não podemos celebrar aquilo que conquistamos e aqui, este aqui não é no trabalho para mim,
00:04:44
Speaker
Acontece muito também na minha vida pessoal e, portanto, tem a ver com uma busca incessante de validação dos outros e que vem também de algumas críticas e coisas da infância. Ou seja, no meu caso, os outros três são muito influenciados pelo primeiro, que são as críticas na infância. É a raiz da causa do meu síndrome de impostor e conseguindo resolver o primeiro, eventualmente conseguimos resolver o seguinte. Exato. Está tudo interligado.

Influência dos pais e comparação social

00:05:13
Speaker
Sim. Eu não sei se tenho, eu não tenho, não sei não, eu não tenho mesmo uma coisa tão bem estruturada, mas estava aqui um bocadinho a refletir sobre o que é que está na base do meu síndrome de impostor. Eu acho, também pelo trabalho que tenho feito na terapia, que duas coisas que também teve com a minha infância,
00:05:31
Speaker
que estão na base desta não me sentir o suficiente ou querer ser sempre a melhor aluna, que faz melhor as coisas. E eu acho que tem a ver diretamente com o facto dos meus pais terem sido pais novos.
00:05:46
Speaker
os meus pais foram pais muito novos e eu acho que se... havia pouca crença, um bocadinho como as pessoas têm, né, de que a coisa fosse correr bem, de que... eu acho que toda a gente... eu ouvia muito essa conversa quando eu era mais pequenina. Ouvia muito essa conversa de... as pessoas esperavam que os meus pais fossem uns grandes doidos e vanas, que eram mais novos e que eram mais meus... mais amigos do que meus pais. E eu acho que... interiorizei muito
00:06:14
Speaker
que eu tinha que ser uma excelente aluna, tipo, excelente em todos os domínios para provar que os meus pais eram uns grandes pais. Não porque os meus pais me exigissem isso, mas eu interiorizei esse peço para mim, tipo, eu pus essa mochila às costas de, não, os meus pais são mesmo, tipo, são mesmo fichos, são mesmo bons pais, mesmo preocupados, dedicados, e eu vou provar a toda a gente
00:06:39
Speaker
Eu sou a filha perfeita. Eu faço tudo bem. Eu sou a melhor aluna. Eu sou a mais arrumada.
00:06:51
Speaker
Eu própria fui pondo essa mochila às costas de o que é que os outros iam pensar e como é que, não sei quê. Fator número 1. Fator número 2. Foi sem dúvida as conversas de família que sem querer, eu acho que as pessoas fazem isso, mas muita comparação entre as crianças, muito o que é que as pessoas vão dizer, o que é que as pessoas vão pensar. E tudo isso fez-me interiorizar uma série de crianças que me fez
00:07:20
Speaker
desde o início, sentir que eu era esforçada, mas eu não era mais inteligente, eu era muito boa a fazer o que era inteligente. Eu tenho alguns exemplos hilarientes, porque para mim é hilariente agora pensar nisso.
00:07:36
Speaker
Eu gosto muito de desenhar. E eu hoje em dia sei que pessoas que nascem com um jeito inato. Deu-me vontade de recontá-las a ler as categorias porque a genia realmente... Eu sou super isso. Eu acho que se a pessoa não nascer com aquilo inatamente é uma fraude. Eu não acho isso os outros. Eu acho isso a minha intenção. E então eu sei que o desenho é...
00:07:59
Speaker
quem tenha um jeito innato, mas o desenho é muito trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, treino, prática, aprender técnicas. Eu desenhava e acho que até desenho bem, pronto relativamente bem, mas eu achava que era uma fraude porque eu não conseguia imaginar as coisas de cabeça.
00:08:17
Speaker
Eu procurava referências. Imagina, eu sou muito a desenhar mãos. Então, se eu quiser desenhar uma mão numa determinada posição, eu pesquiso uma fotografia até eu encontrar a posição daquela

