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Especial: O Cinema em 2024 (Parte 1)

S2 E7 · OdisseiaCast
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32 Plays5 months ago

A primeira parte do aguardado episódio anual do OdisseiaCast chegou. Matheus, Guilherme e Marcio se juntam e premiam filmes que fizeram parte do ano do trio. Tudo isso, claro, com o jeitinho descontraído do Odisseia.

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Transcript

Introdução do episódio especial

00:00:09
Speaker
Bom, é assim que começa mais um Odisseia Cast, e dessa vez, né, um episódio especial. Teve ano passado, vai ter esse ano novamente, que é... Opa, mais um especial do Edgar Wright? Foi isso que eu entendi? Não, ainda não. Quem sabe quando ele lançar mais uns cinco filmes, a gente faz um especial Edgar Wright.

Foco nos filmes de 2024

00:00:32
Speaker
Opa. Mas hoje é o especial Melhores Filmes de 2024. Ano passado,
00:00:38
Speaker
A gente fez uma coisa assim, que tinha filmes de 2023, que era filmes do nosso 2023.
00:00:49
Speaker
que a gente tinha visto em 2023. Agora vai ser uma coisa mais restrita, uma coisa mais prêmio, uma coisa meio troféu imprensa, uma coisa meio SVT. Sem a pretensão de ser importante. Para... Vou aguardar a entrada do Nelson Rubens, então, a qualquer momento, para dar sua opinião, o Sonia Abrão. Isso aí. Fátima Bernardes, Eliana, vai entrar todo mundo. Duvidoso aí.
00:01:19
Speaker
Mas esse ano vai ser filmes lançados em 2004. E, claro, aqueles filmes que, às vezes, você vai entrar no Let It Box, está em 2023. Mas foi exibido num especial, mas no cinema foi lançado em 2004. Esses também valem.

Entusiasmo de Guilherme Cândido

00:01:35
Speaker
E eu estou aqui, como sempre, com os senhores Guilherme Cândido e o senhor Mácio Weber. Guilherme, conte-me, como foi o seu ano de 2004 para o cinema e etc. Saudações, cavalheiros, que alegria me reunir com vocês de novo. É sempre muito especial. É claro que todo episódio do UnicerCast é especial, e agora, na verdade, é especial mesmo, porque acontece de forma anual, infelizmente.
00:02:02
Speaker
Mas é sempre uma alegria muito grande dividir a bancada virtual com os senhores. E o ano de 2024 foi muito bom. Foi um ano de grandes filmes, foi um ano de grandes realizações. Foi um ano que o Festival do Rio, como sempre, a melhor época do ano para os cinestres dos cariocas. Então, expectativa sempre de ter uma ótima conversa, uma conversa prazerosa com os senhores.

Categorias originais do Odisseia Cast

00:02:27
Speaker
Claro, abordando os grandes destaques do mundo cinematográfico em 2024. Opa. E o que... Opa, foi isso. Também não entendi. Márcio Weber, como foi seu ano de 2004? O que você tem pra dizer do ano cinematográfico de 2024? Primeiramente, depois dessa elegância e dessa placidez do milênio, que é até difícil... Ah, meu Deus.
00:02:53
Speaker
mas foi um ano bom, mas foi um ano que eu assisti menos filmes do que eu gostaria, do que eu acompanhei no ano, então isso vai refletir um pouco na minha lista, tem alguns filmes que infelizmente eu não consegui assistir por várias circunstâncias, mas também foi um ano que eu consegui fazer um apanhado de
00:03:18
Speaker
de várias obras que foram muito boas, assim, que geraram várias reflexões e provocações, então acho que confiante que vai render bastante esse especial. E muito obrigado a vocês, ouvintes, é isso. Por permanecerem com a gente, né, porque olha, difícil, agora o Adseca quer ver um podcast anual. Tornou mais especial ainda o episódio, né, nem especial, especialíssimo.
00:03:44
Speaker
Mais especial do que o especial do Oricercast são os nossos especialíssimos ouvintes,

Melhor blockbuster - Steven Spielberg

00:03:49
Speaker
né? Então tem certeza que eles estão com a gente. Exatamente. Bom, esse ano a gente fez umas categorias, né?
00:03:59
Speaker
Algumas não tão usuais, aliás, não usuais, né? Categorias originais Odyssey Acast, pra dizer assim, e as outras mais usuais que vocês costumam ver nas premiações. E claro, sempre do jeito Odyssey Acast de ser, sem pretensão, sem uma conversa aqui, sem pompa, sem Oscar, sem Globo de Ouro.
00:04:22
Speaker
não vai ter Amor e Júlio esse ano. Tem musiquinha tocando no meio do vencedor. Exatamente, exatamente. Bom, e assim, o primeiro troféu do ano, nada mais, nada menos, que é uma homenagem ao senhor Steven Spielberg, que falamos dele aqui no Units and Cast, né, no episódio do...
00:04:42
Speaker
Fablements. Fablements, exatamente. Episódio especialíssimo. Bom, então esse é o troféu Steven Spielberg de melhor blockbuster do ano. E assim, temos um grande fã, acho que todo mundo aqui é fã, gosta muito do Steven Spielberg, mas acho que tem uma pessoa que merece começar falando
00:05:05
Speaker
O grande vencedor desse troféu para ele é o senhor Guilherme Cândido. Então, Guilherme, quem é o vencedor do troféu Steven Spielberg de Melhor Ablaque Baixa do Ano para você? Olha, eu confesso que eu fico até emocionado de falar de um prêmio dedicado, que tem o nome de um dos maiores ícones da indústria.
00:05:27
Speaker
Cinematográfica, que está com o nome marcado na história do cinema mundial, não estadunidense. Sou um realmente de Steven Spielberg. Não sou um chiita, mas me considero um de Steven Spielberg. Ele marcou minha infância, minha formação como cinéfilo, enfim. Mas sem mais delongas, o troféu Steven Spielberg de melhor blockbuster, na minha opinião, vai para o filme francês O Conde de Monte Cristo, que é uma superprodução
00:05:55
Speaker
dirigida por Alexandre de Patellier e Matias de Laporte, os mesmos diretores da trilogia dos três mosqueteiros, eles recentemente fizeram uns filmes dedicados a personagens importantes, um deles inclusive, protagonizado pela Eva Green, e agora eles resolveram fazer uma releitura do clássico de Alexandre Dumas, ou Alexandre Dumas, perdoe meu francês, né, porque eu não sou um grande entendedor da língua,
00:06:21
Speaker
E pra mim, esse filme foi o... Que isso, cara? Você me deixa até construgido, né, cara? Que isso.

Discussão sobre 'DUNA, parte 2'

00:06:28
Speaker
O que vamos dizer nesse par? Eu não sei. É a única coisa que eu aprendi. Bom, e é um filme que, pra mim, deixa no chinelo a versão talvez mais célebre, da adaptação mais célebre do clássico do Alexandre Dumas, que é o filme de 2003, dirigido pelo Kevin Reynolds e protagonizado pelo Jim Cavill, o que foi fartamente
00:06:50
Speaker
reprisado na televisão, principalmente na TNT. E esse filme do Conde de Monte Cristo, essa nova versão, uma versão caseira, digamos assim, ele conta a história de um jeito diferente, um jeito mais no chão, inclusive um enfoque mais sombrio para a história do protagonista do Conde de Monte Cristo, que afinal de contas ele põe uma vingança e isso não deveria ser encarado exatamente como uma aventura, como uma coisa celebrada, claro que o filme tem esses momentos aventurescos, é um filme de ação muito bem dirigido, envolvente,
00:07:19
Speaker
São três horas de projeção muito bem aproveitadas, mas é um filme que não nega a natureza sombria, triste, porque o protagonista nessa sua jornada
00:07:32
Speaker
de vingança, ele acaba tomando algumas atitudes que ele normalmente, que ele no início do filme, ele não tomaria, né? Então acaba se tornando um sujeito amargo, triste, né? E o filme, ele abraça isso e conta uma história que realmente, na minha opinião, é espetacular e digna dessa primeira edição do troféu Steven Stuber de Melhor Blockbuster. Olha, eu confesso que eu não esperava. Você esperava, Márcio?
00:07:58
Speaker
Me surpreendeu. Eu sabia que tinha gostado muito do filme Fish Cow de Letterboxx, mas realmente foi uma escolha bem interessante. Eu não assisti o filme, mas é um filme que tem sido bem recebido, muito bem recebido por sinal.
00:08:13
Speaker
e muito elogiado por esses méritos que o William me apontou muito bem e realmente eu vou conferir tão logo, né, que me teve uma circulação infelizmente não muito profícula, mas, enfim. Profícula? Profícula. Mas pode ser.
00:08:32
Speaker
Mas pode ser visto aí, em breve. A gente pode falar de streaming, de aluguel, etc. está disponível, inclusive. está disponível. Bom, agora vamos para o seu Márcio. Senhor Márcio, troféu Steven Spielberg, de melhor blockbuster do ano. Vai para qual filme? Bom, eu não vou me alongar muito, mas é um filme que foi muito injustiçado pelo público, na verdade, não pela crítica.
00:09:01
Speaker
É o Furiosa, de George Miller, que realmente é um filme que não perde o fôlego em momento algum, é um filme que traz novas invenções, consegue trazer um prólogo muito ousado, de 40 minutos.
00:09:25
Speaker
que mostra essa ambição e mostra caminhos que a gente sequer imaginava, então é um filme que não soa de forma alguma, uma mera sequência, então é um filme que incorpora novas ideias e, imageticamente, também é muito forte, muito potente,
00:09:52
Speaker
E tem muitas virtudes técnicas e é o filme que...
00:10:00
Speaker
te deixa extasiado. E realmente é o meu voto. Cara, eu tô... Você falando tudo isso. Primeiro que uma ótima defesa ao filme, por quê? Eu pensando até em trocar. Não vou fazer isso, mas pensando porque você me lembrou desse prólogo, cara. E realmente é absurdo, né? Você parar pra pensar que tem no casting uma grande atriz, que é Ana Taylor-Joy, e ela demora uma hora pra aparecer. Inclusive eu acho que é até maior do que 40 minutos.
00:10:31
Speaker
Eu acho que chega a ser 50. E assim, não é tipo 50 minutos... Ai, porra, cadê a Ana Telodjo? Quase fiz uma homenagem a um usuário do Let It Box, que a gente acompanha. Ai, porra, tinha que tirar esses 50 minutos aí. Não, é uns 50 minutos super importantes sem a Ana Telodjo, que é a grande estrela do filme, e por mim até continuaria, faria um prologo de 2 horas.
00:10:58
Speaker
Mas enfim... Porque a atriz que faz a Jovem Furiosa também é muito boa atriz, né? Muito boa atriz, inclusive. Muito boa atriz. Verdade. E a curiosidade é que Furiosa foi exibida na mesma edição do Festival de Canes que o Ponte de Monte Cristo, né? Foram duas exibições que tiveram muito sucesso por lá, mas não fizeram tanto sucesso assim junto ao público, né, pelo menos. Não atingiu a expectativa da concessão, na verdade, do público francês, né?
00:11:20
Speaker
e abraçou essa nova versão do Contínuo de Cristo. Mas o Furiosa de uma forma geral não pegou tanto assim o público quanto o Estrada da Pura, né? O filme anterior do Mad Max. Eu acho que é porque é mais arriscado, né, também. Verdade.
00:11:35
Speaker
Com certeza. Aliás, é um costume, né? O público francês abraçar os seus filmes, né? Filmes franceses. Eu acho isso bem bonito. Seria um sonho para nós, brasileiros, ver o nosso cinema ser tão amado pelo nosso público quanto os filmes estrangeiros, as filmes de Johnny Wood, infelizmente.
00:11:55
Speaker
O nosso público não tanto valor assim pra nossa cinematografia quanto deveria, né? quando vem de fora, né? o pessoal vai falando de fora, tem esses lampejos, como aconteceu agora, com a Endo Estou Aqui, que infelizmente outros times mereciam mais. Calma, calma. Que isso. Olha a polêmica, começou a ter polêmica aqui.
00:12:16
Speaker
Eu não vou introduzir a próxima categoria, porque falta eu. Porque senão... Bom, agora eu vou falar o meu vencedor, né, do Troféu Chibis. Steven se perguntou de melhor Black Box do ano. Inclusive, ano que vem as categorias têm que ter um nome mais simples, né? É quase um trava-língua aqui. Eu vou falar esse.
00:12:35
Speaker
Esse nome inteiro. Bom, vou