Dúvidas sobre conquistas e referências

00:08:29
Speaker
mão. E eu achava toda a gente... As pessoas estão a dizer que o meu desenho está fixe, mas as pessoas não sabem que eu vi. Eu copiei aquele... percebes? Porque eu tinha uma referência visual, porque eu não conseguia imaginar.
00:08:42
Speaker
E vai a este nível tão estúpido que tu achas que tem validade quem não precisa de apoio, quem não pesquisa, é muito estúpido. Eu nesse ponto tenho também uma comparação que é tipo normalmente o Messi e o Cristiano Ronaldo.
00:09:03
Speaker
Olha, eu ia falar disso também. O Messi é super talento desde que está no ADN dele, vive no corpo dele e tá. Ele faz aquilo inato, mas o Cristiano é por trabalho e sempre foi e ele conseguiu. Claro que ele tem um talento inato base, como é óbvio, mas desenvolveu muito mais as suas skills e o seu corpo, etc. para ser ainda melhor e conseguiu atingir as suas
00:09:30
Speaker
as suas conquistas e as suas coisas de excelência e ainda hoje ele ainda tem um repito de fazer mil golos na sua carreira por causa disso e graças a Deus que ele não tem síndrome de impostor porque senão não tinha feito nada disto. Sim, mas eu acho que exemplos como o do Ronaldo são muito importantes para as pessoas que sofrem de síndrome de impostor porque reforçam a ideia de que sim, tu podes ter talento, mas quase tudo na vida é trabalho e consistência.
00:09:56
Speaker
Ser consistente, fazeres aquilo todos os dias, quando não te apetece, quando não tens motivação. Queria dizer que vários exemplos do síndrome de imestor na minha vida. Eu quando descobri, foi quando disse no primeiro episódio, eu sentia um alívio tremendo porque eu achava mesmo que era eu que me sentia assim. Eu sinto sempre que é sorte. Apoio-me muitas vezes a dizer isso. Ah pá, que sorte que eu tive.
00:10:22
Speaker
E ultimamente tenho sempre uma voz que me diz assim, qual foi a sorte? Trabalhaste para isso? E eu penso, e eu digo, ah sim sim, mas por dentro eu digo, sim, mas tive uma grande sorte. Portanto continuo e recusei, recusei ou cheguei a nem sequer candidatar a coisas que tinham completamente a minha cara,
00:10:45
Speaker
Porque, pá, está. Porque eu achava que, epá, enganei esta pessoa. Esta pessoa está mesmo enganada acerca de mim. Eu não sou de todo. perguntei anos vezes às pessoas. Epá, mas tens a certeza que é comigo que querias falar? É a mim que me queres convidar para isso? Tipo, mas tu viste o que é que eu escrevo ou o que é que eu faço? Tipo, eu gosto sempre de confirmar. Eu tenho um exemplo de claridezes, porque quando convidei a Andréia para este projeto, a primeira coisa que ela me disse foi, porquê é que pensaste em mim?
00:11:13
Speaker
E uma pessoa teve que fazer toda uma justificação do porquê que a André fazia feed com este podcast. Mas está isto. Isto não é para a pessoa me dizer, ah pá, porque tu és incrível. Não, é para a pessoa pensar bem, dizer as minhas coisas. Tipo, se é isto...
00:11:30
Speaker
ser esta mess que é a pessoa que é até no seu projeto. Eu gosto de reforçar isso. Tipo, olha, sou eu, tipo, eu tenho um episódio engraçado com o Tumblr de Portugal que eu conto muitas vezes, que eu tinha um Tumblr na altura e a equipa do Tumblr de Portugal, que era até a Raffaella Mattelems que
00:11:49
Speaker
que estava nesse projeto na altura, ela mandou-me um e-mail a perguntar-lhe. Sabe, somos do Tabler Portugal, queríamos fazer também entrevista ao caso do teu Tabler. Eu lembro-me perfeitamente onde estava. Eu respondi imediatamente a dizer, mas olha, vocês têm a certeza que é comigo que querem falar? É que o meu Tabler é este? E mandei tipo...
00:12:05
Speaker
O link! E eu juro-vos, pá, pelo meu filho, porque isto não é falsa modéstia, é mesmo uma incredulidade de, pá, mas a sério, é tipo, o que é que eu vou acrescentar? Eu acho que quem sofre de cêndaro no impostor sente muito isso, tipo, o que é que eu vou acrescentar ao projeto? O que valor é que eu vou trazer?

Enfrentando desafios e autovalorização

00:12:25
Speaker
E depois, às vezes, temos que nos lembrar de, ok, eu sei fazer isto, eu, se calhar, não sou incrível a fazer determinada coisa, mas sou uma pessoa esforçada, vou pesquisar, vou trazer... E acabamos por nos obrigar a fazer as coisas assim, mas nunca sentimos que somos, ah, o rei do pedaço. Eu acho que uma pessoa que tem centro de temperatura nunca se sente, uhu! Eu, de repente, se eu fosse chamada para receber um prémio de alguma coisa,
00:12:53
Speaker
É difícil porque eu não estou a fazer nada que esteja candidata a prémio, mas imagina que me iam atrevir a um prémio qualquer. Eu ia subir sempre a pensar, meu Deus, tantas pessoas que eu enganei, olha para estas pessoas todas aqui nas da sala.
00:13:07
Speaker
Estas pessoas realmente acreditam que eu mereço um prémio. Alguém vai descobrir isto a qualquer momento. É sempre isso que eu penso. Eu estou a ouvir as pessoas se elogiarem. Tipo dizer, olha, o trabalho foi feito. Eu não sei o que eu tenho. Estou tipo, meu Deus. Enganei bem esta pessoa.
00:13:23
Speaker
Olha, não é mesmo bem esta pessoa. E eu sinto isso, pá, mesmo... E sei que isso me imperiu de fazer um monte de coisas, profissionalmente e mesmo a dito profissional. Acho que depois, a idade, a terapia, os amigos, fazem com que tu começes está, tipo, a pensar mais um... Olha, se lixes, vamos.
00:13:46
Speaker
Eu agora tenho, além do vai só, eu obrigo-me a pensar uma coisa. Eu antes pensava, oh pai, isso corre mal. E agora eu obrigo-me a pensar. Oh pai, isso corre bem. Oh pai, isso corre bem. Isso foi muita ficha, aquele bombar imenso e de repente estamos a fazer uma cena que curtimos ué. Pronto. É pá, isso corre bem.
00:14:07
Speaker
é que pode correr mal, mas também pode correr bem. E então essa é a minha forma de desconstruir e tentar obrigar-me a fazer as coisas. Por exemplo, agora estou a ter esta cabeça toda e estou a pensar, às pessoas que ouvirem este podcast vão pensar, ah esta pessoa afinal não é nada daquilo que eu...
00:14:23
Speaker
Assim, esta pessoa não é nada interessante, eu também estava pensando nisso, mas era para mim. Ah, esta pessoa não é nada confiante! Não é nada confiante, não é nada, opa malta, eu acho que os fulhos podemos ajudar-lhe se partilharmos as verdades. Exato. Se partilharmos aquilo que somos, com a verdade, a verdade de libertar-vos-á.
00:14:42
Speaker
que aceitar as nossas vulnerabilidades para podermos ajudar os outros. Mas sabes uma coisa que eu estava aqui a pensar enquanto estavas a falar que é tanta coisa tipo que se tem passado ultimamente. Eu, por exemplo, quando foi o pedido ao meu marido de casamento, quando ficou tudo marcado e estávamos para ir para lá, para a conservatória no dia de manhã,
00:15:07
Speaker
o meu primeiro pensamento foi, eu não sei como é que ele aguenta isso, está tipo quase danado, na altura dos dedos. E como é que ele aceitou? Como é que eu lhe dei a volta ele aceitar ainda por cima de assinar um papel e dizer tipo aquelas coisas todas. Mas para além disso é porque ele é um bocadinho que morro e o Bruno também de vez em quando eu digo-lhe coisas e ele, sim então, mas eu não tinha dito
00:15:35
Speaker
Tu eras capaz ou que tu não sei o que, mas nunca acreditas naquilo que eu te digo. E a verdade é que isso acontece muito. Tenho também com amigas. Às vezes eu tenho aquela coisa de, apesar de eu pesquisar muito e saber muita informação, eu digo sempre que nunca sei o suficiente.
00:15:51
Speaker
E isto também vem, não é modéstia, não é tipo do género, ah não, efetivamente. Eu às vezes digo que eu sou a pessoa mais burra dentro da sala, mas é aquela coisa do balizar que é do género. Eu falo com as outras pessoas nunca naquele ponto do meu hinchado, não é tipo é do género. Isso é uma boa postura, porque isso parte um bocadinho da questão do eu sei que nada sei. E é uma boa postura porque tu estás sempre aberta a aprender mais, nunca achas que sabes tudo de um assunto.
00:16:20
Speaker