Melhor filme brasileiro

00:12:37
Speaker
dizer um filme diferente dos meus dois amigos. Graças a Deus, é bom que fica plural o episódio. Inclusive, eu estava na dúvida se esse filme é um blockbuster. Se não for, vocês nem ouvirão, porque tenho certeza que meus amigos falaram, não, esse filme não é blockbuster, está errado.
00:12:52
Speaker
É muito misterioso, vai cortar, né? Exatamente. Mas eu vou dizer que é DUNA, parte 2. O bloco é bom, isso com um B maiúsculo. Ah, então é isso. É DUNA, parte 2. É um filme que... E o Guilherme pode me corrigir se eu tiver errado, mas é um filme que fez sucesso, né? Fez bastante sucesso. Inclusive, eu acho ele muito melhor do que o primeiro.
00:13:15
Speaker
Não sei se é muito, talvez eu fui, eu exagerei, mas é melhor. É porque é um filme tão bom, cara, que depois a Interbo ele fica sedutora, né? É muito bom, é muito bom. Inclusive eu acho que talvez ele apareça em outras categorias, as minhas, talvez como menção rosa, não sei.
00:13:35
Speaker
Duna Parte 2, que faturou mais de 700 milhões de dólares em bilheteria, lembrando que o primeiro Duna, esse dirigido pelo Denis Villeneuve, chegou numa época um pouco mais difícil, aquela questão da pandemia, acabou sendo lançado no streaming também, esse novo Duna, ele estreou com força total nos cinemas, o público foi ver, abraçou, foi sucesso de público, foi sucesso de crítica e também é um dos favoritos
00:14:01
Speaker
a várias categorias técnicas do Oscar, né? De repente, ele pode acabar beliscando algumas das categorias principais, como aconteceu com o filme anterior, mas eu concordo claramente com você, Matheus. O do ano, certamente, é um dos grandes filmes do ano, e eu concordo também com o que você disse em relação a ser melhor do que o primeiro. O primeiro foi um bom filme, mas esse segundo foi simplesmente espetacular. O primeiro é uma boa introdução, né? Mas as pessoas...
00:14:29
Speaker
É um filme mais difícil, né? Das pessoas falarem, nossa, é o melhor da trilogia. É difícil, né? Porque é um filme introdutório, né? Eu acredito que seja por isso também. Posso estar errado. Tem aquela coisa da Zendaya... Ele fez muitas promessas que, na verdade,
00:14:45
Speaker
acabaram sendo cumpridas por esse segundo filme, né? Daí a gente tem até essa impressão de que o segundo foi bem melhor do que o primeiro, porque ele certifica de cumprir tudo que foi prometido do primeiro, todas as lacunas que o primeiro filme deixou, ele acaba preenchendo e não deixa muitas pontas soltas, né? Então é um filme até bem satisfatório nesse sentido, né? A-As vezes isso, o 2 até... mostra a importância do primeiro, né? Talvez sem aquela boa introdução, não sei, o que seria do 2?
00:15:15
Speaker
pra pensar aí. É uma coisa pra gente pensar. Bom, vamos pra próxima categoria, que talvez seja, ou é, a categoria mais importante da noite, que é o melhor filme brasileiro. E eu quero ver, porque o Márcio começou com polêmicas aí. Sei, vamos ver. E eu vou começar com ele, inclusive. Márcio Weber, qual o melhor filme brasileiro de 2024 para você? É que você vai dizer.
00:15:43
Speaker
Bom, primeiro, eu não vivo em Marte, então eu não posso ocultar o filme mais importante do cenário brasileiro em termos de visibilidade, em termos de comentário e importância mesmo.
00:16:05
Speaker
tanto em termos de indústria como em termos de discurso e em termos de méritos dramatúrgicos e cinematográficos também. Eu ainda estou aqui, que é minha menção honrosa, também eu gostei muito de Os Enforcados, que não estreou no circuito.
00:16:24
Speaker
Mas o meu melhor filme brasileiro também é um filme muito... Acho que intenso, é a palavra. É um filme de virtudes também, é um filme cênico, propriamente dito, que é um filme que...
00:16:45
Speaker
Se tem uma atriz fenomenal que está merecendo todos os méritos que ela está tendo, que é a Fernanda Torres, mas também tem uma outra atriz, a Yara de Novas, neste filme, que está estupenda e te traz uma carga dramática. É um filme em que você sente todos esses desdobramentos, todos esses conflitos familiares, decepções, porque, enfim,
00:17:14
Speaker
É um filme que se passa nessas frustrações artísticas de uma atriz frustrada que mora com a mãe e recebe a visita da filha atriz também. Então tem todos esses conflitos implantados e é o filme que consegue fazer com que essa psicologia nunca soe barata. Olha o suspense.
00:17:37
Speaker
que um pouco fora, isso é o Malu, desculpa, eu me empolguei muito, é o filme Malu, desculpa, eu me empolguei aqui, mas o filme é o Malu e é isso, fui pro Lixo aí, é o filme Malu.
00:17:48
Speaker
Não, jamais. Você inverteu a ordem. Mas tudo certo. Malu, então, para o Sr. Márcio Weber, vamos para o melhor filme brasileiro de 2024 para o Sr. Guilherme Cândido. Olha, eu, na verdade, tenho pouco a acrescentar porque o Márcio foi brilhante em sua explanação. Os três filmes que ele destacou realmente são excepcionais.
00:18:09
Speaker
não o Malu, como ainda estou aqui, mas também Os Enforcados, que é a primeira menção horrorosa que eu vou fazer e que eu tive o prazer inenarrável de assistir ao lado do meu grande amigo, Márcio Verme, na sessão do Festival do Rio. A sessão contou com a presença do diretor e roteirista Fernando Coimbra. Leandro Leal também esteve presente. Foi uma sessão realmente muito especial e de um grande filme.
00:18:33
Speaker
de um grande filme realmente, um thriller brasileiro, focado até na Barra da Tijuca, um bairro tradicional do Rio de Janeiro. Então, os enforcados seria minha menção honrosa. Também poderia incluir o Um Malu, que é protagonizado por uma atriz gigante, que é essa Iara de Novas. Está absolutamente estupenda no papel, mas, para mim, o prêmio de melhor filme brasileiro é previsível e ficaria com... ficará com, ainda estou aqui,
00:19:01
Speaker
que é essa realização monumental
00:19:05
Speaker
do Valter Salles, diretor do filme, diretor que inclusive faz um filme depois de muitos anos, depois de muito tempo, ele volta a dirigir um logometragem, reedita sua parceria com o Fernando Montenegro, com quem fez Central do Brasil 25 anos atrás, que ganhou o Globo de Ouro de melhor filme em língua não inglesa, acabou emplacando indicações ao Oscar, é indicação ao Oscar a própria Fernando Montenegro, protagonista,
00:19:31
Speaker
E é um filme que além de ser profundamente impactante, emotivo, sensível, também é muito bem feito, muito bem escrito, muito bem dirigido. E para resumir o que é o Ainda Estou Aqui, basta se concentrar na primeira cena do filme, que mostra a Fernanda Torres boiando naquele mar
00:19:55
Speaker
sultuoso do Rio de Janeiro, e um helicóptero acaba invadindo o ambiente, perturbando o momento de lazer da Fernanda Torres, e a gente aquele ponto preto se misturando ao mosaico de cores da praia, de uma das praias do Rio de Janeiro, e isso é uma certeza perfeita do que a gente veria a seguir no filme, que é um retrato marcante
00:20:19
Speaker
sobre um período difícil da nossa memória, da história do Brasil, que é a ditadura militar. Então, para mim, o melhor filme brasileiro de 2024 foi Ainda Estou Aqui, de Walter Salles.
00:20:31
Speaker
Rapaz, é... Uma fala melhor do que a outra. Primeiro o Márcio, agora o Guilherme, e agora vem a minha. E agora ela vira melhor de todas, né? Bom, de novo, vou falar um outro filme. Esse episódio bem plural, gostando. A gente não concordando um com o outro e tal, apesar de ter... Aliás, tem concordanças, mas os nossos vencedores são diferentes, estão sendo diferentes até agora. E o meu melhor filme brasileiro de 2024,
00:20:58
Speaker
Vai ser tudo o que você podia ser. É um filme, inclusive, que eu escrevi no meu substeque.
00:21:08
Speaker
Daqui surto, eu pensei que você tivesse escrito o filme e tava botando um papozinho. Seria esquisito, né? Não, não escrevi tudo o que você podia ser. Escrevi a crítica de tudo o que você podia ser.