E isso permite continuar a aprender. Não é bom, é quando isso te impede de fazer alguma coisa. Sim, mas em parte vai àquele discurso negativo, sabes, que tu começas a interiorizar que é eu sou a pessoa mais burra dentro da sala, percebes? Ou seja, tem que ser tipo essa capacidade, tem que ser essa capacidade de estar ao mesmo nível que os outros. Acaba de ser negativo e não construtivo. Exatamente.
00:16:45
Speaker
Porque depois tu interiorizas, acabas por interiorizar e acabas mesmo por te sentir a pessoa mais burra dentro da sala em determinadas situações e em determinadas coisas. E para além disso, coisas como por exemplo, eu lembro-me que quando entrei agora na empresa o meu chefe ele interiorizou uma das minhas falas, uma frase que eu disse que era o meu mod na entrevista.
00:17:06
Speaker
e depois houve uma conversa que tivemos os dois e ele disse-me que eu tinha sido das poucas pessoas que nunca o defraudou nas expectativas, por causa dessa frase. E essa frase foi, se for difícil eu faço, se for impossível-me 5 minutos. E a pessoa pode pensar assim, esta pessoa tem um ego do carasas meu, tipo, que ela tem um ego do gênero, vai agarrar nesta sem cana da vasófia.
00:17:26
Speaker
Mas não! Mas está, eu acho que isso também vem, agora fazendo aqui uma análise, eu acho que isso também vem na nossa mentalidade portuguesinha de nós não aceitamos, estás a perceber, que alguém tenha coragem de dizer, tipo, eu sei sobre isto. E na verdade o que tu estás a dizer não é que sabes tudo, o que tu estás a dizer é que tens disponibilidade para ir pesquisar. Tu não sabes, mas vais aprender. Está a aprender.
00:17:51
Speaker
Percebes? E nós lemos essa frase com basófia porque fomos socializados desta forma de, ai o pobrezinho, o humilde, ai o português é tão humilde, opa, uma pessoa pode falar-lhe tudo, pode dizer, mas pobrezinho e humilde. Foi aquilo que nós crescemos, que aprendemos, que interiorizámos e às vezes isso faz com que está.
00:18:16
Speaker
Nós com as nossas orelhas de chacalho, que é um conceito que um dia eu vou explicar aqui, mas nós com as nossas orelhas de chacalho à espera do pior, vamos ouvir essa frase? Ei, está cagando a vasófia, olha esta tipa mesmo. Não, na verdade o que tu estás a ter é isso, tipo, o que eu não sei, eu estou disponível para ir procurar. Eu não vou baixar os braços, eu não vou dizer que não sei, tipo, eu vou recassar as mangas e eu vou procurar. E eu acho que isso é excelente.
00:18:43
Speaker
para quando tu contratas alguém. Isso é a postura mais importante, acho eu. Mas sabes que foi isso que eu acho que o meu chefe tipo analisou e que depois quando falou comigo me disse, ah, não me defraudaste, mas sabes que quando ele acaba de dizer aquilo, eu saí tipo da sala e fiquei a pensar para mim, olha, eu o enganei mesmo.
00:19:01
Speaker
Como é que é possível esta pessoa acreditar que eu tenho essa capacidade? Eu diria que essa frase é de 300% de tu, é mesmo assim, tipo eu nunca te vi... e eu digo qualquer coisa e tu dizes-me 5 minutos e vais procurar.
00:19:20
Speaker
e encontras um tutorial, não sei do quê, e aquilo não dá, vamos experimentar outro. Tanto que às vezes eu sei que não posso dizer certas coisas para o ar. A Andreia é um bocado como universo. certas coisas que não se pode pôr no universo. Porque eu, às vezes, eu verbalizo muito. Mas é verdade. Agora acompanhe o meu raciocínio. Eu verbalizo muitas coisas. E às vezes eu estou a dizer assim, essa porcaria não dá, não consigo fazer isto. Mas tenho que dizer logo assim.
00:19:49
Speaker
Mas não vais procurar nada. Não é para eles perder tempo com isso. Estou frustrada a dizer-te que estou chateada, mas não vais procurar. Porque eu sei que se eu não fizer esta alerta, André Lula do Lá, que nós estamos sempre a falar nada sobre, André do Lula do está como resolver, não sei o quê, então tenho tanta que dizer, abortar, missão, não é para procurar. Portanto eu acho que essa frase é 300% a tua cara, tu tens mesmo essa postura, tanto a nível
00:20:16
Speaker
com os amigos, como no trabalho. E tu estás-te a rir porque sabes que é verdade. Salvadora da pátria. Mas, sim, tenho muitos amigos que fazem esse aviso à

Raízes da síndrome do impostor

00:20:37
Speaker
navegação. E, portanto, obrigado a todos vocês por serem meus polícias neste meu síndrome de impostora.
00:20:43
Speaker
Mas, acima de tudo, num outro ponto que tem a ver com, que foi identificado agora pouco tempo, que tem a ver com a questão das críticas e de lidar com pessoas narcisistas quando era mais nova, levaram a um sentimento de omnipotência e é questão de me terem subcarregado, é muita em miúda, com aquela
00:21:04
Speaker
com aquela internalização de que eu era a única pessoa que, mesmo sendo criança, tinha que ser adulta para resolver as coisas todas. E isso também está na raiz um bocadinho aqui do síndrome de impostor. Vou passar aqui rapidamente pela parte da psicanálise, para explicar um bocadinho ao fazer a terapia e como é que conseguimos chegar aqui a várias pontes, porque como falámos no episódio da terapia, que se não ouviram oi são porque é bastante interessante,
00:21:32
Speaker
A psicanálise tem uma forma muito específica de explorar as profundezas da mente inconsciente, onde conflitos emocionais do passado podem influenciar os comportamentos e sentimentos atuais, como a

Abordagens terapêuticas e psicanálise

00:21:42
Speaker
Síndrome de Impestor. No caso da Síndrome de Impestor, especificamente, uma exploração de conflitos inconscientes, a interpretação do perfeccionismo como mecanismo de defesa,
00:21:51
Speaker
e também trabalhar a projeção e a reconstruir a autoestima. E aqui neste ponto, aquilo que eu vos posso dizer é, no caso da exploração de conflitos inconscientes, tem um bocadinho a ver com coisas que vêm em tipo da minha memória, tentar fazer com que eu reinterprete as coisas que me estão a fazer, limites
00:22:08
Speaker
ao meu pensamento e à minha forma de atuar e isto faz com que o que eu pretendo é encontrar o fio do novelo, encontrar padrões de resposta e a partir daqui, por exemplo, vou-vos fazer sempre uma conexão ao podcast atual, por exemplo, a este projeto que é
00:22:24
Speaker
partir as coisas em partes mais pequenas, como por exemplo, a minha síndrome de impostor faria com que este podcast não acontecesse, por dúvida da validade das minhas opiniões, do conhecimento que tenho, etc. No entanto, partindo das coisas e dizendo, ok, vamos começar, vamos fazer, mesmo que não seja perfeito, vamos lançar, vamos ver o feedback das pessoas e sem qualquer tipo de expectativa se isto vai ser um grande podcast ou não vai. A única coisa que nós queremos é mudar a vida de uma pessoa e se isso acontecer somos felizes. Fazer isto
00:22:53
Speaker
um bocadinho mais mínimo e não tão megalómano faz com que nós consigamos nos manter aqui e conseguir fazer o projeto sem entrarmos aqui em triggers, em gatilhos que nos vão levar a não conseguir fazer o projeto e ficar paralisadas. É mais insecuível.
00:23:10
Speaker
Em termos de interpretação, neste caso, do perfeccionismo como mecanismo de defesa, tem a ver com o que é que nós temos que fazer? Temos que aceitar o processo, temos que aceitar que existem erros durante o processo, que temos que ser mais gentis conosco próprios e isso também vem na terapia, que tem a ver com a autocompaixão. Nós falámos também no outro episódio, o serem as vossas melhores amigas é muito importante.
00:23:37
Speaker
Exato. Ou seja, sermos bons conosco próprios, tal como somos com os outros, falar conosco, como falamos com os nossos amigos, que era aquilo que eu dizia, que se eu não faço isto com um amigo, porque é que faço comigo própria?