Filmes surpreendentes à primeira vista

00:21:20
Speaker
Acho que é a minha segunda crítica no Substack. É um filme que faz referência a uma música que foi muito famosa na voz do Milton Nascimento.
00:21:28
Speaker
É um filme que foi muito especial pra mim. É um filme que mostra um Brasil plural. usando pluralidade, plural. Muito nesse episódio, né? É a palavra-chave desse episódio. Mas mostra um Brasil plural e até dentro de recortes. Até dentro do recorte que o filme faz, é plural.
00:21:50
Speaker
porque também tem no Substack, um filme que infelizmente eu vi e tive que escrever, que trata também de um recorte LGBT, mas de forma nada plural, né? Pegando estereótipos que muito conhecidos, que todos estamos cansados de ver.
00:22:10
Speaker
E esse filme, não. Esse filme faz um recorte da comunidade LGBT, mas até nesse recorte a gente a pluralidade, porque somos plurais, afinal de contas. Então, o meu melhor filme brasileiro de 2024 é tudo o que você podia ser. Recomendo. É um filme bem pequeno, uma hora e 23. Pequeno na duração, o Guilherme sempre faz essa... Ele está pronto para vir com a assinatura. Uma hora e 23, então...
00:22:37
Speaker
É tranquilo. É um belíssimo filme. Imediatamente colocado na minha lista. É um belíssimo filme também, eu gosto bastante. Eu não fiz essa menção até porque eu acabei vendo esse filme em 2023, mas felizmente ele teve uma distribuição discreta no meio do ano.
00:22:59
Speaker
Mas um grande destaque é essa sinergia dessas pessoas que estão vivendo as intimidades, vivendo
00:23:16
Speaker
os anseios, as angústias e tratando de uma utopia de não ser rótulos, mas ser pessoas mesmo. Então é o filme que traz essa beleza do singelo, do que nós somos e de tratar mais
00:23:38
Speaker
nós como indivíduos e não como esse ódio de querer impor a sua verdade para o outro. Eu acho que é o filme que traz
00:23:54
Speaker
verdades dessas pessoas, traz essa intimidade, e é muito bonito mesmo. Bom, vamos pra uma categoria, eu diria, vai ser o início das categorias originais. Quer dizer, aliás, teve o troféu de TV Spielberg, né? Mas vamos pra categoria, não julgue pelo pôster. E eu vou começar, porque eu acho que eu vou surpreender. Talvez não vou surpreender o Guilherme,
00:24:23
Speaker
Aliás, até... Talvez, vamos ver. Vamos ver. Mas o ganhador do... Aliás, o que é o não julgue pelo pôster, né? Aquele filme que você acha que não vai ser bom, sabe? Que tem tudo pra ser ruim, seja no elenco, seja na equipe técnica, seja no pôster. Enfim, tudo dizendo ali pra você, cara, esse filme não vai ser bom. Ou pelo menos você não vai gostar. Então essa é a categoria não julgue pelo pôster e o ganhador.
00:24:53
Speaker
e pra mim é o Transforms oíce que o William deve estar fazendo a careta agora deve estar mais bacado mas assim, assim como ele ficou surpreendido de eu ter gostado desse filme eu fiquei surpreso também de eu ter gostado desse filme
00:25:11
Speaker
É um filme que talvez não veria, se não tivesse algumas listas para talvez entrar como um indicado e uma premiação, talvez não tivesse visto.
00:25:25
Speaker
Mas ainda bem que eu vi que eu gostei bastante. É um filme que, como o próprio nome disse, é o início da história do Transformers, do Optimus Prime. O Guilherme é dos Transformers. Eu não sei se do filme, ou dos desenhos, ou dos maps. Eu sou dos Transformers, dos personagens que assistiam aos desenhos animados. E eu confesso que eu tenho uma simpatia.
00:25:53
Speaker
pelo primeiro filme Transformers, dirigido pelo Michael Bay, também que me apresentou uma banda que eu gosto muito, que é Linkin Park, que ainda toca nos Crátics. Mas, ouvintes, vocês não têm ideia da cara de choque que eu fiquei quando o Matheus Correia me diz que não gostou de Transformers no início, fundou quatro estrelas e um coraçãozinho no Nerebox. Eu fiquei absolutamente chocado, tive que ir para o Nerebox imediatamente,
00:26:20
Speaker
E eu acho que eu fiquei em silêncio por uns dois minutos encarando aquilo aí. pra você ter uma ideia da surpresa que eu tive. Mas e minha defesa? Foi pela surpresa, não porque o filme... Não porque você acha que o filme não é tudo isso. Eu sei que você não gosta tanto quanto eu, mas você gosta do filme, né? Gosto, claro. É um bom filme. É um bom filme. A animação, inclusive, né? Não é mais um filme dirigido pelo Michael Bay. Ainda bem. Ainda bem. É porque descarrilhou, né?
00:26:50
Speaker
É, descarregou. Bom, senhor Guilherme Cândido, qual o filme que você... Olha, depois desse estoque absoluto, cara, é difícil superar. Mas eu vou meio que trapacear, digamos assim, porque o Márcio, ele falou que não incluiu um determinado filme brasileiro, né.
00:27:11
Speaker
porque ele viu em 2023, mas eu vou incluir um filme que eu vi em 2023, mas ele foi lançado em 2024, que é o Hitman, ou Assassino por Acaso, um filme escrito e dirigido pelo Richard Linklater, um grande realizador norte-americano, fez Boyhood, Jovem de Lobos e Rebeldes,
00:27:33
Speaker
E esse filme, por que eu escolhi esse filme? Porque o pôster dele, a forma como ele foi divulgado, a forma como ele entrou no catálogo da Netflix, tudo indicava que seria uma comédia romântica daquelas mais genéricas. Inclusive, o Brasil demorou a receber a estreia desse filme justamente para que ele pudesse estrear
00:27:54
Speaker
no dia dos namorados. Então a distribuidora optou por adiar longamente o filme para poder aproveitar essa época do ano, sendo que o filme leva muito mais do que isso. A gente assistiu em primeira mão o Festival do Rio, inclusive o Márcio também viu no Festival do Rio de 2023.
00:28:14
Speaker
E ele é um filme complexo, profundo, que trata de questões antropológicas, de psicologia. Ele vai muito além dessa questão do romance entre o protagonista e uma possível vítima, digamos assim. Mas não deixa de ser um filme divertidíssimo. E o pôster é realmente genérico, assim como as frases de efeito que estão nele. Mas o meu voto vai para assassino por acaso, com uma menção honrosa.
00:28:41
Speaker
ao Jurado número 2, que é o último filme
00:28:45
Speaker
de Clint Eastwood, suposto de um filme de Clint Eastwood, que tem um posto também absolutamente genérico, é a cara do Nicholas Fulton olhando para baixo, com o símbolo da justiça atrás dele. Então, nada mais genérico do que isso, né? Você olha que ele, pô, é um filme de tribunal. Sendo que ele é um pouco mais do que isso, né? Então você um poster daquele, ele fala, pô, não é possível. você descobre que o filme é dirigido por Clint Eastwood, talvez o último dele, protagonizado por Nicholas Hult, com outros atores muito talentosos no elenco,
00:29:15
Speaker
como a Toni Collette, J.K. Simmons, e você percebe que caramba, né? Que pôster de merda para um bom filme. Então, essas são minhas escolhas para o não julgue pelo pôster. Aliás, que ator... Ele com a bunda virada com a lua, né, com todo o respeito, porque esses últimos, esse 2024 dele, ele chutou a boca do balão ali, fez três filmes que tiveram uma circulação muito positiva, né?
00:29:45
Speaker
Eu não vi no Esferado. Ele adotava a leca de um filme aguardadíssimo, né? É, exatamente. Eu acho que ele é um ator muito... Ele faz papéis muito diferentes uns dos outros. Eu estava tentando até agora achar palavra, não achei ainda. Mas é isso, no final, esse significado. É, Camaleão, né? É, ele faz personagens muito malucos. E aí, não sei, ainda não vi o Gerardo 2, mas parece que é um filme mais sóbrio, né? Não sei.
00:30:13
Speaker
Mas ele é um ator camaleão, diria o Márcio. Ele está muito bem no The Order também, que é um filme que merece ser visto. Eu vou me alongar muito porque, enfim, não é o momento de conversar sobre esse filme agora. Pode-se alongar que agora é o seu momento. Qual o seu filme vencedor da categoria Não Jogue Pelo Posto?
00:30:33
Speaker
Olha, infelizmente, tem muitos posters indianos que são muito espalhafatosos e que dão uma dimensão assim... Enganosa. Enganosa, que parece ser algo muito jocoso, algo muito bobo. E foi o caso de um filme que foi direto para o catálogo da Netflix.
00:30:57
Speaker
E esse filme é o Mistério da Lixeira, que é um filme que tem ali um rosto genérico que parece que é de vingança e o título em vermelho do filme, que de fato é um filme que tem essas camadas de ação, que tem um tratamento mais industrial, mas é um filme que vai muito além disso também. É um filme que
00:31:27
Speaker
Eu diria, assim como muitos filmes industriais bolheodianos, no fim da indústria, tem um tratamento rocambolesco, mas é o filme que traz umas camadas muito inventivas de ação e traz um melodrama fortíssimo também, que é um doçado de uma forma
00:31:54
Speaker
impressionante e sustenta essa virada de uma forma que realmente me impressionou muito. Então é um filme que realmente merece ser assistido. Assim como muitos filmes que acabam sendo escanteados por conta disso, mas também tem o fator duração também que é uma questão. Qual a duração do filme?
00:32:20
Speaker
Esse, não, esse é duas horas e meia, mas é porque os filmes indianos e industriais normalmente tem uma duração assim, né, que afasta um pouco as pessoas, porque gira em torno de duas horas e meia, duas horas e três horas. Mas vamos combinar. Ele disponível na Netflix, né? É, disponível na Netflix. É, ele citou, ele citou no começo. Mas pode falar da duração. Vamos combinar.
00:32:46
Speaker
Mas vamos combinar que três horas de filme é normal, né? As pessoas... Não, não é normal, mas é porque acaba afastando por conta de questões culturais também. Tem uma barreira mesmo, até porque, enfim, eu acho que é do gestual, é do uso das músicas, das danças também, que em alguns momentos são... Pela coisa de do nada ter uma cena de...
00:33:13
Speaker
de dança, de música. Mas eu acho que não é nesse caso, né? É um filme que é bem sóbrio, apesar de ter essas questões culturais, né? De regionar as minhas pistas mais que, enfim. Vale a pena, né, o pessoal vê?