Aceitação de imperfeições e progresso

00:23:47
Speaker
E portanto, entendemos que falhar é bom, porque nós aprendemos sempre com isso. No mínimo dos mínimos, aprendemos o que não fazer. Sabe a Cláudia Carvalho, que sempre me disse isto desde que o conheço.
00:23:58
Speaker
bem como também é apenas fazer, não pensar demasiado, vai só, como diz a Andrea e o The Bear, let it rip. E este podcast sairia se tivesse sido gravado num estúdio com um som impecável, com uma estratégia de redes sociais super meticulosa. Graças a Deus não aconteceu porque eu e a Andrea demos a volta aqui à coisa e vai só, let it rip.
00:24:29
Speaker
É verdade. tanta coisa que eu não teria feito que cheguei à conclusão exatamente a fazer a análise própria este episódio que, efetivamente, podcast está a ser bom para outras pessoas, mas para nós também, na generalidade. Em termos de projeção. Projeção tem a ver com projetarmos os nossos sentimentos e padrões de relacionamento do passado noutras pessoas, ou seja, projetamos no outro uma figura autoritária, uma crítica e esses sentimentos
00:24:54
Speaker
podem ser trabalhados agora e no presente, neste caso atualmente, ajudando-nos a modificar a relação que temos com as outras pessoas e a gerir as nossas próprias inseguranças. Como é que podemos fazer isso? Reconhecer que estamos a projetar. Muito disto é fazer aquele passo atrás que é, em vez de reagirmos a quente, saltar fora da situação e ver as coisas por outra perspetiva e tentarmos perceber o que é que podemos fazer.
00:25:22
Speaker
e entender que existem certas coisas que nos ajudam a enfrentar isto, como por exemplo ter conversas com uma amiga por WhatsApp todos os dias, como acontecia com a Andréia e acontece, ou então enfrentarmos as nossas inseguranças a lançar um podcast e, como podem ver, o podcast continua a fazer todo o sentido para resolver esta questão. Se quiserem também podem lançar um ou podem-nos juntar a nós e se quiserem é um bocadinho como preferirem. Venham falar conosco.