Cenas marcantes

00:33:32
Speaker
É, porque traz muito, é um filme que traz muitas camadas, né?
00:33:37
Speaker
camadas da corrupção policial, trás camadas da desigualdade, trás camadas de devoção. Então é um filme que tem muitos elementos para serem absorvidos, fora a questão. Mesmo a risca do filme, que tem cenas de ação muito forte, tem cenas de drama muito intensas e bem construídas, então é um filme que
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Speaker
pode agradar bastante, é isso. Bom, agora é aquele momento de você tirar as crianças da sala, tirar o fone das crianças, é o momento... mais de 16, vou falar mais de 18, porque mais de 16...
00:34:16
Speaker
que é a categoria, puta que pariu, que cena foi essa? Aquela categoria que... Você está vendo um filme e, de repente, começa uma cena incrível que, ao final, você sente vontade de levantar da cadeira e falar, puta que pariu, que cena foi essa? E eu vou começar essa categoria com o senhor Guilherme. Então, Guilherme, qual aquela cena que você gritou, que eu tenho certeza que você levantou na sala de cinema e gritou, puta que pariu, que cena foi essa?
00:34:45
Speaker
Não, vai, vai. Eu não vou fazer isso. Pra mim, cinema é cinema, sala de produção é um momento sagrado ao tempo cinematográfico. Se a pessoa quiser gritar, é toda pessoa que vai pra um estádio, né? Não existe cinema estádio, né? Pois é, é um negócio meio controverso, né? Mas falando de controverso, o momento que eu vou escolher, que pra mim foi o puta que pariu, que cena foi essa de 2024, é justamente a partida final de rivais.
00:35:14
Speaker
que é um filme, no mínimo, excepcional, dirigido pelo italiano Luca Guadagnino, um mestre que havia feito, me chame pelo seu nome, fez até os ossos, com determinado Tio Moté Chalamet, que um de nós aqui gosta um pouquinho dele, né? Dejamos dizer.
00:35:30
Speaker
e o RIVAIS por si é um grande filme, é um filme que lida muito com a atenção sexual entre os protagonistas, que tem ali um triângulo amoroso com a Zendaya, o Mike Face e o Josh O'Connell e o Luca Guardagnino ele aborda isso durante o filme
00:35:48
Speaker
além de trazer um ritmo diferente, é uma montagem bem peculiar, ele faz tudo parecer uma partida de tênis, isso a gente vai ficar mais pra frente, porque o RIVAIS é um grande filme de 2024, ele vai aparecer em outras categorias, mas nessa em específico,
00:36:03
Speaker
Eu reservei a partida final, que conta com efeitos visuais absolutamente espetaculares. É uma partida intensa, que inclusive é amplificada pela trilha sonora do Trety Razor e do Atticus Ross. E é difícil, eu sei que a gente inclusive tem um amigo que costuma sentir demais algumas emoções do cinema.
00:36:24
Speaker
costuma se segurar quando é um filme que se passa no alto, tem algumas coisas assim, mas esse é um filme que realmente quando ele... e esse é um momento que acontece mais para o final do filme mesmo, é a última partida e quando acaba você sente realmente extasiado, exaurido ao mesmo tempo, provoca um turbilhão de emoções e eu confesso a vocês que eu não tive vontade de sair gritando
00:36:52
Speaker
Mas eu poderia muito bem aplaudir de pé, porque a partida final de rivais merece o título de Puta que pariu, que cena foi essa? Luba É, e se esse nosso amigo encarnasse a bola de tênis, ele se sentiria nauseado, agredido, né? Muitas coisas. Luba Entra de um lado pro outro, né? Mestre E virar o Tasmania, né?
00:37:19
Speaker
É, não, também era. Inclusive, eu esqueci de comentar que essa cena, ela tem o efeito do VFX, dos efeitos visuais, da computação gráfica ali, né? Porque em alguns momentos a câmera fica embaixo da terra, embaixo da quadra, em outros momentos a câmera fica na bola de tênis do lado do outro, né? É um momento realmente esplendoroso. E tem a unção perfeita de VFX com filmagens, né? Sim, o live action, né? Exatamente.
00:37:46
Speaker
Por isso é uma cena que merece isso aí, mas também gostaria de fazer uma menção honrosa. A sequência da sorveteria do filme Ainda Estou Aqui, filme brasileiro que está na boca do povo, que traz a Fernanda Torres sintetizando as emoções da Eunice Paiva num momento em que ela está na sorveteria, ela acabou de receber uma notícia positiva em relação ao desaparecimento do marido, que é o Rubens Paiva.
00:38:15
Speaker
E ela vai levar os filhos para comemorar na sorveteria. E o Walter Siles, a câmera dele, foca na Fernanda Torres, que brilhantemente passa todas as emoções da personagem que está ali, e ao mesmo tempo que ela está feliz pelos filhos, pela notícia que recebeu.
00:38:30
Speaker
ela triste porque ela não tem o marido dela ali, né? Então, ela as outras famílias confraternizando, curtindo a companhia umas das outras, mas ao mesmo tempo que ela triste, ela não quer passar isso para os filhos. Então, a gente sente na expressão da Fernanda Torres que a Unice Paiva lutando pra não passar essa emoção pros filhos, mas é realmente difícil. Então, esse turbilhão de emoções que envolve
00:38:59
Speaker
A mente da Unicef Paiva, a gente sente com toda a potência, então pra mim essa é uma menção horrorosa. Vai ser aquela cena que se a Venada Torch com a indicada Oscar vai passar o trechinho? Ah, muito provavelmente. Bom, eu iria passar pro Márcio agora, o problema é que o Guilherme é um filho da puta do bem, né?
00:39:21
Speaker
Porque ele citou exatamente a cena que eu vou citar, né, a cena de Challengers, né, não tem tradução aqui no Brasil, né, Challengers. A cena de Challengers que... É Rivaz, verdade. Que é a cena da partida de tennis, não tem como, né, a câmera embaixo da quadra, na bola, e é uma loucura aquela cena ali, com a trilha.
00:39:46
Speaker
Do Trent Reznor, que eu não sei falar, o Graham sabe falar melhor do que eu. Como é que é? Trent Reznor e Eticus Ross, do Nine Inch Nails. Não tem como eu tentar falar, olha como ele fala.

Cenas bizarras ou chocantes

00:40:02
Speaker
E é essa, essa é a cena. Então agora eu passo para o seu Márcio. Márcio, qual foi a cena que você quis gritar, puta que pariu?
00:40:11
Speaker
Bom, eu vou falar a cena da... uma bebedeira depois da apresentação do filme By The Stream, do Hank Sun Tzu, que é uma cena... É, porque...
00:40:27
Speaker
O filme é uma cena que vai depois de uma apresentação hermética desse professor castrado, que ele vai enxergando essas jovens que, primeiro, estão muito acuadas, e é uma cena que vai se transcorrendo, uma sequência muito longa, muito emotiva, trazendo ali todas as inseguranças, incertezas, fragilidades dessas jovens,
00:40:56
Speaker
que é uma cena que mostra como as cenas tão simples no modo de vista de produção, não de elaboração de forma alguma, porque tem uma complexidade dramática que é modulada brilhantemente, tanto pela direção do Hong Sun-su, quanto pelos atores que trazem essa verdade, e é um filme que
00:41:26
Speaker
É uma cena que te drena ali de uma boa forma, que mostra essa fragilidade das personagens e como esse mentor vai reagindo e ficando também sem saber como agir. Então é uma cena que realmente me encantou muito.
00:41:49
Speaker
E outra, fazendo uma menção à rosa também, também de um filme brasileiro, é uma cena de saudade que fez morar daqui dentro, que é um filme que pode ser encontrado na Netflix, realmente, que é a cena onde o protagonista, o Bruno, que é um jovem que está perdendo a visão, se encontra em um lugar remoto,
00:42:19
Speaker
E completamente fragilizado nessa situação, ele primeiro está em uma situação de medo, de uma situação de fragilidade.
00:42:35
Speaker
tem uma saga que ele consegue sair dessa situação e ele volta e ele volta numa alegria, numa intensidade e sem as pessoas entenderem porque ele grita conseguir ou consegui
00:42:51
Speaker
e fica essa reação dos personagens não entendendo a simbologia que isso traz. Toda essa força. E é uma cena muito bonita que traz tanto essa questão psicológica quanto poética. Então é uma cena que me impactou bastante. Bom, agora vamos para o momento
00:43:18
Speaker
E começa assim o nome da categoria, que é o momento que porra é essa? Que ao contrário da categoria anterior, é aquela coisa que você fica... É isso, né? Literalmente, que porra é essa? Aquela cena que te espanta. Ou não necessariamente ruim, pode ser um momento que é esdrúxula, é um momento esquisito. Um momento que porra é essa?
00:43:46
Speaker
E eu vou começar o meu momento que porra é essa. Aconteceu em Megalopolis, do incrível diretor François Coppola. E assim, eu anotei aqui tudo isso, porque minha memória não é nem um pouco boa, eu tive que anotar tudo. E botei Megalopolis e botei, entre parêntese, quase todas as cenas com Charlotte Buff.
00:44:13
Speaker
Mas eu specifiquei uma, que é perto do final, quando ele com a personagem da Aubrey Plaza. Ele numa atividade sexual com ela, um pouco esquisita.
00:44:28
Speaker
E o mundo está acabando, vamos dizer assim, entre aspas. E acontece um barulho, e a personagem da Albre Plaza fala, ah, o que é isso? ele fala, ah, buceta. Ela, não, porra, que barulho é esse? E eu senti vontade, eu senti vontade de caralho, que porra.
00:44:47
Speaker
Incrível, momento sensacional. O Charla Buff ali, envolvido com as pernas da Albi Plaza, protagonizando essa cena. É isso, esse é meu momento. É como se você fosse estar caindo uma cena envolvendo um arpe flecha. Nossa, esse também eu cheguei a notar, cara. Eu cheguei a notar esse aí, ele levando a flechada no Dito Cujo.
00:45:17
Speaker
É um bom momento que porra é essa também. Seu Márcio, qual o seu momento que porra é essa? Bom, o meu momento é essa do encerramento de trap, armadilho. Porque eu acho completamente despropositado, porque surge ali um personagem secundário que é
00:45:45
Speaker
é exaustivamente aproveitado no filme, aparece, é reforçado o teor cômico que não diz muito a que veio e depois esse personagem volta e volta para encerrar o filme como se mudasse totalmente o tom, né? E candalizasse o que foi feito, né? Então, assim, parece...
00:46:12
Speaker
me senti como se eu fosse cuspido no filme. Então, talvez tenha sido essa a intenção, mas... Gostei. Quem é o diretor mesmo, Márcio? É o Che Amala, né? Pois é, isso diz muito, né? Tem mais perguntas pro Márcio. Che Amala, e inclusive esse filme entrou algumas listas aí... Polêmicas já. As listas.
00:46:41
Speaker
É isso. Bom, senhor Guilherme, qual o momento que porra é essa de 2024? Eu fiquei surpreso que os senhores não mencionaram um que, a mim, é muito claro como pelo menos um dos momentos mais estapapúrdios do cinema em 2024, que é aquela sequência final de A Substância. E quando falam aquela sequência final de A Substância, eu acho que todo mundo que assistiu ao filme sabe qual é que eu estou falando.
00:47:09
Speaker
que é aquele momento... que é difícil de encontrar até... É exatamente aquele jato de stang numa plateia que você... Na verdade, a substância é um filme que a todo momento você é surpreendido e você pensa assim, pô, isso não vai acontecer, né? E acontece.
00:47:28
Speaker
E tem aquela bola de neve que chega a um ponto que, né, sem querer dar muito spoiler, mas envolve um personagem grotesco e protagonizando um show de horrores, né, da forma realmente mais grotesca possível. É difícil encontrar um adjetivo melhor pra essa cena do que grotesco. Você considera uma boa cena? Olha, eu acho que...
00:47:49
Speaker
Bom, é uma definição, talvez, como é que eu posso dizer, ela não é a definição mais precisa, mas eu acho que se a gente levar em conta o que o filme apresentou até então, isso até pra passar, faz sentido, porque é um filme que ele vai se tornando cada vez mais absurdo até terminar, né? Então vem essa cena pra coroar, o que a gente é mais ou menos a cereja de um polo grotesco,
00:48:18
Speaker
fabricado pela Coralie Farge, e é difícil encontrar outros momentos, mas vocês se apresentaram, outros realmente bons candidatos a esse prêmio, mas eu também gostaria de fazer uma menção honrosa a um filme brasileiro chamado Motel Destino, e eu gostaria de colocar o momento, pega o Guanabara e vem aquela dancinha do elenco,
00:48:46
Speaker
Porque, olha, esse é um momento que ele no meu coração, sabe? É um momento realmente que... É um bom momento, cara. Inclusive, enfim, sem spoiler. ia estar vendo, Guilherme. ia dar um spoiler aqui, mas é um bom momento, é um bom momento. Inclusive, foi bom ter falado que o momento que por resto não é necessariamente negativo, porque o Guilherme deu essa passada em momentos não necessariamente ruins, são momentos bons.
00:49:15
Speaker
E você não espera ver no filme, né? Você conhece o cacete, né? Que porra é essa? Inclusive, sobre essa cena da substância, eu gosto dessa cena. Eu acho que é uma cena até...
00:49:30
Speaker
Não pra falar, porque quando você fala que a cena, o diálogo é expositivo, é uma coisa negativa. Mas assim, é tão claro, pelo menos o que me passou, acho que foi o que você falou, que o filme constrói é uma cena que faz todo sentido. Aquela coisa, pra mim, é aquela coisa de, cara, o sangue nas mãos de vocês também. Com tudo aquilo que aconteceu no filme, no caso do filme não tava nas mãos, tava no corpo inteiro.

Filmes inesperadamente bons

00:49:57
Speaker
Mas... É uma cena que pra mim... É uma cena que pra mim faz total sentido. Márcio, tem alguma coisa pra comentar? Eu tenho, mas não sob substância. Eu queria fazer uma menção honrosa também, né, que ele me fez. Que não foi necessariamente negativo, mas que é o Josh McKay interpretando o Luis Lewanski num segmento do... A besta.
00:50:26
Speaker
né, o filme do Bertrand Bonello que ele faz um vídeo gravando um arquétipo tipicamente em céu e ele traz esse personagem odioso e ele faz uma interferência completa porque
00:50:45
Speaker
A própria estrutura do filme traz muito esse momento que porra é essa. O filme inteiro é isso, mas eu acho que esse segmento em si, até pela discrepância dos outros dois, esse terceiro segmento final do filme, e especialmente o que esse personagem traz e como ele se relaciona com o protagonista, interpretado pela Lia Sidú,
00:51:12
Speaker
E como ele vai sendo um personagem ali...
00:51:20
Speaker
ao invés de Stalker obsessivo e vai com esses vídeos então para mim um momento que porra essa é exatamente o momento que aparece os vídeos dele e toda a sequência envolvendo o personagem e interação dele com a Nessidora acabei me dando uma trapaça porque falei do personagem em si mas são esses momentos que quem assistiu o filme
00:51:45
Speaker
Vai lembrar do Odisseia Cash. É, espero. Bom, a próxima categoria agora, mais uma categoria original Odisseia Cash, né, como os filmes Netflix. Netflix original. Pô, achei sensacional o gancho que você fez.
00:52:04
Speaker
de falar dessa categoria lembrada da Netflix. Eu acho que foi um ato falo maravilhoso, inclusive. Bom, essa é a categoria. Parecia bomba, mas foi estalinho. É aquela categoria que o filme dava todos os indícios que seria uma bomba, mas não foi tão bomba assim. Em alguns casos foi até ok. Então parecia bomba.
00:52:29
Speaker
Mas foi Estalinho e eu vou deixar o Guilherme começar. Sr. Guilherme, qual é o filme que parecia bomba, mas foi Estalinho no seu 2024? Bom, mas antes de dizer um filme que parecia uma bomba, mas era um Estalinho, depois de mandar um abraço carinhoso aos executivos da Netflix,
00:52:47
Speaker
que nos abrilhantam com produções que, de fato, são bombas. Então, eles acabam escolhendo produções. Na verdade, eles preferem a quantidade e a qualidade. Isso é uma prática deles desde o início, desde que eles começaram a investir pesado no catálogo deles, de produções originais. Então, aqui vai o meu abraço para o Zepetico da Netflix. Por outro lado, o filme que eu escolhi, ele não é... Tem uma boa dose de ironia, né?
00:53:17
Speaker
É, contei ironia. Mas o filme que eu escolhi não é um original Netflix, na verdade ele é uma produção baseada em quadrinhos, que é Hellboy e o Homem Torto.
00:53:30
Speaker
que todo mundo, quando a gente fala de Hellboy, pelo menos muitas pessoas vão lembrar da encarnação do Ron Perlman nos dois filmes dirigidos por Guilherme Daltouro. Dois bons filmes, inclusive. Na verdade, eu gosto muito do segundo filme, da segunda parte. Infelizmente, Daltouro não conseguiu finalizar a sua trilogia porque preferiram fazer um reboot. E trocaram o ator, chamaram outro diretor.
00:53:56
Speaker
E fizeram uma bomba, esse sim, realmente, uma bomba que foi a versão com o David Harbour e a Mila Jovovich, fazendo a vilã, Mila Jovovich, musador de Saia Cast, inclusive. Nós temos aqui um grande da série de Júlio Reset Evil. Não, brincadeira. Pelo amor de Deus.
00:54:15
Speaker
Mas enfim, mas esse novo reboot do Hellboy tinha tudo pra seguir o caminho do anterior ser uma verdadeira bosta fumegante. Aliás, perdoe o spoiler, mas Hellboy e o Homem Toto acabou sendo um filme ok. Tinha tudo pra ser uma porcaria, mas não foi tão ruim assim. Ele é um filme dirigido pelo Brian Taylor,
00:54:40
Speaker
que fez aqueles filmes Adrenalina, estrelados pelo James Stater, fez ao lado do Mark Neveldini, e acabou escorregando no filme do motoqueiro fantasma, o espírito da vingança, e assumiu esse desafio de comandar outro reboot do Hellboy, que era uma tarefa arriscadíssima, e acabou que ele não saiu tão mal assim, então por isso que eu escolho Hellboy e o Homem Torto.
00:55:07
Speaker
Inclusive falando do Hellboy, eu tenho um chaveiro do Hellboy e um chaveiro do Fred Krueger na minha mochila. E um dia eu tava saindo do dentista
00:55:17
Speaker
E aí, passando ali no corredor do prédio comercial que eu tava, com a minha mochila, né, os dois chaveirinhos balançando, eu olho pro lado. Tinha um senhor de idade olhando pra minha mochila, né, fitando ali os chaveiros. E aí, logo depois, ele olha pra frente e faz o sinalzinho da cruz, assim. Ih, rapaz! Caramba! Bom, eu falei, ferrou, né, ele acha que não é o Fred Krueger, é o Zepp Lintra, e não é o Hellboy, é o Demônio, é o Diabo.
00:55:46
Speaker
Ah, muito placavelmente. Então eu falei, Christian, o meu namorado, eu vou tirar esses chaveiros, senão vou tomar uma borrada na rua, né? Isso diz muito sobre o momento que a gente vivendo, né? Exatamente. É atrás de cômico, né? É atrás de cômico. Enfim, senhor Márcio Weber, qual é o filme que parecia uma bomba, mas foi um estalinho? O meu candidato foi o Rick Stanik, que é um filme dirigido pelo Peter Farrelly, escrito
00:56:16
Speaker
ele pelo irmão que retorna a boa forma e parecia ser mais um besterol estadunidense e o filme vai um pouco além disso. É um filme que traz crítica, consegue
00:56:37
Speaker
ter até uma certa sofisticação nos enquadramentos e o aproveitamento do entorno. É um filme que até recica um pouco esse ambiente, apesar de se utilizar muito desses clichês.
00:56:54
Speaker
consegue traduzir essa questão da falta de maturidade masculina, né? E o filme consegue ser bem crítico, bem irônico, né? Claro que patina em muitos também desse lugar comum, mas me surpreendeu e eu acho o filme até
00:57:20
Speaker
Até pra mim, passou um pouco longe de ser bom, apesar de não ter sido muito bem avaliado em geral. E também uma menção honrosa.
00:57:31
Speaker
ao grande John Cena, que nesse filme uma revelação. John Cena? Matheus, agora eu vou te fazer uma pergunta. Você esperava ver John Cena roubando a cena num filme de Peter Farrelly, cara? Não, não. Nem imaginaria o Márcio citando o John Cena. O Márcio sempre... É uma caixinha de surpresas. Lembrando ao ouvinte que esse Peter Farrelly é o mesmo que ganhou Oscar com o Greek Book,
00:58:01
Speaker
derrotando filmes como Infiltrado na Klan, como Bohemia, o Rhapsody, um filme que tem um carinho especial de um dos nossos integrantes... Não, brincadeira, vou fazer isso com você.