Autoestima realista e práticas de gratidão

00:25:49
Speaker
Por fim, em termos de reconstrução da autoestima, tem a ver com termos uma imagem mais realista sobre nós e muito mais equilibrada e não moldarmos a visão que temos de nós próprios. Como é que conseguimos fazer isso? Tentar um maior autoconhecimento sobre nós, mas acima de tudo
00:26:06
Speaker
internalizar de forma saudável todos os nossos sucessos e capacidades. E aqui é acreditar nos outros, procurar mentores, criar um diário da gratidão onde as pequenas coisas, as nossas pequenas conquistas têm que ser avalorizadas e conseguir celebrar, neste caso, o impacto do podcast nas outras pessoas, entender o que é que me fez enfrentar para chegar aqui, fazer fotos, que até de tirar fotografias acho que fico sempre para mal.
00:26:29
Speaker
opinião válida hoje em dia é a sessão de fotografias que eu mais gosto e que tenho n fotografias que adoro no conjunto das que tirámos. Obrigada Francisco pela sessão foi fantástica acho que captou toda a nossa relação e a nossa individualidade, portanto obrigada e continuar a adorar fazer o projeto
00:26:49
Speaker
por fazer o projeto e pelo conceito, porque nós começámos as duas um caminho não na terapia, mas também em termos de amizade que se foi desenvolvendo com estas conversas diárias que agora viraram um podcast.
00:27:08
Speaker
Enumerou bem uma série de estratégias que nós podemos utilizar para combater o síndrome do impostor. Acho que é isso, é acreditar, aceitar que, assim como aceitamos os nossos fracassos e os nossos erros, aceitarmos também aquilo que fazemos bem, aquilo que corre bem, é super importante.