Filmes feitos apenas por lucro

00:58:12
Speaker
E também o Peter Farrelly fez uma carreira ao lado do irmão, né? O Bob Farrelly.
00:58:19
Speaker
Pois é, fizeram vários filmes, eles meio que quase se tornaram o rei do besterol estadunidense em algum momento, e agora estão voltando. Que bom saber que eles voltaram a boa forma. Sim, eu acho, apesar do filme não ter sido tão bem avaliado assim, mas eu acho bem interessante. Bom, interessante, o que é interessante é que eu estou... Interessante.
00:58:43
Speaker
Bom, agora, o meu filme que parecia uma bomba mas foi estalinho e parecia porque você entrava no Let It Box, principalmente no meu, né, com as pessoas que eu sigo ali, todo mundo odiando. Aliás, a crítica também parece que odiou. que tem um grande diretor, né?
00:59:04
Speaker
ali envolvido, né? Ele é o diretor desse filme, que é o meu filme, que parece uma bomba, mas é um estalinho, na minha opinião, que é o Garotas em Fuga. E agora, mais um momento que eu imagino o Guilherme soltando o rojão. Meu Deus do céu! Meu Deus do céu! Que é o Garotas em Fuga, dirigido pelo Ethan Cullen.
00:59:27
Speaker
E tem a Margaret Qualley, que inclusive em a substância, bem em a substância. Tem a Beanie Fieldstein, que eu não sei falar o nome dela, que eu tenho muita simpatia por ela, inclusive. Ela fez uns filmes que eu gosto, fez Lady Bird, fez... fora de série, né? Fora de série. Eu gosto dela. Eu gosto dela. Ela muito bem, inclusive, no filme. Eu me lembrando de umas cenas dela atacando um policial que...
00:59:57
Speaker
É incrível. Enfim, é um filme, cara. Eu não sei o máximo, mas eu sei que o Guilherme odiou o filme, deu dois e meio, alguma coisa do tipo, ou dois. Não, eu dei uma estrela. Uma estrela? Para vocês entenderem. Para mim, realmente, era uma bomba. Pois é. Mas eu achei... Eu vou usar um adjetivo que o Guilherme não gosta que vocês usem sobre os filmes, que é divertido. É um filme divertido. Ai, escolheram, né?
01:00:26
Speaker
O filme é divertido, a Margaret Qualley com um sotaque polêmico, né? Nossa, demais. O Pedro Pascal também, né? Uma participação maravilhosa. Tem um Como Domingo, inclusive, nesse filme. O Matt Damon. Eu nem lembrava dele.
01:00:49
Speaker
É, não, Matt Damon lembro. Agora, como eu lembro, eu realmente não lembro ela. Inclusive, aliás, um bom filme pra tal num momento que porra é essa, né? Porque o Matt Damon, protagonista, a gente vê, enfim, sem spoiler, né?
01:01:01
Speaker
A própria participação no match demo é um momento que pôr resta. A maleta, né? O que está nessa maleta. Enfim, é o Garotas em Fuga, o meu filme, que parecia uma bomba, eu acho, o Estalinho. Bom, agora uma categoria que promete ser polêmica. Eu acho que promete. Vamos ver se a gente vai sair do lugar comum. Que é a categoria caça-níquel do ano.
01:01:26
Speaker
que é um nome alto explicativo, é aquele filme... Na verdade, eu vou explicar para o Guilherme. Aliás, vou pedir para o Guilherme explicar o que é a categoria Caça-Níquel do ano. Eu posso também emendar no filme que eu escolhi como Caça-Níquel do ano? Então, vamos lá. Eu vou dar uma dica de qual foi o filme que eu escolhi como Caça-Níquel do ano, porque quando a gente estava conversando sobre essas categorias, sobre a criação dessas categorias, eu dei uma ideia de a gente chamar
01:01:54
Speaker
essa categoria em específico de o troféu Disney ou o troféu Marvel de maior caça-níquel do ano. Mas acabou que a gente ficou em caça-níquel, ficou uma coisa mais curta e tal. E na verdade, aquele filme, ele é feito pura e simplesmente pra ganhar dinheiro. Pra tirar dinheiro do público, pra fazer boas bilheterias. Pra ganhar categoria no Globo de Ouro. Isso, pra ganhar categoria no Globo de Ouro. E às vezes nem isso consegue, né.
01:02:22
Speaker
Mas são aqueles filmes que a gente não pede. A gente, na verdade, não nem pra ele, mas acabam sendo feitos. E a gente vai embarcando. Atualmente, em Roller, eles têm uma onda de nostalgia que vem ressuscitando franquias ou de continuidade a filmes que nem eram franquias, né? Eu posso, desculpa te interromper, mas eu posso tentar
01:02:47
Speaker
eu posso tentar adivinhar qualquer e eu vou entregar qual é o meu. Vamos lá, vamos embora. O filme caça-níquel do ano do Guilherme é Twisters. Jamais. Caraca, errei. Esse é um caça-níquel que eu gostei, inclusive, cara. Bom, eu acabei de revelar o meu caça-níquel do ano, mas assim, eu vou abrir um parêntese aí. Eu não vi muitos.
01:03:10
Speaker
Então, não é um filme... eu não acho que é um filme horroroso, nem nada, mas assim, dentre os que eu vi, talvez seja o mais caçanico, que tem essa coisa da... que se eu não me engano, esse filme nunca foi mais sequência, e reviveram e tudo mais, se encaixa até no que o Graham falou. E eu escolhi o Twisters. Mas tem uma cena que eu gosto bastante, inclusive, que é dentro de um cinema, não sei se vocês vão se lembrar.
01:03:35
Speaker
Eu acho incrível aquela cena, que justamente a parte que ficaria a tela foi quebrada, não existe mais por causa da tempestade, e tem uma cena que a plateia ali dentro do cinema e a tela na verdade é a devastação do furacão. Vocês lembram dessa cena?
01:04:00
Speaker
Eu lembro. Inclusive, é uma metáfora que a gente não espera ver num filme dessa magnitude, né? Verdade. Por isso que eu fiz esse parêntese, porque senão você sendo injusto com Twisters. Mas vai lá, Glam, pode continuar. Eu disse que... Na verdade, eu sugeri chamar a categoria de troféu Disney ou troféu Marvel de caça-nico do ano, porque o filme que eu escolhi é Deadpool e Wolverine.
01:04:26
Speaker
É, na verdade, um encerramento de uma trilogia muito amada pelo público. E a Marvel, assim como a Disney, que é a dona da Marvel, eles acabam tratando o seu espectador como consumidores. Então, o de quadrinhos, o dos personagens vai ao filme como um espectador, não como alguém querendo contemplar uma obra de arte, um filme. A pessoa vai...
01:04:53
Speaker
pensando da seguinte forma eu estou pagando então quero ver
01:04:58
Speaker
o que eu quero. Sou fã. Ficou uma merda. E quero o service, né? Sou e quero o service, exatamente. Então, a pessoa paga o ingresso e fala, não, eu quero ver fulano de tal aparecendo com um personagem tal. a gente vai e taca no filme. Então, o Dead Pool Wolverine acabou nascendo dessa forma, que é aquilo que todo mundo queria ver o Wolverine usar um uniforme amarelo e azul, aquela coisa estapafuda, mesmo, mais palhafatosa.
01:05:24
Speaker
O público queria ver o Deadpool lutando com o Wolverine, e o público também, principalmente os fãs da Marvel, gostam muito de participações especiais. Então, se convencionou, no filme mais recente da Marvel, de ter uma enxurrada de participações especiais. E esse filme não é diferente. Então, o filme é praticamente uma sucessão do farigerado fanservice.
01:05:46
Speaker
Então, é o tempo todo com participações especiais, com referência a outros filmes e tudo mais. E o Ryan Reynolds, que é a estrela da companhia, ele que é o Deadpool, e também um dos autores do roteiro, ele acaba esquecendo de fazer uma história para embasar isso. Então, acaba sendo uma grande galhofa, um grande espetáculo de stand-up comedy, estrelado pelo Ryan Reynolds, com o Wolverine ali como escada, e não necessariamente um filme, né? que acaba sendo divertido o adjetivo, o Matheus, por lá,
01:06:16
Speaker
mas acaba sendo insuficiente por outra. A gente fica feliz, a gente gargalhadas. No filme é quando acaba de falar, caramba, não tem história, e aí? O que aconteceu? Cadê a gravidade da situação?
01:06:29
Speaker
E isso acaba faltando. Então, pra mim, A Idade por Voverini é o maior caça-níquel do ano, mas com uma menção honrosa. E a gente citando o cinema brasileiro, que teve realmente um grande ano. Mas também a gente tem que registrar aqui alguns tropeços. E é por isso que eu reservei um espaço para Estômago II, que é um filme novamente dirigido, escrito pelo Marco Jorge, continuação.
01:06:54
Speaker
de um longa que eu considero uma das maiores surpresas do cinema brasileiro recente. O final, então, é realmente de fazer um espectador com a de queijo caído.
01:07:04
Speaker
É um filme que eu gosto, pelo menos muita gente gosta muito, e por isso que acabaram tentando revisitar esse universo, mas ele acaba de uma forma completamente grotesca junto do propósito. É um filme como, por exemplo, protagonista de estômago se torna um adjuvante, quase como figurante de luxo.
01:07:25
Speaker
nessa produção, e a história que era daquele cozinheiro, da forma como ele chegou até ali, cada vez se transformando numa história de mafioso, quase que uma máfia italiana, uma espécie de um poderoso chefão. Até essa menção está no sub-titulo do filme, que é Estômago II do Poderoso Chef.
01:07:42
Speaker
Então, o filme acaba sendo tudo menos estômago. Então, para mim, nada mais é do que um caça-nico porque tenta explorar a nostalgia do público capitalizando em cima dela.

Melhor trilha sonora - 'Rivals'