Importância de elogios genuínos

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Speaker
E acho que é importante passarem essa vibe boa, positiva para as pessoas que vocês veem que também entram nesses processos de síndrome de impostor. Para as pessoas que vocês sabem que também sofrem disso, que se calhar nunca falaram, mas que conseguem perceber, por aquilo que elas dizem, que elas estão nesses perdidos, nessa espiral do síndrome de impostor. E às vezes ajudarmos a dizer, olha, mas não é assim, ajudarmos a ver as pessoas
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Speaker
como nós as vemos. Porque eu acho que a analogia para mim é nós vemos um bocadinho como quando vamos àquelas casas de espelhos em que o corpo está distorcido. Nós vemos um bocadinho assim. As pessoas veem-nos
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como um espelho que efetivamente reflete a imagem. É aquilo que está lá, não é aquilo que nós pensamos sobre o que está lá. As pessoas veem-nos assim e muitas vezes veem-nos outras, são capazes até de reconhecer outras coisas que nós não conseguimos ver. E às vezes ajuda, eu acredito muito nisto, no poder do elogio, no poder de dizer às pessoas que estão a fazer um bom trabalho.
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Pode ser o vosso colega, mas também pode ser a pessoa que está a atender num sítio qualquer. Ou por exemplo, no outro dia, fui a um restaurante a Peniche que teve não sei quantos donos diferentes. E aquele restaurante, eu sou uma pessoa que gosto muito de design de interiores e que eu sou muito sensível ao ambiente das coisas, às luzes. Sinto-me confortável ou desconfortável. E eu tinha muitas vezes esta conversa com eles, mas quase com o Rui. Tipo, este sítio é mesmo difícil.
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de transformar num sítio acolhedor, porque era grande, era ruidoso, tinha muito eco, era frio, e agora mudou de gerencia e fomos lá, e o sítio está completamente transformado, incrível, está super cozy, a pessoa vai lá, sente-se bem, fica mesmo surpreendida, e quando o dono do restaurante veio à mesa perguntarmos se estava tudo bem,
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Speaker
fiz questão de lhe dizer, pá, parabéns, porque isto está mesmo mudado, está mesmo diferente. É pá, e eu vi, ele acabou por me dizer que muitas das coisas do restaurante foi ele próprio que fez, tanto à mão, foi ele próprio que decidiu e que implementou, e eu vi mesmo, pá, que o meu elogiu, que era sincero, fez a diferença, eu tenho a certeza que naquele dia, naquele fim de semana, pá, aquela pessoa se sentiu-se mais confiante, se sentiu-se melhor,
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Speaker
Eu acho que é uma coisa que não custa nada. Tipo, não se inibam de dizer as coisas, mesmo que sejam pessoas menos expressivas, mais tímidas. Se vocês gostam de uma coisa, se uma coisa que está deliciosa, se uma pessoa que tem uma coisa muito gira, se uma colega que mudou o corte de cabelo e está mesmo gira, ah pá, digam. Porque isso faz, às vezes, o dia das pessoas e isso, às vezes, é um grãozinho de areia na autoestima da pessoa.
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Speaker
A pessoa passa a pensar, olha gostei, por exemplo, imagina, alguém leva uma camisa diferente, que até é uma coisa que a pessoa quer passar a usar mas não está muito segura. Chega ao escritório e alguém diz, oh pá, estás tão gira. Ela diz, olha, veja, validaram, validaram. Não é que as pessoas precisem, devem depender da validação dos outros. É pá, mas nós somos seres gregarios, nós estamos aqui uns para os outros, nós somos seres sociais e é sempre bom quando os outros validam
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Speaker
as nossas intuições, por assim dizer. Então eu acho que o elogio é uma coisa super fácil, não custa. Se é uma coisa que também vos deu uma sensação boa e vos fez sentir bem, é para a retribula e façam isso
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Speaker
passam isso pelo outro. Sim, e às vezes não é elogiar de forma específica, porque fizeste o tipo de uma forma muito específica, é que é diferente tu dizeres, ah tu és incrível, outra coisa é dizeres, fizeste um ótimo trabalho a liderar aquela reunião, a tua organização foi impecável, é muito mais eficaz do que dizeres tipo, ah tu és incrível, ok, tudo bem, aquilo entra tipo a 100 e sai a 200, pelo menos é assim que me acontece.
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Speaker
Porque a questão é essa. Pois para além disso, podemos oferecer apoio e validar os sentimentos, ou seja, entendo que te sintas assim, mas ver que esta conquista que tu tens não foi apenas sorte, tu tens conquistas e coisas na tua vida, não é? O criar um espaço seguro, ou seja, incentivar um ambiente onde a vulnerabilidade é aceita, normalizar e facilitar as discussões sobre as inseguranças. Sim, era isso que eu ia dizer.
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Speaker
Desculpem-me, mas é muito importante não desvalorizarem quando uma pessoa expressa que sente isto ou aquilo, e para vocês pode não fazer sentido nenhum, mas eu acho que é super importante ouvir, dizer ok, eu percebo que se sintas assim, mas eu vejo isto desta forma. Mas não desvalorizar também é importante, porque senão o que a pessoa sente é que vocês me passaram por cima e não ouviram aquilo que ela estava a dizer.
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Speaker
Depois também compartilhar a tua própria experiência, ou seja, para sentir aquilo que nós dizíamos no início que é não nos sentimos as únicas pessoas a ter, e que acima de tudo não é uma falha pessoal, existe mais pessoas que têm e que é comum normalizar e tentar resolver.
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Speaker
E depois, no final, uma ajuda na reformulação dos pensamentos, que para mim é muito ser o polícia um do outro, como nós falávamos também um bocadinho atrás, que é, pá, quais são as provas que tu tens de que não és qualificada para isto? E mostra factos reais à pessoa para ajudar a identificar e a desafiar os pensamentos negativos, porque é o primeiro gatilho para que aconteça.
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Speaker
Para este episódio e para também não nos alongarmos mais, nós temos mais alguns conteúdos e algumas referências. Não vamos estar a detalhá-los todos, vamos fazer assim. Depois publicamos nas redes sociais para vocês também acompanharem e verem mais sobre o tema. Qualquer coisa e alguma dúvida que tenham, digam-nos por favor. Nós tentaremos responder num outro episódio ou através das redes. Espero que tenham gostado do tema e que tenha ficado bem em duas partes.
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Speaker
Desculpem se nos analogamos muito sobre isto, mas como somos versadas no tema é muito difícil não o fazer. Termino ainda com ainda sofro de síndrome ao fenómeno de impostora. No entanto, tenho muitas pessoas que acreditam em mim. Obrigada por isso. Sou muito grata por todos vocês na minha vida. Especialmente tu, Andrea. Obrigada. Partilhem conosco o que sentem, se se identificam e se sentem que têm mais referências sobre o tema, partilhem conosco e nós vamos partilhando também nas redes para criarmos esta comunidade de partilha de conhecimento.
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Speaker
Obrigada. Este foi o Ela por Ela, onde a conversa é sempre entre amigas.