01:07:53
Speaker
E você falou de Deadpool vs Wolverine e você citou também que tem até pausas, né? Para as pessoas rirem, né? Uma coisa meio... É verdade. Meio série de comédia americana.
01:08:04
Speaker
Sim, é um fenômeno realmente grotesco, que é uma palavra que eu usei para definir o final da substância, mas esse fica ainda pior porque a gente traz para o mundo real. Você assistir a um filme e o filme ter que parar para as pessoas gritarem, levantarem no cinema, aplaudirem, assoviarem, é um tanto quanto, eu diria que até melancólico.
01:08:25
Speaker
E isso acontece em Perigénia de Pulmobili quando tem três participações especiais. Não é uma, não são duas. São três participações especiais em sequência, numa tacada só. E o filme faz uma pausa para a reação infusiva dos fãs. Então a que ponto chegamos, né, Matheus? A que ponto chegamos? Inclusive eu peço.
01:08:43
Speaker
para o Hugh Jackman voltar a fazer filmes como os Peitos, que é um dos filmes que eu... um dos filmes que entra, um dos filmes que eu mais vi na minha vida. Está um ordinário. O filme do Denis Villeneuve, não, mesmo de luna. Exatamente, é incrível. Jake Gyllenhaal, Hugh Jackman, em ótima forma. Bom, Sinho Márcio, o seu caça-níquel do ano, que eu não vou tentar descobrir qualquer, porque eu errei de forma absurda com o Guilherme, então, vai lá.
01:09:11
Speaker
Bom, como o Guilherme brilhantemente colocou na fala final de capitalizar em cima da nostalgia, é um filme que nem é tão... Que é um filme contemporâneo até, mas eles quiseram aproveitar o momento. E é um filme que capitalizou imensamente, né? Que é o Moana 2. Que é um filme que, na verdade, enfim... Seria um pelúdio de televisão e claramente episódico aqui.
01:09:40
Speaker
E é um filme que faturou quase um bilhão de dólares, né? Faturou mais de 900 milhões mundialmente. Então... Mas que, pra mim, claramente capitalizando em cima da nostalgia, como o Guilherme colocou ali. Em cima... É um filme que se popularizou, principalmente no público infanto juvenil, as canções emblemáticas.
01:10:06
Speaker
Mas aqui eu vejo um desenvolvimento muito frágil dos personagens, das motivações. Eu vi o filme dublado e, infelizmente, vou ter que fazer uma menção desonrosa à dublagem que tentou utilizar várias expressões famigeradas, como a rasta pra cima. Enfim... Respeitas mina, né, Márcio?
01:10:37
Speaker
Respeita as minas. Respeita as minas, sim. E várias outras... E vários outros momentos e expressões muito regionais que, enfim...
01:10:50
Speaker
De personagens pouquíssimos carismáticos, acho que tem momentos ali, um vilão pouquíssimo memorável, realmente muito esquecível e pouquíssimo bem aproveitado.
01:11:08
Speaker
De fato tem uma ou outra canção que pode ser aproveitada, mas para mim é um filme que vai se aproveitando ali dessa nostalgia, vai utilizando canções, vai tentando
01:11:21
Speaker
aproveitar o que foi construído, mas eu não vejo tantas construções no filme não. Bom, agora talvez uma das categorias mais esperadas da noite, que é o troféu Bye Bye Bye, de melhor trilha sonora do ano, que na verdade é o troféu Backstreet Boys, de melhor trilha sonora do ano. Bye Bye Bye é do L5, Matheus. Desculpa.
01:11:48
Speaker
Você sabe que quando eu tava pensando, o Márcio tava falando, eu tava pensando como que eu ia falar da categoria. Eu falei, porra, será que é N5? Eu falei, não, acho que é... Eu cantarulei na minha cabeça, eu falei, não, acho que é Backstreet Boys. Mas, enfim... Não é N5, até abre e de puro envolver ele, cara.
01:12:04
Speaker
Você vai te falar, I want it that way, né? Ah, I want it that way. É isso aí. Nossa, fantástico. Fico emocionado que você me trouxe. Então, é o troféu Backstreet Boys, de melhor trilha sonora do ano. Que eu vou começar dizendo que eu não consegui entregar esse prêmio pra nenhum outro filme, ou nenhum outro compositor.
01:12:28
Speaker
que não o compositor, que eu vou deixar o Glenn me falar o nome dele, que ele fala muito melhor do que eu, que é a pessoa que fez a trilha de challengers, né, ou rivais, que é um filme que tem uma trilha, cara, que é aquele tipo de filme que se não tivesse essa trilha, se a trilha fosse um pouco menor, e eu falo não menor de duração, mas menor de importância, o filme...
01:12:52
Speaker
Seria menos do que é. Então, é uma trilha que é importantíssima. Então, não tem como eu dar o prêmio pra outro filme que não revise e não... Na verdade, o prêmio vai para o... Exatamente. Então, esse é a minha escolha.
01:13:15
Speaker
Seu Márcio... Me senti no Oscar agora, hein, Matheus? Tipo Oscar. Parece que eu olhando em Velop, né? Seu Márcio Weber, qual é o seu ganhador do troféu Backstreet Boys e melhor trilha sonora do ano?
01:13:27
Speaker
Bom, acho que vamos ter um consenso, né? É esse mesmo. Eu vou fazer uma menção rosa, na verdade, não é pela... A música em si não... É uma música incidente, né? Que é convencional, mas eu acho tão bem utilizada e cria um ambiente tão poético e envolvente que eu vou fazer uma menção rosa para as músicas utilizadas no wall.
01:13:54
Speaker
o Imaginance Light, tudo que imaginamos como luz que traz ali toda essa carga atmosférica, solitária e também apaixonante e a paixão que o filme evoca. O filme utiliza muito bem a música, então é uma menção horrorosa, mas que nem se equipara ao que o rivais traz, que para mim realmente é o destaque.
01:14:23
Speaker
inenarrável ele do ano. Eu, Guilherme, será que teremos um consenso mesmo? Com certeza teremos um consenso. É bom que eu não preciso falar muito, né? Porque vocês falaram tudo sobre rivais. Que é uma trilha sonora absolutamente magnífica do Trent Reznoieti com o Ross. Que venceu o Oscar de melhor trilha sonora por a rede social. Também acabaram ganhando pelo show.
01:14:45
Speaker
aquela animação da Pixar e eles estão em ótima posição. Pela terceira vez o Oscar tem a minha torcida e, pelo visto, é a torcida do Odyssey A Casting, peso, né? Exatamente. Então não tem como ser o outro, se não o rivais, né, esse duo, Red Razzle e Atticus Ross, mas eu gostaria de fazer uma menção horror. As canções do filme Queer,
01:15:07
Speaker
filme dirigido pelo Luca Badagnino e ele tem algumas escolhas que podem soar anacrônicas tem um momento que eu não vou revelar qual canção exatamente mas tem uma faixa do Nirvana que toca um momento específico tem um Caetano Veloso em outro então é uma escolha eclética mas que funciona lindamente no filme e acaba elevando o patamar
01:15:29
Speaker
Então, por isso que eu faço essa versão rosa, mas, de fato, Melhor Trilha Sonora tem que

Filme mais tedioso

01:15:34
Speaker
ser rivais. Então, para mim, o troféu Backstreet Boys de Melhor Trilha Sonora vai para Trent Reznoietos com o Ross. E a própria trilha central do filme também é bem anacrônica, também traz ali momentos de estranheza, momentos mais ruidosos.
01:15:54
Speaker
até onde se passa, dos anos 50, e traz toda uma estranheza de ritmos que não eram, enfim, costumeiramente produzidos na época. Inclusive, o Glam comentou do Caetano estar na trilha incidental de Queer e também aparece em rivais.
01:16:16
Speaker
Inclusive, é incrível que esse momento comece a tocar. Caraca! Caetano Veloso. Inclusive, o Trent Reznor... Falei certo agora, Glémer? Trent Reznor. Ele fez a trilha também de até os ossos, não é isso?
01:16:35
Speaker
É verdade. Também fez. Que incrível, né? Eu me lembro que a gente comentou aqui no Odyssey Acast sobre a trilha, que é uma trilha que você não esperava num filme daquele tipo, né? E combina muito bem. Tem uma coisa...
01:16:49
Speaker
É órgãos, mas com uma coisa eletrônica ao mesmo tempo, enfim. Aliás, uma interpretação magistral de Timothée Chalamet, né, Matheus? Eu tenho certeza que você queria comentar isso. Exatamente. Esse ano, eu vou falar, isso é um spoiler assim, mas eu não vou poder comentar dele em melhor atuação, porque o filme nem lançou aqui no Brasil, então. Infelizmente, o Timothée não aparecerá.
01:17:18
Speaker
Eu acho que pra ninguém, né? Porque ninguém viu ainda o completo desconhecido. Bom, enfim. É de fato um completo desconhecido, né? Exatamente. Bom, agora vamos pra um prêmio importantíssimo, porque é um prêmio que tem o nome de um diretor que é amado por um integrante aqui do Odece a Cash, que é o Márcio Vebe.
01:17:41
Speaker
E essa categoria é o prêmio a Pisha Pong e o Horacetaku de filme Mala do Ano. E aí... Que é um abraço prêmio, inclusive. É. Quando a gente estava discutindo a pauta, a gente ficou, pô, a gente bota, a gente não bota. Ficou aquela coisa, né? Que era um discurso, aquele atrito entre nós. E botamos. O Márcio permitiu, gente. Nós não somos babacos, o Márcio permitiu.
01:18:10
Speaker
a criaça-premiação a Pixapão Guaracetacu de filme Mala do Ano e, não obstante, irei começar com ele mesmo, Seu Márcio Weber. Olha, eu não me orgulho dessa escolha porque é um diretor que fez dois filmes que eu gosto bastante. Eu não acho o filme necessariamente ruim, eu acho que é um filme que traz temas importantes e tem alegorias, mas eu acho que é um filme rita do Jairo Bustamante, um filme guatemalteco,
01:18:40
Speaker
que não circulou tanto assim, mas é o filme que eu acho que ele se arrasta muito nas alegorias. Eu acho que ele é muito cansativo, tem um ritmo enfadonho e infelizmente foi difícil assistir. Foi uma sessão que realmente exigiu bastante da minha
01:19:05
Speaker
a atenção e da minha predisposição, então, que infelizmente vai levar salcunha, não me orgulho, porque eu acho que é um cineasta interessante, mas que nesse filme, eu acho que ele perdeu um pouco a mão. Olha, é isso aí. Sr. Guilherme Cândido, para quem vai o prêmio, para qual, né? Para qual filme vai o prêmio? A Pixapong, o Aracetacu, de filme Mala do Ano. Olha, primeiro agradecer a generosidade do Márcio, né? Ele ter permitido a gente usar um dos diretores que a gente mais, aquele Mário Bosch,
01:19:34
Speaker
para poder nomear essa categoria de filme mala do ano, mas até para atenuar o sofrimento contido do Márcio, eu escolhi o filme de um diretor, cujas obras eu gosto muito, mas que recentemente não vem bem, está numa péssima fase, até porque ele vem de uma onda de cancelamento, que é o Woody Allen, e o filme é o Coup de Chance, cujo título no Brasil é Golpe de Chorte em Paris,
01:20:04
Speaker
que esse ano a gente teve um Pedro Almodóva atingindo a maturidade de uma forma... Nirvana? É, não diria atingindo Nirvana, mas ele realmente está se mostrando um cineasta maduro, está se reinventando, alguém que sempre traz alguma coisa nova ao discurso do seu repertório. É claro que eu estou me referindo ao filme O Quarto ao Lado,
01:20:28
Speaker
o Woody Allen ele vai pelo caminho oposto e conforme ele vai envelhecendo ele vai reburgitando temas, pautas, situações, tramas, subtramas, então o golpe de short para ele acaba se revelando um filme que é uma espécie de, tenta ser uma espécie de greatest hit da carreira do Woody Allen e acaba se tornando uma amalgama
01:20:54
Speaker
de situações retentadas. É um filme que aquela sensação de déjà vu do início ao fim. Então, a única coisa que a gente sente assinando a esse filme é tristeza. É tristeza por ver um ícone do cinema, um roteirista extremamente talentoso atingindo um fundo no poço. Fazendo um filme que é profundamente previsível, um filme que não traz nada de novo,
01:21:19
Speaker
e que sequer teve uma distribuição adequada, né? Um filme que demorou a chegar aos cinemas brasileiros e vem enfrentando até por conta dessa onda de cancelamento que eu comentei, ele sequer chegou aos cinemas de outros territórios. Então, para mim, o prêmio a Picha Pong, o Hirasetaku, de filme Mala do Ano, vai para este chatíssimo golpe de sorte em Paris. Olha aí.
01:21:46
Speaker
Eu também não esperava... Eu tinha esquecido até que o diário tinha lançado o filme em 2024. Bom, agora é minha vez, né? E o filme, o vencedor do prêmio, a Pichaponguara Setaku, de Filme Mala do Ano, para mim, é o Às Vezes Quero Sumir.
01:22:03
Speaker
É um filme dirigido... Guilherme gostou. É um filme da Rachel Lambert. Estrelado pela Daisy Ridley. É a atriz que muitos torcem o nariz. Eterna Rey, da nova fase de Star Wars.
01:22:25
Speaker
É, mas assim, eu gostaria de fazer mais um parêntese, né? Eu não vi muitos filmes mala esse ano, então... É um bom filme. É um bom filme. Inclusive, até recomendo que vejam. Mas assim, dentre os que eu vi, é o filme mala. É um filme... É... Mais difícil das pessoas gostarem. Então, por isso que vai ganhar o prêmio a Pixapong de filme mala do ano. É isso.
01:22:51
Speaker
Eu vou até te deixar uma sugestão, Matheus. Se no próximo ano você tiver dificuldade para escolher um, até para você fazer uma curadoria melhor, é você ir para o catálogo da Netflix, você certamente vai encontrar muitos tipos de malas lá, né? E você vai, na verdade, vai ficar até com dificuldade para escolher um, né? É fácil. É, eu vou fazer. Ano que vem eu vou reservar dois dias, eu vejo um filme em cada dia e tenho o vencedor da categoria Prêmio Apixapangora Sataku.
01:23:17
Speaker
Mati, falar.

Maior decepção cinematográfica

01:23:19
Speaker
O prêmio do Apixapanguara Setaku de filme mala é aquele filme que é chato, mas não necessariamente ruim. Sim. Então, eu acho que a Netflix pode ser uma ruim nessa. Mas tem filme chato na Netflix também. É, tem. O problema é que filme chato e bom, realmente, na Netflix não sei se tem. Essa próxima categoria vai dar o que falar, Mati.
01:23:44
Speaker
Eu confesso a você que eu ansioso pra ouvir essa próxima categoria, que realmente, Márcio Weber também deve estar extremamente ansioso, né, cara? Aliás, acho que o próprio ouvinte deve estar ansioso, até porque eu nesse momento, João Cléber, fazendo o suspendo, né, e ninguém tem a menor ideia. Mas vai lá, Matheus, qual é a categoria?
01:24:04
Speaker
Cara, é o prêmio brochada cinematográfica do ano. É aquele prêmio que é melhor tirar as crianças da sala, tirar o fone da criançada, porque é o prêmio brochada cinematográfica do ano. E eu vou começar perguntando pro Márcio qual foi a brochada decepção cinematográfica do ano de 2024 para ele. Bom,
01:24:29
Speaker
O prêmio brochado cinematográfica do ano, para mim, vai para a Cidade Campo, da Juliana Rojas, que fez simplesmente as boas maneiras com o Marco Dutra. Enfim, é uma diretora muito experiente e ela foi laureada em Berlim, então isso vem com uma certa expectativa.
01:24:50
Speaker
E realmente eu não consegui comprar as visões do filme, principalmente o segundo segmento. Acho que, além de não conversar, eu acho que me recicla certos cacuetes do cinema contemporâneo que não são bem aproveitados aqui. E acho que me traz pouquíssima novidade.
01:25:17
Speaker
O segundo segmento, em especial, é muito cansativo. Gruchante. É, gruchante. Subaproveitado. Obrigado, Guilherme. De nada. Bom, que você falou, Guilherme, agora a sua vez. Qual foi a sua brochada cinematográfica do ano? A sua decepção do ano de 2024. A gente fica assim meio que pisando em ovos. fala, po, foi a sua brochada, né? E a gente transforma isso em sequestra.
01:25:47
Speaker
num episódio sexual, né? Fica uma coisa que todo mundo tem problemas sensuais. Mas, enfim, ouvinte, fica tranquilo que a gente não vai entrar nesse mérito. Você não precisa ficar constrangido. Mas, enfim, vamos lá. A brochada cinematográfica do ano de 2024, pra mim... Na verdade, antes de falar a brochada cinematográfica de 2024, eu vou fazer uma menção horrorosa, mas eu vou ser muito breve, porque o Márcio falou tudo que é exatamente cidade-campo. Eu concordo planamente com tudo que ele falou,
01:26:15
Speaker
O filme parece que ele é dividido em duas partes, que simplesmente não conversam entre si, e acaba gerando realmente aquele sentimento de decepção, aquela sensação de decepção, ela realmente fica latente no final, porque ele está falando de uma diretora, de uma roteirista talentosa, como a Juliana Rojas, como o Márcio bem lembrou, fez o As Boas Maneiras, que foi o filme que venceu o Festival do Rio, inclusive.
01:26:37
Speaker
Então é um filme que naturalmente elevaria as expectativas, o espectador infelizmente não conseguiu correspondê-las. Então de fato eu concordo que realmente foi uma decepção. Mas pra mim, mais decepcionante do que esse filme digno do título de brochada cinematográfico de 2004, foi Megalópolis. Que é um filme escrito e dirigido por ninguém menos que Francisco Acopola, mente por trás
01:27:03
Speaker
de alguns dos maiores clássicos da história do cinema, como a trilogia O Poderoso Chafão, O Apocalipse Sinal, A Conversação, e que simplesmente fez... Bom, a própria produção, a pré-produção de Megalópolis foi conturbada, porque é um filme que estourou o orçamento,
01:27:21
Speaker
que o Francisco Acopolo teve que colocar dinheiro do próprio bolso, fez alguns acordos meio controversos de distribuição do filme, parece que ele depositou expectativas demasiadas sobre o filme e acabou que comercialmente o filme também resultou num imenso fracasso, não de bilheteria, mas dividiu a crítica e acabou decepcionando o público.
01:27:44
Speaker
não à toa até você, Matheus, acabou escolhendo uma das muitas cenas dignas de um que porra é essa, né? Exato. Então você escolheu uma, mas teve várias. É um filme que tem problemas narrativos. É um filme que tem seus momentos, mas assim como tem seus bons momentos, tem também seus péssimos momentos. Então, falando de um cineasta como Francis Focopola, a gente espera que o filme tenha muito mais, como é que eu posso dizer, uma parcela maior
01:28:13
Speaker
de bons momentos do que de momentos péssimos, né? Mas um momento péssimo, um filme francofocopolo, não é uma coisa comum, né? Então, por isso que eu escolho o Megalopolis, como a brochada cinematográfica do ano de 2024, filme que conta com Adam Driver, Aubrey Plaza, John Voight, participação do Dusty Hoffman, elenco estelar, e caramba, Matheus, como é que pode um filme desse decepcionar, né, cara? E decepcionando.
01:28:34
Speaker
Não pra entender. Mas foi digno de uma grande brochada cinematográfica do ano de 2024.

Críticas ao filme 'Sebastian'

01:28:43
Speaker
Bom, a minha brochada cinematográfica do ano de 2024
01:28:50
Speaker
Foi Sebastian, né, um filme dirigido por Miku. Muito curioso você escolher esse Sebastian como abrochão. Vamos lá. Vamos lá, vamos lá. Eles estão brincando assim porque é um filme dirigido pelo Miku Maquella, que eu não sei falar o nome dele, confesso, e conta a história de um escritor,
01:29:14
Speaker
E que ele começa uma vida dupla. Tem o Sebastian. Aliás, o Sebastian é o trabalhador sexual e tem o escritor. Ele acaba se inserindo nas histórias. O filme acaba, ele faz um laboratório. Ele usa os trabalhos sexuais dele, os casos. Ele joga isso para dentro.
01:29:36
Speaker
da carreira como escritor dele, né? Ele acaba usando isso como material até para investigativo, né? Porque além de ele se colocar como um personagem, contar essas experiências dele, ele acaba servindo até para ele melhorar sua carreira como escritor, né?
01:29:51
Speaker
Sim, e tem um final um pouco irregular, esquisito. É um filme que foi exibido no Festival do Rio. Inclusive, até o Márcio também viu o filme. O Márcio que me deu a dica. O senhor estava assim, assiste o Sebastião, assiste o Sebastião. Ele viu antes de mim. O que você achou do filme, Márcio? Eu lembro que você ficou meio reticente.
01:30:10
Speaker
Sim, eu achei, como o Matheus comentou, irregular dentro dessa construção. Acho que o filme não transita muito bem entre esses territórios e acaba
01:30:23
Speaker
perigando de certas idealizações, eu acho que ele constrói bem alguns personagens secundários, mas eu acho que essa própria dualidade entre o escritor e o Sebastian, acho que isso não é muito bem construído, acho que tem uma certa romantização ali.
01:30:44
Speaker
do trabalhador sexual sem tantas nuances. Então eu acho que é um filme que tem certos problemas que não são muito bem dosados, apesar de ter certas virtudes de construções, de certos relacionamentos, mas que eu acho que ficam muito diluídos dentro desse universo ali.
01:31:06
Speaker
romantizado e pouco bem explorado que acaba se alastrando por boa parte do filme, então isso acaba...
01:31:17
Speaker
mitigando um pouco os acertos, né? Vamos ver. Eu brinquei com o fato do filme ser considerado uma brochada, né, Matheus, mas a verdade é que é um filme que a gente poderia criar certa expectativa porque ele trata de um tema sensível, trata até de alguns tabus, né? E a gente esperava que ele fosse ter certa desenvoltura para tratar dessas situações.
01:31:40
Speaker
e recorre a algumas convenções também, né? Não como um filme LGBT, né? Ele acaba recorrendo a muitas situações muito comuns, muitos clichês, né? Isso acaba sendo um pouco decepcionante, tá? Porque, como vocês mesmo mencionaram, o Márcio mencionou, tem algumas virtudes, como, por exemplo, a presença do Jonathan Hyde, né? A gente fala assim, pelo nome, as pessoas não devem se lembrar, mas é falar. Ele era o caçador do Jumanji, né? Quem assistiu Jumanji.
01:32:05
Speaker
vai lembrar que ele tem um personagem emblemático no filme, né? E aí, o ponto alto, na minha opinião, dessa produção, é justamente a relação entre o Sebastian e o personagem de Jonathan Hyde, mas infelizmente o filme, ele tenta tratar de outros assuntos e sempre recorrendo ao lugar comum, né? Eu acho que, assim, por mais que esse relacionamento seja forte, eu acho que eu não consigo comprar o início desse relacionamento
01:32:32
Speaker
e nem que ele de fato abrace o personagem depois. Eu acho que o roteiro utiliza umas facilitações para que a gente acabe abarcando isso. Eu sinto uma certa manipulação ali nesse meio. Eu não sinto ali uma construção que justifique isso de fato, esse relacionamento. Apesar do Jonathan Hart defender muito bem o personagem, ele traz ali uma vulnerabilidade, ele traz uma solidão.
01:33:02
Speaker
O entre meio é muito bom, né, mas o início do porquê, esse relacionamento começa e... Isso, exatamente, exatamente. Até porque tem ali essa questão da manipulação, dessa privação, eu acho que não trata bem disso. Ele utiliza de panos quentes pra algo que não ali costurado.

Encerramento e anúncio de continuação

01:33:25
Speaker
Bom, é assim que termina mais um episódio do Odyssey Acash, e como vocês sabem, estão vendo no título, essa é a primeira parte. Vai ter a segunda parte, e essa primeira parte ficou com os prêmios originais do Odyssey Acash, vamos dizer assim, e a segunda parte entra aquelas categorias de melhor montagem, melhor animação, melhor fotografia, melhor roteiro, e claro, o melhor e o pior filme do ano, que eu sei que vocês estão loucos para saber.
01:33:55
Speaker
E cujo nome da categoria também é um original. Odisseia Cash. Você não perde por esperar. Verdade. E na segunda parte ninguém vai discutir broxada nenhuma, né? Ainda tem isso. Então vamos aguardar a segunda parte. Tchau, tchau.